Inverno é tempo de mostarda. No sítio, em Piracaia, elas já estão em processo de "desdomesticação" e, quando é tempo, nascem até na porta da casa. Agora, quando estão na horta e recebem água todos os dias, aí sim crescem como loucas.
Arranquei umas folhas enormes que já não estavam tão macias, mas ainda assim picantes e deliciosas. Um tanto sempre deixo para que elas dêem sementes. As vagens vão estourar e espalhar as sementes para a próxima estação.
De vez em quanto também compro na loja de temperos e espalho por lá sem me preocupar onde vão cair.
Na porta de casa |
E olhe que minha mão é grande |
Na horta |
Quem nunca comeu folhas de mostarda não sabe o que está perdendo. Tem a mesma picância dos molhos de mostarda, só que com mais sabor. Pode ser preparada como couve. E quando está mais firme, basta juntar um pouco de água quente ao alho frito antes de colocar a verdura. Logo estará cozida e macia.
Como trouxe muitas folhas tive que inventar moda de usar bastante de uma só vez. Fiz assim, refogada, bem picadinha, e joguei um ovo por cima que foi comida com o pão de abóbora cabochá - tem receita do pão aqui.
Usei também para fazer omelete. Piquei uma folha grande no processador, juntei dois ovos batidos, temperei com sal e pimenta e levei pra cozinhar numa omeleteira untada com azeite nas duas partes. Coloquei por cima umas fatias de queijo de coalho e sementinhas de mostarda. Virei para cozinhar do outro lado e Nhac! (e outro tanto passei em água fervente pra murchar, escorri, piquei no processador e congelei em porções - para sopas, omeletes etc - não dá pra desperdiçar umas folhonas lindas e orgânicas assim só porque estão mais duras).
Omelete |