quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Marcos e eu. Ou serra, o peixe



Marcos e eu somos pessoas de jeito esquisito que o destino fez o favor de juntar. No sábado fizemos 25 anos de convivência sob o mesmo teto. O que para muitos seria um dia de festa de arromba, para nós foi um dia como outro, especial como sempre. Acordamos animados como todos os dias, geralmente fazendo alguma brincadeira um com o outro. Quando ele já abria a janela e eu estendia a cama, me lembrei: era 10 de janeiro e neste mesmo dia, 25 anos atrás, ficou instituído informalmente sem nenhuma cerimônia nem tintins de taças que dali para frente estaríamos sempre juntos.
E só marquei esta data porque é o dia que aparece registrado no meu teste de gravidez positivo. Já estávamos meio morando juntos, tudo havia acontecido aos poucos e então continuamos assim. Naquele dia comemoramos ao nosso modo o bebê que viria, ficamos felizes e não pensamos se seria difícil ou não estudar e ter filho ao mesmo tempo. Meus pais ficaram sabendo por mim, naquela mesma manhã, minha mãe ficou brava, queria que eu me casasse; meu pai ficou feliz e disse que tudo bem não casar, que o Marcos era melhor que ele e que eu deveria comer espinafre, que tinha muito ferro (não é bem assim, mas tudo bem, naquele dia comi).
Éramos dois jovens estudantes, cheios de vida e pouco juízo. Ele, no segundo ano de medicina e eu, fazendo vestibular para minha segunda tentativa de curso - artes plásticas. Comecei as aulas já podendo soltar a barriga e todo mundo ficava com dó, coitadinha, tão novinha, já vai ser mãe. E eu saltitante de feliz. No dia em que Ananda nasceu, fomos de ônibus circular para o HU quando tive as dores. Com 15 dias de vida, ela já foi para a aula comigo apresentar trabalhos de fim de ano, fazer provas, exibir o mimo. No colo, porque não tinha carrinho.
Estudando na USP, tínhamos direito a moradia estudantil, que era um apartamento modesto mas bem ajeitado com nosso capricho, maior que muitos que vejo por aí. Todinho para a família de três durante cinco anos. Neste meio tempo resolvi de novo mudar de curso, já no terceiro ano. De novo vestibular. Nesta época o Marcos sabia fazer umas gororobas de legumes e arroz integral e só me chamava para comer quando estava pronto. Tudo para eu não precisar parar de estudar para o vestibular. Isto nas férias e finais de semana. Durante a semana eu trabalhava numa editora enquanto a Ananda ficava na creche da Usp. Fui fazer nutrição. Os dois estudando cursos integrais sem nenhum emprego e uma filha pra criar. No meio do caminho Marcos também largou a medicina e fez vestibular pra filosofia. Entrou em primeiro lugar, cursou um pouco e voltou pra medicina. Um apoiando as maluquices do outro. Bem, não pedimos um tostão para ninguém, a Ananda cresceu feliz ouvindo de Bob Marley a Bach e desde cedo fazendo lição com a gente. Com isto aprendeu a ler e a escrever com quatro anos e não precisamos mais adormecer lendo livrinhos para ela. Tornou-se independente.
Sobrevivemos com bolsas de iniciação científica, dos bolos que eu vendia na faculdade, das aulas de química que o Marcos dava à noite em colégios de periferia e, durante um tempo, dos bicos dele nos finais de semana como auxiliar de cozinha numa casa de chá - ia da Usp, no Butantã, à rua Bela Cintra, nos Jardins, de bicicleta porque precisava economizar e também porque já não havia mais ônibus quando voltava para casa de madrugada. Houve época em que apenas eu ou apenas ele trabalhava e nosso dinheiro era comum, guardado num cofrinho para o uso no mês.
Se a vida era dura? Não. Nem um pouco. Nunca reclamamos nem lamentamos escondidos. Éramos dois bobos felizes, encantados com um boneca. Tínhamos um lugar agradável para morar que cuidávamos como casa e não república de estudantes, embora todo o resto fosse assim. E nos considerávamos sortudos por morar num verdadeiro condomínio de luxo - afinal, o campus tinha e ainda tem muito verde, o apartamento tinha vista para a raia olímpica, havia um clube super equipado à disposição, museus, restaurantes, teatro, cinema, tudo ali a alguns passos. Precisava mais? Nada mais era preciso naquele momento além de satisfazer as necessidades urgentes e básicas que eram comer, se deslocar, se higienizar, estudar, ouvir música, passear, se divertir. E para isto, nosso dinheiro dava. Então, já éramos felizes desde lá longe.
Os aniversários da Ananda eram na cozinha coletiva e reunia outras crianças do Crusp além dos amigos da creche. Lotava de gente pra comer coisas esquisitas como doce de banana no copinho (porque banana madura era muito barata no fim de feira), suco de abacaxi com hortelã, chá gelado, patê de ricota, pão quentinho feito na hora, gelatina de beterraba e vinho de garrafão para os adultos. Não sobrava nada e todo mundo se divertia. Refrigerante, Shopping, McDonald? Nada disto a menina conheceu na infância. E ainda assim cresceu sem traumas. Ela é educada, doce, decente e amorosa.
Ananda já se forma em medicina neste ano na mesma escola do pai e neste momento estagia como interna no mesmo Hospital Universitário onde nasceu. Como ela nasceu no mesmo ano em que fomos morar juntos, é difícil separar as coisas. Ela viveu cada momento de conquista nosso, viu nossa formatura, bateu perna com a gente pra procurar casa, opinou em compras de móveis, de carro e da casa onde moramos. Enfim, além de filha foi conivente o tempo todo.
E por que continua dando certo este casamento? Acho que é porque Marcos e eu pensamos parecido e de modo esquisito sobre muitas coisas essenciais mas diferimos naquilo que faz do outro um ser admirável e complementar. Diferimos apenas no que nos faz amigos e não inimigos. Seguimos sem muitas ambições materiais e com sonhos possíveis. Assim, nunca ficamos frustrados por não ter isto ou aquilo, por não conseguir fazer tal viagem, por não beber o vinho xis ou não poder ir a certos restaurantes. Se não dá para comemorar com champanhe, que tenha o mesmo valor um copo de cerveja. O que importa é estar junto, é sentir prazer na companhia, é querer estar junto. Até aqui foi isto que sempre importou. O resto é lucro.
Somos esquisitos também com as convenções. Por exemplo, fomos ter um par de alianças depois de uns 10 anos de convivência, quando mandamos derreter aneis de família. Há cerca de 6 meses meu dedo inchou por causa de um espinho de ora-pro-nobis e Marcos teve que cortar a aliança com um alicate. Ananda (sim, conseguimos gerar um ser normal) achou aquilo um disparate, um mal agouro. Mas era a aliança ou meu dedo. Vão-se os aneis, que fiquem os dedos. Desde então, alternamos a mesma aliança. Uma semana eu uso, outra, ele. Ou passamos semanas sem trocar. Não temos muitas regras a seguir. Nem cobranças. Nas viagens, por exemplo, desde quando pudemos ter carro, saimos com um destino e nenhuma programação. Se houver uma cachoeira no meio do caminho paramos e ficamos o tempo que for preciso para satisfazer as vontades. Depois a gente vê como é que fica. Então, o fato de nos preparar para ir até João Pessoa, pore exemplo, não significa que chegaremos lá. Vamos ficando no meio do caminho, porque o trajeto também é importante.
Mas somos diferentes assim: Gosto de prosa e ele de poesia. A trilha sonora do meu filme é sempre dirigida por ele, que chega em casa já botando pra tocar seus cedes e velhos elepes, quebrando o silêncio, alegrando o lar doce lar (tudo bem que às vezes bota pra tocar um fado de chorar na hora do jantar...). Tendo a ser sedentária quando se tratam de exercícios físicos. Já ele é corredor e faixa preta em aikido. No sítio, o sedentário é ele. Enquanto ando pelo mato, planto, podo, colho, não paro, ele fica na varanda lendo pilhas de livros deitado na rede, pensando, escrevendo, dormindo, apreciando o por do sol. Aí, do nada, levanta, veste um short curto, calça um tênis e vai correndo pela estrada até a represa, como um Forest Gump. Eu amo cozinhar e ele não sabe nem que macarrão se coloca na água fervente. Ou que alcachofras tem penugem dentro. Ele é mais romântico que eu e sempre me dá presente e cartãozinhos no meu aniversário e no Natal. E também fora de hora. Quando namorávamos, ele sempre me trazia uma flor de jasmim-dos-poetas que roubava de um jardim pelo caminho. Eu me esqueço do cartãozinho. Prefiro dizer ao vivo. Além de tudo, ele elogia minha comida, apóia tudo o que faço e agora deu também de ter blog. É o Divertimento para Clarinete e Orquestra Opus 2, onde fala de tudo menos de medicina, a não ser na descrição de cirurgião "preciso no corte pra fazer sangrar só o necessário" e apesar de ser estudioso, seguro e determinado no seu ofício de otorrinolaringologista. Eu sou medrosa e pés no chão; ele adora esportes radicais e estar no mar, no ar. Para algumas coisas ele é muito metódico e eu sou desorganizada. Ele arruma a mesa do café da manhã de noite e eu acordo mais cedo que o necessário, desço descabelada e sonolenta só para tomar junto o café que ele preparou. Durante a semana ele se levanta às 5h30 e eu, às 6. Meu horário natural de acordar é às 7. O dele, às 10. Mas nos fins de semana, chegamos a um meio termo. Uma das tantas coisas que temos em comum é que somos tímidos e desajeitados para dançar.
No sábado foi ele quem arrumou a mesa no quintal, colocou vela e botou para gelar um espumante. Mas fui eu quem trocou os guardanapos de papel pelos de pano e melhorou a posição dos talheres. E, como sempre, cozinhei sozinha. Mas ele está sempre na retaguarda ajudando na pia. Comemos, brindamos, fizemos fotos engraçadas, trocamos de mão a aliança única. É, enfim, assim que a gente se entende, se admira, se completa, se diverte, se ama. Não sei onde vamos chegar, mas o caminho tem sido bom e divertido.
Eu só ia falar do peixe (risos). E nem foi comprado com este propósito, o de comemorar. Como relatei há alguns posts, almoçamos aquele frango de vitrine. Sendo já tarde, nem sabíamos se haveria ou não jantar. Este nosso jeito esquisito de não programar nada. Lá pelas 10 da noite deu fome e resolvemos fazer o peixe que havia comprado no mercado. Fiz um dos filés e congelei o outro para fazer um sushi no domingo.

Um peixe chamado serra
A vendedora chinesa, da peixaria do mercado da Lapa, descobriu-se paciente do Marcos e nos deu a informação privilegiada que o serra estava fresquinho, tinha acabado de chegar, que dava pra comer como sushi. Não titubeamos. Compramos logo dois, com cerca de um quilo e duzentos gramas cada, R$ 10,00 o quilo.
Também conhecido como sarda (o nome científico é Sarda sarda), ou bonito-atlântico, serra-comum, entre outros, nada tem a ver com o peixe-serra que tem uma serra no bico. Ocorre nas águas tropicais, subtropicais e temperadas do Atlântico. Em todas as referências que vi, aparece a informação de que sua carne não é muito apreciada. Não entendi porque, já que me fez lembrar o atum, inclusive como sashimi e no sushi. A lista escura que aparece no meio do filé torna seu sabor ainda mais gostoso. Bem, para nosso jantarzinho comemorativo, não fiz nada a não ser temperar com sal e pimenta e dourar no azeite.

O peixeiro tirou os dois filés limpinhos, cada um com cerca de 400 gramas, pronto para ir à frigideira, à grelha, ao forno ou ser comido como sashimi.
Para o nosso jantar improvisado, dividi um filé ao meio cortando enviesado, temperei com sal e pimenta, dourei dos dois lados em frigideira antiaderente com azeite e despejei por cima um pouco de amêndoas picadas douradas em manteiga e misturadas com umas gotas de limão. As batatas cozinhei no vapor e misturei com temperinhos fritos em manteiga - mostarda, pimentas, cúrcuma, sementinhas de mentruz. Foi vapt vupt.

Olhe a pretensão: era para ser um lindo sushi prensado com filé de serra. Bonito não ficou, mas que estava gostoso eu garanto. É só seguir a receita que vem no pacote de arroz de sushi e usar aquelas caixinhas próprias, de madeira.

Este deixei inteiro e congelei. Ontem, foi meu almoço. Cortei em postas, temperei com sal, pimenta e também dourei no azeite. Simples assim, pra comer com arroz, feijão andu e abobrinha.

44 comentários:

Fer Guimaraes Rosa disse...

Neide, sua historia eh LINDA e eu fico feliz que tenho uma ate que meio parecida, com algumas nuances particulares. Tambem [ainda] nao comemoramos o 27.

Parabens e muitas, muitas felicidades pra voce, Marcos e Ananda! :-*

beijooo,

Pablo A. disse...

^.^ Nossa não tinha como não comentar este post! Lindíssimo!
Eu tô num "embarca não embarca", e ler este texto me faz acreditar q vai dar certo paesar das dificuldades!
Que dure pra sempre o amor de vocês... Ah e vê se compra uma alinaça, nem é caro lá no centro perto da Sé...

bjus

P.A.

Ananda disse...

Mamis....
devo te avisar que só vc no mundo inteiro me acha normal....
só p/ vc ficar sabendo...
te amo, beijos
fifi

Glau disse...

que post mais lindo! vc é incrivelmente especial

bjo, glaucia

Anônimo disse...

Oh guria...
Fazia um tempão que não vinha aqui. Ler este documentário de vida deixou-me emocionada.
Parabéns pelo amor que os une.

Anônimo disse...

Também eu não posso ir embora sem dizer que AMEI ler sua história de vida. É bom conhecer gente como você!

Luiz Horta disse...

ah neide! vc é feliz, graças a Deus. fiquei muito orgulhoso hoje vendo a saveur. lembrei que te conheci no dia exato em que cheguei em são paulo! 8 anos atrás. isto era um ótimo agouro. beijo em vc e no marcos, parabéns!

Neide Rigo disse...

Fer, realmente nossas histórias têm vários pontos em comum. Espero que você e o Uriel comemorem logo estes 27 anos! Obrigada,

Pablo, espero que embarque! Quanto à aliança, agora já não é questão de grana. É por relaxo e preguiça mesmo. Mas amiga Emi já se ofereceu pra arrumá-la e eu aceitei.

Ananda (ou Fifi, de filhinha, para os pais corujas), sei que seus amigos também a acham esquisita e você se orgulha disto, mas é uma esquisitice bem dosada e apaixonante.

Ei, Luiz, obrigada. Bom agouro pra mim também. Você lá com a Nina, todo bonitão, de terno. E eu, morrendo de vergonha. Você teve um papel muito importante na minha vida nestes últimos oito anos. Sabe disto. Obrigada mesmo,

Glau, Lea, Anômimo, obrigada!
N

Anônimo disse...

Neide, que história linda. Fiquei até emocionada, ao ler. Acho a vossa forma de viver a vida, de ir levando, de ir caminhando juntos maravilhosa. E espero que o caminho seja longo e sempre feliz e divertido!

Um beijo *
Mariana

Clara Edwiges disse...

Assino o feed desse blog há um tempo já e adoro ler as historias das plantas e aventurinhas de andar por aí e achar coisas legais no meio do caminho, mas normalmente não comento, acho que sou meio tímida pra essas coisas [risos].

Mas eu adoro uma história, e adorei muito a sua. Simples e muito boa, que nem peixe com pimenta e sal dourado no azeite ;D

Neide Rigo disse...

Mariana, obrigada. Bom te ver por aqui.

Clara,eu te entendo porque também sou tímida pra comentar (pelo tanto que escrevo, pode paracer que não, mas sou). Mas agora que já perdeu a timidez por aqui, fique à vontade.
Um beijo,
N

laila radice disse...

encantador, divertido... com certeza motivamante!

brigada Neide por compartilhar um poquuinho destes 25 naos conosco... é um aprendizado e tanto! bjs

Anônimo disse...

Olá Neide!

Eu sou a tal madeirense do Porto que,de vez em quando(mais de vez do que em quando)vem cá lê-la e deixar um comentário pingado.
Tenho um espelho aqui ao pé e dei-me conta,às tantas da leitura do seu post,que o fazia com um sorriso meio idiota;um misto de prazer enternecido...
Parabéns Neide pelo seu lindo casamento,pela maravilhosa forma como descreve quem é e o que sente,pelos seus conhecimentos de culinária,pelas suas lindíssimas e comestíveis fotos...,pela sua alegre curiosidade por tudo o que possa ser comido e bebido,pela elegância do seu fraseado e,sim!,fui meter o nariz(e o resto)no blogue do seu Marcos e gostei.
Fui lá no meio da leitura(desculpe,ma sou terrivelmente curiosa)e voltei cá para ler o resto.
O som que ouve neste momento são palmas que aplaudem de pé.
Fique bem.Carinhosamente Dri

Anônimo disse...

neide (e marcos), que delícia ler esta história, especialmente lembrando a primeira vez que a vi, chegando pra aula com a ananda a tiracolo.
depois de tantos anos, eu é que estou com crianças a tiracolo, fazendo festa com o que temos ao nosso redor.
todos somos felizes por seu coração tão grande e amoroso e sua mesa tão farta.
que este casamento se refaça a cada dia e a gente possa orbitar no em volta, nas doçuras.
bj. veronika

Ivana Arruda Leite disse...

E ainda escreve bem, a danada!
Um beijão pro Marcos, pra você e pra Fifi (a Bebel também é Fifi).
Espero vocês na 3a. feira na Mercearia pra ver a minha Fifi na tela.

Neide Rigo disse...

Dri, fico feliz de saber que alguém de tão longe possa gostar do que escrevo. E adorei a sua percepção do meu trabalho: "sua alegre curiosidade por tudo o que possa ser comido e bebido". Acho que é isto mesmo. Obrigada, um beijo e volte sempre.

Neide Rigo disse...

Laila, querida, bom saber que a estória pode ser motivante pra você que deve ter a idade da minha filha.
beijos, N

Neide Rigo disse...

Veronika,
que coisa, hem? Você me viu na Eca com bebê no colo e agora, depois de tantos anos, nos encontramos por causa do blog. E mesmo sem termos trocado uma só palavra naquela época, você se lembrou de mim assim que chegou no meu portão. É um prazer ser sua amiga e vizinha hoje. E poder acompanhar o crescimento de seus lindos filhinhos. E ainda tê-la como leitora. Beijos, n

Neide Rigo disse...

Ivana, eu não perco por nada deste mundo ver a Bebel estreando na telona. Obrigada, beijos,
N

Dani disse...

História linda e o peixes, nas várias versões, parecem deliciosos.
Parabéns!

Anônimo disse...

Cara Neide,
Fiquei enternecida ao ler a sua história, não pude deixar de esboçar um sorriso ao pensar que a minha história tem tantos pontos em comum com a sua, apesar de termos um oceano pelo meio.
Meu marido costuma dizer-me por vezes, "nós não devemos ser pessoas normais", e por vezes os nossos amigos dizem que nós somos "malucos" talvez porque nunca programamos nada e gostamos de ir à aventura. Quando vamos de viagem, nunca marcamos hotel e paramos onde e quando queremos. Levar a vida assim é muito mais divertido e faz-nos muito mais felizes.
Muitas felicidades para os dois.
Bjs

Neide Rigo disse...

Moira,
que bom saber disto. Sabe que até hoje viajamos quase sempre sem hotéis reservados? Principalmente se estamos de carro. Até quando fomos pra Veneza chegamos sem hotel em plenas férias de verão. E o engraçado é que nunca ficamos na mão. Obrigada. Beijos,N

nana tucci disse...

Lindo de viver!

Marcia H disse...

Que estória linda, que amor lindo, que forma maravilhosa de viver um relacionamento tao rico. Fui ao blog do Marcos, cheio de sons e poesia, vou voltar lá para passar mais tempo.
Neide, eu chorei com esse posting de tao emocionada que eu fiquei.
Que venham os próximos 25 x n e que sejam comemorados sempre, di-a-ri-a-men-te.
bjss

Ana Canuto disse...

Bom Dona Neide, acho que não por acaso nos encontramos já que nessa historiona aí descobri que temos muitas coisas em comum, a começar pelos nomes dos companheiros, embora o meu seja no singular. Mais uma vez vc descreveu lindamente um acontecimento.
Beijos para os três maluquinhos, afinal a Ananda mesma se confessou...pois disse que só vc a acha normal. Essa também vai longe.
Auguri per tutti voi !!!!

Anônimo disse...

Neide e Marcos
A história de vocês é muito bonita e comovente em alguns momentas ela se assemelha com a nossa história de vida. É bonito quando depois de tantos anos exista tanta admiração de um pelo outro.
Aguardemos então as bodas de ouro.

Neide Rigo disse...

Ana,
da sua vida conheço um pedaço, o suficiente para imaginar a riqueza das outras experiências que viveram.

Rui, você e a Mariângela fazem parte da nossa inspiração de vida recente.

Um beijo,
N

Neide Rigo disse...

Ei, Márcia! Marcos vai gostar de saber disto. Mas é pra rir e não pra chorar, hem. beijos, n

Anônimo disse...

neide, fiquei tão tocada com seu texto lindo que demorei dias para entrar aqui.
de fato a "sua alegre curiosidade por tudo o que possa ser comido e bebido" fala muito e preciso de você.
queria acrescentar ,generosidade.
partilhar as descobertas e o vasto conhecimento com todos nós, de maneira tão simples e direta é comovente.
como você (vocês 3, descobri aqui)há poucos.
muito obrigada,grande beijo
tanya
ps:perdeu a saveur de ter colocado um texto tão curtinho,editado.bj

Anônimo disse...

Parabéns, Neide (e Marcos) pelos 25
anos de "Conto de Fadas"! Nada mais
bonito e real que isso...! Lindo!!!
Dona "Orga" e Sr. Toninho devem es-
tar orgulhosos de você: a menina simples de Fartura, cidade pequena do interior, talentosa, estudiosa, esforçada, bem educada, etc. etc., criou asas e voou para a cidade grande e agora ganha também o mundo... Você merece! Glaucia Gripp

Neide Rigo disse...

Oi, Glaucia! Acho que minha mãe nem sabe que já temos 25 anos juntos. Vou contar pra ela. Ah, eu não nasci em Fartura, não. Nasci e me criei aqui em São Paulo. Meus pais foram pra lá depois de aposentados. Obrigada!
Beijo, N

Anônimo disse...

Lindoooo!
Histórias de vida lindas, fazem pessoas lindas ou pessoas lindas é que fazem histórias de vida lindas?

Mil felicidades.
Bjs

Anônimo disse...

Lindoooo!
Histórias de vida lindas, fazem pessoas lindas ou pessoas lindas é que fazem histórias de vida lindas?

Mil felicidades.
Bjs

Gourmandisebrasil disse...

adoro sashimi com este peixe! uma carne doce...
bjo

Anônimo disse...

Olá Neide...ontem estive com meu filho no consultório do Dr. Marcos e durante nossa conversa descobri que eu e você somos colegas de profissão.Até aí nada de estranho..o que me chamou a atenção foi ouvir Dr. Marcos falar sobre Você e sua profissão, ele falava com os olhos,com a alma com o coração, falava com orgulho. Ele comentou sobre o seu blog... e lógico fiquei curiosa em saber quem era aquela Nutricionista tão talentosa e "exótica"...Agora lendo essa sua linda história, e apesar de não conhecê-la tenho a sensação que você também fala com o coração e com alma, acho que aí está o segredo para esses 25 anos de união.
Parabéns pelo blog e pelo aniversário de casamento.

Neide Rigo disse...

Oi, Mônica, quer dizer que também é nutricionista? É um prazer tê-la por aqui. Fiquei feliz com seu relato. E espero que volte mais vezes aqui que no consultório dele rsss.
beijos, n

Anônimo disse...

Olá! Gostei muitíssimo da sua história pessoal e do seu texto. A melhor parte é que acabei lendo seu blog porque estava procurando informações sobre o peixe serra. Então, pequenas descobertas assim só tornaram melhor a leitura.

Um beijo virtual apertado, mesmo sem me conhecer!

Nani Oliveira disse...

Neide,

Que linda história de amor e de vida. Simplestemente inspiradora. Você é uma pessoa muito especial nesse mundo. Te admiro. Um abraço e desejo ainda mais felicidades e bênçãos pra você e sua linda família.

Priscila Silva disse...

Muito legal! Gostei da sua história. A simplicidade é muito boa...

Leticia Cinto disse...

Oi Neide! Estou "meio" atrasada para ler este post, onde cheguei procurando receitas de pão de abóbora, rsss. É linda a sua história, aqueceu meu coração! É meio parecida com a minha, embora eu não tenha tido a sorte de acrescentar mais um humano (o filho) na relação. Mas o resto é parecido, não temos aliança, nem dia certo para comemorar, mas vivemos bem e felizes com o que temos e sonhamos. Bjs!

Anônimo disse...

Neide,

É a primeira vez que escrevo no blog de algém.
Estava procurando umas referências sobre este peixe pro almoço de domingo com minha família (minha esposa Fábia, filhos Ellen, Manuela e Gabriel).
Comecei a ler seu post e não consegui parar.
Linda sua história, desejo saúde pra família e mais muuuuitos anos com seu amor!

André

HENRIETTE disse...

Eu já era sua fã há tempos! Agora, ao ler sua história, tão terna, tocante, parece que a conheço de longa data!. Também fiz ECA/USP, provavelmente muito antes de você, mas deu aquela sensação de conhecê-la e agora saber de onde,.... sabe?
Estava limpando meu canteiro de ervas e arranquei uns "matinhos" danadinhos com bulbinhos que precisei cavocar para retirar e agora voce me diz que é cebolinha de perdiz??? Que delícia! E agora estou vendo tudo sobre os matinhos que tenho no quintal e você me oferece receitas e informações sobre a maioria deles?!?!? Você é demais! Incrível! Seja feliz sempre, voce merece muito... Beijos para voces dois e sua filha...
Henriette

Unknown disse...

Neide,
adorei a história de vcs, olha eu só estava pesquisando o "bonito" para apresentar à minha esposa e aí deparamos com esse verdadeiro "conto de fadas" bom, li dando a entonação que o romantismo solicitava (dizem que sou bom nisso, rsrssrs), de qualquer forma me identifiquei com a história e com os personagens. PARABÉNS, FELICIDADES MIL!!! nos 25, 30, 40 anos... Que o Criador sempre os conduzam sob as asas protetoras do bem junto a filhota confidente. A quanto ao peixe minha esposa se interessou em come-lo dourado no azeite dessa vez e aqui em casa quem faz os peixes sou eu viu.
Abraço,

Jessé e Marlene - Assistentes Sociais, Rio de Janeiro.

Ps. tb nos conhecemos na Universidade e estamos juntos sem as alianças, bjos!

Jeronimo Villas-Bôas disse...

Muito lindo seu texto. Muito incríveis vocês três. Fiquei super emocionado com a leitura. Beijos!