Quando mostrei os produtos que trouxe de Piracaia disse que contaria como usei cada ingrediente. Quase nunca consigo cumprir o que prometo aqui no blog, mas desta vez me esforcei bastante. Já mostrei a abobrinha no lobozó, as goiabas e os moranguinhos no kefir e a cambuquira na torta de milho verde. Nestes casos, anotei medidas. Em outros, que mostro aqui, cozinhei do jeito de sempre, sem medidas ou tempo para anotações, mas nada muito elaborado, de modo que fica apenas a ideia vaga para ser aperfeiçoada por sua imaginação.
As trutas, a moranga, a cambuquira, a pimenta rosa, os tomates cerejas: o peixe, apenas temperei com sal e pimenta e dourei no azeite. No final, juntei um pouco de manteiga, refoguei a pimenta rosa e juntei umas gotinhas de limão chacoalhando a frigideira. A moranga, cortei em pedacinhos tão pequenos quanto um grão de ervilha, cozinhei no vapor como cuscuz e à parte, numa frigideira, aqueci manteiga e juntei um pouco de coentro e cominho triturados, cúrcuma, uma pitada de canela, raspas de limão e açúcar mascavo. Juntei a moranga cozida, misturei devagar, temperei com sal e, por fim, um pouco de cebolinha picada. Já parte daquela cambuquira que usei também ontem como recheio da torta, apenas refoguei em alho, pimenta, aqueles tomatinhos picados, sal e um pouco de água.
A linguiça bragantina e as folhas de batata-doce: fiz uma sopa à moda de um caldo verde usando azeite, alho e cebola, batatas, linguiça picada, batatas e mandioquinha. E as folhas de batata-doce (já falei delas algumas vezes no Come-se, como neste post), entraram no final, picadas à guisa de couve. Com mais azeite, pimenta-do-reino e pão caseiro no prato.
O almeirão, a linguiça bragantina, a abobrinha. A linguiça, deliciosamente apimentada, usei um pedaço na sopa acima e um bocadinho junto com feijão branco - aqui, já requentado e meio se desmanchando, mas ainda delicioso. O restante da abobrinha do lobozó, a Eliane fez assim, refogada em alho, com cheiro-verde. E o almeirão, apenas cozido rapidamente em alho frito em azeite ao qual foi adicionado um pouco de água e sal antes da verdura picada.
A azedinha e o queijo foram pra salada que incrementei com tomate, pitaia e colheitas do quintal de casa: capiçoba, flores de capuchinha e folhas de menta. E mais limão, sal e azeite.
E ainda tem: beldroegas e ovos, que talvez virem ainda hoje uma sopa alentejana se encontrar um bom queijo de cabra no Mercado da Lapa e as orelhas-de-padre que são poucas e podem entrar no arroz. As rosas já murcharam e o doce de leite quer virar pudim.
6 comentários:
Neide,
Acompanhei toda a "feira" ... que delícia!! Certamente adoraria provar cada receita... a salada ficou com um visual magnífico...
bjs,
marlene
flor ki deliciaaaaaaaaaaaaaa......de agúa na boca.....qdo puder me visite tbm...bjim
e eu quero almoçar todos os dias na sua casa.Não canso de dizer que vc é dona da simplicidade mais elegante que conheço.C'est magnifique!
Bjs
Neide
Estou adorando as dicas das compras na região. Vou ficar freguesa.
E me diga: v.conhece a história da fama da linguiça de Bragança? Bragança Paulista era a última parada dos ônibus que vinham descendo de Bahia, Minas e etc e a parada era no Largo do Rosário, onde um boteco oferecia um lanche com uma linguiça muito boa, feita por eles mesmos.
O Bar parece que continua lá, o dono já deve ser o 4° ou 5°, mas quem comprava o ponto levava a receita da linguiça junto. Feita a fama...
Abs
Elizabeth
Elizabeth,
Acredita que nem conheço Bragança ainda? Quero ir lá qualquer hora e conhecer o que a cidade tem a oferecer a começar pelas famosas linguiças. Obrigada! beijos, N
Dricka,
Então venha, eu prefiro cozinhar pra mais gente que pra menos. Obrigada!
beijo, n
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