Em Acrelândia - AC, se é pra ter cor, vamos colorir. Nada de rosinha bebê e desbotado, nude, champanhe ou rosa velho que não combinam com aquele ceuzão de azul berrante. É rosa choque das meninas, verde folha e verde limão palmeiras para contrastar com um laranja bem vistoso ou amarelo gema. Azul, só se for turquesa. E o roxo, k-suco de uva. Vermelho esmalte brilhante é como a unha comprida de mulher que te arranha pra chamar a atenção. Ninguém quer passar despercebido. Há que anunciar bem alto o que tem, ainda que as plaquinhas sejam às vezes tímidas. Temos galinhas e patos, olha o refresco, sorvetes, skimos e garrafinhas. Milk shake, picolé e iogurte. Banana comprida, abacaxi gigante e mamão caipira, tem não. Refresco de pozinho, bolacha recheada, coca-cola, tem sim senhor. As prateleiras são vazias. Ou quase vazias. O vendedor desanimado se debruça no balcão, não aparece uma alma compradora viva. Ali, umas bebidas, catuaba, pinga aqui e outra ali, pitu e cinquenta e um. Uma caveira pra proteger, tira a camisa para refrescar, uns limões que é pra servir com cerveja e sal. A menina vem com dez moedas miúdas buscar um saquinho de pó para o refresco do almoço e o menino conta as que tem para pagar um sundae. Eu também. De wisk? Não. Misto. Entendi errado e tomei sundae com bola de creme e de abacate. Tudo é possível. As pessoas por lá até que são alegres e gostam mais de vender que comprar. Ou fazem o que podem.
4 comentários:
è mesmo uma vida diferente da nossa, o ano passado estive em Rio Branco e me encantei com o que vi e com a receptividade e educação do povo.
Neide, belissima sequencia de fotos! Linkei esse post no meu blog! Bjs.
que sítio tão pitoresco e diferente. Adorei as fotos senti que estava presente
bjs
Paula
Está ótima a matéria do caderno Paladar de hoje (04/08). Parabéns, Neide!
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