Já falei aqui da pousada Figueira Grande, da Helenice e do Cássio, mas cada vez que vou lá tenho vontade de contar, porque não há como deixar de comparar com as opções que temos em São Paulo. Quando por aqui é muito bom ou é muito caro ou é muito longe ou tem muita fila. Às vezes, as duas ou três coisas ao mesmo tempo. E o tratamento quase sempre fica aquém do que merecemos. Lá não. Eu ligo no dia, pergunto se ainda dá tempo de reservar o almoço e, mesmo que estejam sem hóspedes, sem programação para o almoço, sempre dão um jeito de preparar algo simples feito com ingredientes cultivados por eles. Helenice é quem cozinha. Eu nunca pergunto o que tem porque sei que a comida será fresca, com hortaliças colhidas na hora e de preparo simples. Tenho atração por cardápios simples e de surpresas do dia, que possam ser executados com rigor de acordo com as escolhas locais possíveis para a estação. Cardápios extensos e fixos significam quase sempre que pelo menos uma parte do seu prato estava congelada esperando o seu pedido. Às vezes basta lavar e fatiar um bom tomate ou pepino da horta, um pouco de sal e azeite e pronto, não precisa mais nada.
Neste último sábado liguei já meio tarde e ainda assim a resposta foi: estão em seis? então venham que a gente prepara. Chegamos um pouco adiantado e o Cássio, filho da Helenice, nos convidou pra esperar na piscina. Como estávamos com roupa de banho pra irmos à cachoeira depois e o sol estava convidativo, esperamos na água. Quer tratamento mais VIP que este? A comida chegou: arroz com feijão rosinha colhido há pouco, chuchu da cerca temperado com orégano da horta, os últimos alhos-porós da safra com amêndoa e molho branco gratinados, coxinhas e asinhas de frango assadas e cobertas com molho de tomate, cebola e cheiro-verde, além de alface, tomate, pepino e salada de repolho com passas, cenoura e maionese. Veja bem que não é nada de mais, mas os ingredientes frescos fazem diferença, assim como o preparo caprichado, a disposição da comida em panelas de barros aquecidas sobre uma chapa quente e o atendimento carinhoso. Gasta-se uma hora ou um pouco mais pra ir. Mas você pode passear pela cidade, conhecer cachoeiras, nadar na represa, passear pela pousada e descansar na rede depois do almoço. Sem dúvida é um ótimo passeio de um dia para um sábado ou domingo ensolarado. E é claro você pode se hospedar lá, que é um sonho de paz e silêncio, e aproveitar o fim de semana inteiro. Só procure ligar com antecedência.
Pousada Figueira Grande
www.pousadafigueiragrande.com.br
Tel. (11) 4597-6617 . (11) 4597-1665 . (11) 9618-0854 (mesmo que você esteja em São Paulo, precisa do código 11)
2 comentários:
Que lindeza, Neide! Parabéns!
Nossa, que delícia de almoço! Mesmo dispensando o frango (que não gosto), ficaria um manjar dos deuses. Já estou em campanha aqui em casa para conhecer esse lugar :)
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