quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Abóbora-cogumelo

Quando viu, Eliana profetizou:  o mundo pra terminar tá próximo!, meu avô já dizia, você vai ver minha filha quando for chegando o fim do mundo as coisas vão começar a ficar estranhas, gente como nariz de inhame, moranga com cara de abóbora de pescoço, é o sinal. Já meu pai Toninho, cético como eu,  olhou para a aberração e imaginou a engenharia: esta abóbora cogumelo de hiroshima, isto é coisa de japonês, minha filha, polinização cruzada artificial com as mãos do homem que entende destes segredos da natureza, em estufa fechada para impedir polinização por insetos. Mais pragmática que os dois, só quis saber se funcionava na panela. Parti, escavei para tirar as poucas sementes murchas e cozinhei no vapor. Queria rechear. Comi com sal, uma só colher de café.  Um lado mais denso, outro fino. Sem sabor e aguada um lado, ruim, densa e amarga o outro. E dei o veredito: melhor deixar para enfeite e curiosidade. Encontrei-a numa venda no caminho entre Guaratuba e Curitiba, no Paraná.



13 comentários:

Anônimo disse...

Vim conhecer o blog hoje e me deparo com este exótico... legume. rs Ao ver a foto, sem ler a postagem e sem ler mais sobre o blog, pensei comigo mesma - em que País existe tal... legume? Daí que descubro, como diria Arantes, "coisas do Brasil". Abraço, Paula

Anônimo disse...

Olá, Neide
Essa é a abóbora turbante de turco, usada para decoração.
Mas, num ano em que tivemos muitas, experimentei cozinhá-las em ratatouille e saíram-se muito bem.
Numa outra experiência com umas abóboras diferentes mas também bonitas, já me dei mal: eram muito amargas.
Beijinhos
Manuela Soares

Flávia disse...

E eu pensei que fosse algum fenômeno natural, nem questionei muito. Por aqui no hemisfério norte costumo ver algumas não exatamente iguais, mas parecidas, no outono. Principalmente nesta fazenda: http://www.juckerfarmart.ch/kuerbisausstellung/seegraeben/

Candida disse...

Neide, obrigada por postar estas fotos incríveis! Posso usar em minhas aulas? Acredito que você tem aí um perfeito exemplo de "ovário semi-ínfero"! A parte alaranjada é o receptáculo da flor que não cobriu totalmente o ovário (fruto), como acontece na maioria das cucurbitáceas.

Neide Rigo disse...

Pois é, Paula, aqui é assim, em se plantando tudo dá.

Manuela, obrigada pela informação. Adorei o nome, muito apropriado.

Flavia, pois, segundo nos informa Candida, no comentário abaixo do seu, parece que é um fenômeno natural, sim.

Obrigada, Candida, pode usar, claro. Obrigada por pedir.

Um abraço, N

Anônimo disse...

Nossa é apenas uma abóbora , diferente sim , mas nada a ver com fenomenos ,e ate nonita por sinal.so nao sei o gosto ainda.

Anônimo disse...

Eu quis dizer que a abóbora é bonita ,não provei pra comentar o sabor ou gosto.mas náo deixa de ser uma abóbora apenas.meninas da cidade heim ...clarita

Anônimo disse...

Aqui do lado da minha casa tem muito dessas. Um pé carregado delas.

Unknown disse...

Sou agronómo e agricultor, sul da Bahia, adoro criar e plantar radidades, estou pesquisando onde consequir sementes desta, se alquem quiser me ajudar envia para Eribaldi,r Pastor Freitas 293, Buerarema, CEP 45615000, grato

Anônimo disse...

Boa tarde, tenho e posso lhe enviar

DEISE KOERICH BOING disse...

Nossa, vivi exatamente essa experiência, conforme seu relato. Só não comi, pois fui pesquisar se era comestível e me deparei com seu relato. Vou seguir seu conselho, melhor enfeitar a cozinha antes que apodreça. Tbm achei em Rio Branco no PR.

Unknown disse...

Conseguiu?

INEZ STRESSER disse...

Sou de Rio Branco do Sul, Paraná e tenho no meu quintal