Outro dia mostrei aqui sardinha espalmada, empanada e frita e a amiga leitora Ana sugeriu lambaris no fubá. Eu disse que tinha-os congelados e os faria. E fiz. Não aqueles que empanei com farinha de trigo, também muito bom, e comi sem cerimônia nem fotos. Mas, apesar da pressa, consegui fotograr estes que comprei recentemente. Empanados em alguma farinha (mandioca, fubá e trigo), fritos, crocantes, já comi em Piraju, Fartura, Piracicaba. Nos bares, em porções, com cerveja. Quem resiste? É o peixinho que a sobrinhada, quando criança, pescava num córrego que passava mais possante no meio do nosso sítio lá em Fartura. Era uma farra. Uma dúzia deles, que minha mãe fritava, alegrava o dia e virava aperitivo antes do almoço ou do jantar.
Bem, que identidade exata tinha os peixinhos de Fartura ou tem estes da foto eu não sei, pois sob o nome de lambari agrupam-se espécies de água doce de três gêneros diferentes: Hemigramus, Moenkhausia e Astyanax. E na Amazônia eles são chamados de matupira ou matupiri, enquanto no nordeste algumas espécies são chamadas de piavas (embora a piava conhecida como tal em outros cantos seja outra, que já mostrei aqui). Em comum estes gêneros pertencem à subfamília Tetragonopterinae, e à família Characidae. No Estado de São Paulo o gênero mais expressivo é o Astyanax. Talvez seja este da foto.
Comprei no Mercado da Lapa logo uns dois quilos pois estavam fresquinhos. O duro é que peixes pequenos o peixeiro não limpa. Mas, tudo bem, não me importo muito de limpar peixes. Lavei, descamei, destripei e congelei. No domingo tive que trabalhar, então o que fiz logo cedo foi descongelar meia dúzia para mim e para o Marcos. Na hora de comer, fui lá, temperei os peixinhos, empanei, fritei e comi com arroz molinho que fiz com abobrinha e pimentão. No setor minerais e vitaminas, colhi no jardim umas folhinhas de verdura (couve, azedinha, capiçoba) e cada um temperou sua salada no prato. O limão que regaria o peixe já temperei com um pouco de coentro e pimenta e isto deu ao peixe de rio um quê de mar. A carne é deliciosa, branquinha e suave, sem aquele pitiú que às vezes têm o peixe de rio. Uma breja gelada e nhac. Não sobrou nada, nem rabo nem cabeça, só um pedacinho da espinha mais dura. Em uma hora estava de volta ao trabalho.
6 lambaris limpos
½ colher (chá) de sal
1 pitada de pimenta-do-reino
1 colher (chá) de suco de limão
3 colheres (sopa) de farinha de trigo
3 colheres (sopa) de fubá de canjica (mais fino, tem mais amido, gruda mais)
1 colher (chá) de gergelim preto
Para colocar sobre o peixe: 2 colheres (sopa) de suco de limão misturado com 1 colher (sopa) de coentro picado e 1 pedaço de pimenta dedo-de-moça picado
Bem, que identidade exata tinha os peixinhos de Fartura ou tem estes da foto eu não sei, pois sob o nome de lambari agrupam-se espécies de água doce de três gêneros diferentes: Hemigramus, Moenkhausia e Astyanax. E na Amazônia eles são chamados de matupira ou matupiri, enquanto no nordeste algumas espécies são chamadas de piavas (embora a piava conhecida como tal em outros cantos seja outra, que já mostrei aqui). Em comum estes gêneros pertencem à subfamília Tetragonopterinae, e à família Characidae. No Estado de São Paulo o gênero mais expressivo é o Astyanax. Talvez seja este da foto.
Comprei no Mercado da Lapa logo uns dois quilos pois estavam fresquinhos. O duro é que peixes pequenos o peixeiro não limpa. Mas, tudo bem, não me importo muito de limpar peixes. Lavei, descamei, destripei e congelei. No domingo tive que trabalhar, então o que fiz logo cedo foi descongelar meia dúzia para mim e para o Marcos. Na hora de comer, fui lá, temperei os peixinhos, empanei, fritei e comi com arroz molinho que fiz com abobrinha e pimentão. No setor minerais e vitaminas, colhi no jardim umas folhinhas de verdura (couve, azedinha, capiçoba) e cada um temperou sua salada no prato. O limão que regaria o peixe já temperei com um pouco de coentro e pimenta e isto deu ao peixe de rio um quê de mar. A carne é deliciosa, branquinha e suave, sem aquele pitiú que às vezes têm o peixe de rio. Uma breja gelada e nhac. Não sobrou nada, nem rabo nem cabeça, só um pedacinho da espinha mais dura. Em uma hora estava de volta ao trabalho.
Lambari frito
6 lambaris limpos
½ colher (chá) de sal
1 pitada de pimenta-do-reino
1 colher (chá) de suco de limão
3 colheres (sopa) de farinha de trigo
3 colheres (sopa) de fubá de canjica (mais fino, tem mais amido, gruda mais)
1 colher (chá) de gergelim preto
Para colocar sobre o peixe: 2 colheres (sopa) de suco de limão misturado com 1 colher (sopa) de coentro picado e 1 pedaço de pimenta dedo-de-moça picado
Tempere os peixes com o sal, a pimenta-do-reino e o limão. Misture a farinha de trigo, o fubá e o gergelim. Passe os peixes nesta mistura, pressionando bem. Frite em óleo quente que cubra os peixes. Numa frigideira média, no máximo, três de cada vez. Regue o limão temperado por cima e sirva com arroz e salada.
Rende: 2 porções
Arroz com abobrinha e pimentão vermelho
Preparei o arroz mais ou menos do jeito que todo mundo faz, só que juntei abobrinha e pimentão e cozinhei mais demoradamente para que ficasse meio papa: refoguei 1 colher (sopa) em 1 colher (sopa) de óleo, juntei 1 xícara de arroz branco lavado, mal mexi e já juntei 2 xícaras de água fervente e 1 colher (chá) de sal. Deixei ferver e juntei meia abobrinha ralada grossa e meio pimentão vermelho ralado grosso – só a polpa; a pele ficou na minha mão. Assim que voltou a ferver, abaixei o fogo, suspendi um pouco a panela e deixei cozinhar lentamente por cerca de 20 minutos. Rende: 4 porções
8 comentários:
Humm sei lá, acho muito pequenininho, prefiro ele vivo. rss
Beijos
No Nordeste chamam de piaba ou piabinha, e não deve ser confundido com a piava, peixe bem mais corpulento (e que não existe lá).
Lambari frito, hummmm! Um dos poucos peixes de água doce que me apetece.
Boa lembrança!
Neide,a mãe usa com frequência o fubá para empanar peixes,eu acho que ficam mais crocantes que com farinha.Eu adoro os dois pois,como tu bem sabes,eu gosto é de tudo!!!beijos!
oi, neide! quando quero descansar um pouquinho, dou uma passeada pelo seu blog. hoje foi reconfortante encontrar o lambari da minha infância no blog! pescar, limpar e fazer fritada de aperitivo no sítio à beira do rio Atibaia nos anos 60/70 realmente fazia um bem danado à alma - e a gente nem sabia! nunca mais comi lambari.
nem sei avaliar se era bom, pois comida de infãncia, tirando as que a mão obrigava a comer, eram todas boas.
bjs, lelé
Lambari frito é bom demais, com fubá, farinha ...
Compro num hortifruti perto de casa.Nunca vi um grande, sempre estão bem pequenos. É bom assim, igual manjubinha, não sobra nada.
No meu imaginario, com legado do Monteiro Lobato e ainda mais pq eu nunca experimentei, lambari seria é cheinho de espinhos...
Pq ja a sardinha, temperadinha e passada no fuba e frita, eu acho um "must" de tanto boa!
Bjs!
hummmmm delícia!!! me lembra muito meu pai ... sempre vai pescar e a gente saboreia o resultado depois =)
O Q da questão é saber como limpar as piabas. Têm muitas dicas, mas a mais simples foi uma peneira de pedreiro para tirar as escamas.
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