Queijo Serra do Salitre
- Ah, este você não conhece: eu faço um doce de jaca!
- E o meu doce de jambo, então?
Assim rolava uma conversa no café da manhã do hotel com minhas duas companheiras de quarto, a baiana Helen e a marajoara Jerônima, me desafiando sobre comidas desconhecidas pra botar no blog. Realmente o doce da Helen ou o de jambo, da Jerônima, não conheço mesmo e ainda bem, pois me motiva a conhecê-los in loco.
Degustação de queijos Serra do Salitre: logo passa a Teresa Corção e avisa que na mesa do fundo, em poucos minutos, o Seu João José de Melo vai fazer uma mini degustação extra-oficial de queijos Serra do Salitre, da Cooalpa (coalpa.queijoserradosalitre@yahoo.com.br), com diferentes idades. Com cinco, vinte e cinco e cem dias de maturação (com leite cru, SIF e qualidade respeitável - o de cem dias faz as vezes de um bom parmesão). Lá vamos nós, afinal estas conversas no meio do corredor e degustações a boca miúda acontecem a todo momento durante o Terra Madre e também são importantes para a troca de experiências - no meu caso, mais aprendizado. Entre tantas outras atividades que aconteciam paralelamente, dei uma passada no encontro com produtores; assuntei a fala dos chefs, espiei a oficina de culinária com frutos do Cerrado e, por fim, participei de uma degustação de mel de abelhas sem ferrão de várias comunidades, com o ecólogo Jerônimo Villas-Bôas. Depois, a conversa com os especialistas e produtores presentes durou mais um bocado. Voltei para o Hotel com um pouco de dor de cabeça, que segue estável.
Agora deve ainda estar tendo um jantar com Carlo Petrini e convidados do Convívio de Brasilía. A maioria, como eu, jantou no bufê coletivo mesmo e também foi bom, pois descobri que vou ganhar um tanto de farinha do Uarani e conversei com o Geraldo do arroz vermelho do Pantanal. Depois publico alguns vídeos que fiz ao longo do dia, mas agora, com esta dorzinha chata latejando, só tenho condições de postar fotos (quem quiser a legenda certinha, é só perguntar), como a de alguns alimentos expostos pelos próprios produtores durante pequena exposição onde tiveram a chance de falar um pouco sobre os produtos e divulgá-los. E sorte de quem teve a chance de ouvi-los. Estavam expostos licuri de todo tipo; araruta (lembra? do Recôncavo) em fécula e até em farinha - como a farinha de mandioca, só que de araruta; paçoca de araruta - com farinha de araruta, açúcar e gergelim; caju passa ou caju-ameixa; maracujá da Caatinga e sua geleia; umbu em compota e também em geleia; pimenta de macaco e grãos de todo tipo como sorgo e milho vermelho.
Produtos da feirinha
Organização para a degustação do mel de abelhas sem ferrão
Chefe Beto Pimentel, Anna Diniz e Seu Bené
Reduzindo lixo do evento: cada um ganhou sua canequinha de ágata para água. Aqui, Elisa Correa, amiga da comissão da Arca do Gosto, e Jerônima Brito, da pousada São Jerônimo, do Marajó (as modelos eram boas e bonitas; a fotógrafa é quem vacilou)
6 comentários:
Bom Dia!!!
Neide, que alegria poder te encontrar e conversar um pouquinho com vc.
Espero que sua dor de cabeça tenha melhorado...rs, pois temos que aproveitar cada segundo!
Quero dizer que foi um prazer poder te encontrar e te conhecer, fico um pouco triste de não poder ficar conversando com vc, pois estava como auxiliar do Veronese e do Francisco na Oficia do Cerrado.
Um super beijo!
Espero te encontrar hoje hem...rs
Beijo grande da amiga
Taty
Neide, muito legal sua cobertura do Terra Madre . Quase consigo sentir o gosto das iguarias do Brasil através do seu texto.
Acho que um dia você vai ganhar uma comenda de honra do governo por ajudar a salvar e divulgar este patrimônio saboroso e singular de tantos cantos do país.
Beijo, Sofia
Taty,
o prazer foi meu em te conhecer. Pena que não deu pra gente se conversar mais.
Um beijo, N
Oi, Sofia, obrigada. Mas ainda bem que não estou sozinha nesta batalha.
Beijos, N
Neide;
Estou super entusiasmado de ver todos estes posts sobre esse evento maravilhoso! Muito obrigado e parabéns por trazer tantas coisas maravilhosas para nós!
Abraços
Georges
Olá Neide..sou de Bragança Pará,cidade do seu Bené,sou cabloca paraense da terra da farinha.Estou trabalhandocom seu Bené levando essa historia de vida para nossas comunidades.E a simplicidade,a força desse agricultor encanta a todos.Meu nome é Maria..email
mariaassisflor@hotmail.com.
Um abraço.
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