sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Alguém que me fez ser quem eu sou


Este texto não tem nada a ver com comida, mas comigo. E no Come-se a chefe sou eu, que abro eventualmente espaço para elogios públicos e agradecimentos.
Na minha vida nada acontece por acaso. Pelo menos, não de uns tempos pra cá. Nem mesmo romper parcialmente ligamentos de joelho. Entrei hoje, pelo quarto dia consecutivo, na sala de fisioterapia, disse um boa tarde vago, já que nunca ninguém responde (nem aos meus tchaus) e um homem, desta vez, me perguntou: Como é seu nome? Imediatamente o reconheci. Era o Doutor Paulo Afonso de Castro, já com seus cabelos brancos. Abracei e beijei. E quase pedi benção.

Quem me conhece já me ouviu falar dele e do medo que eu tinha de nunca mais encontrá-lo para poder agradecer pelo que sou hoje. Imagino que ele não sabia de toda esta importância. Mas precisava saber.
Muitas pessoas fazem diferença nas nossas vidas, além de nossos pais, e somos a soma de muitas delas. Só que algumas chegam, viram o botão da sua trajetória e você toma um rumo nunca previsto. E a única pessoa que fez isto foi este meu chefe.


Com 17 anos eu já ia para o meu terceiro emprego. Depois daquele trabalho num escritório pequeno, fui escriturária "A" na administração das antigas Lojas Arapuã. Alguma amiga de lá que estava feliz com seu cargo veio me perguntar se eu não queria me candidatar a uma vaga para secretária no Departamento Jurídico do Metrô. Eu quis e fui na hora do almoço. Da Rua Sergipe até a rua Augusta era um pulinho.
Quando cheguei, conversei brevemente com o futuro chefe e ele me disse que o teste de seleção incluía uma prova de datilografia, que avalia tempo e erros. Até aí tudo bem, pois sabia e ainda sei datilografar de olhos fechados. O único problema era que eu nunca tinha visto na minha frente uma máquina elétrica (o auge da tecnologia naquela época - era 1978) e eu deixei isto claro.
Veja lá se alguém é capaz disso: como era hora do almoço, ele disse que sairia para comer e, enquanto isso, eu poderia ficar ali treinando na máquina. Quando voltasse, faríamos o teste. Uma pessoa me mostrou os comandos e também saiu. Fiquei ali sozinha, num salão enorme cheio de mesas vazias e processos. Uma tecla errada que apertava, o carro do rolo disparava sozinho. Outra tecla e a folha era expulsa rolo acima. Datilografava a e saía mil vezes a. A hora de almoço passou rápido e no final já havia dominado a pressão dos dedos e os comandos de mudança de linha, tabulação etc. Fiz o teste - ele ditando a petição que eu já tinha ensaiado; pedi demissão no outro trabalho, onde também tinha um chefe muito querido, e logo comecei no emprego novo.


O trabalho era tranquilo. O que mais fazia era datilografar as petições do Dr. Paulo. Ele era inteligente, tinha estudado na São Francisco, escrevia muito bem e com veemência - foi aí que comecei a aprender a escrever. E era um homem justo, corajoso, falava alto e brigava com a própria Companhia quando discordava de algum acordo de indenização. Sempre defendendo o certo. Cada dupla de advogado do departamento tinha uma secretária e, pra falar a verdade, mal me lembro do outro chefe. Acho que ficava pouco por lá - do paletó alinhado na poltrona, eu me lembro.
Acontecia às vezes de algum advogado, e eram uns dez, fazer trabalhos particulares e usar as secretárias do departamento para datilografar longas petições em letras ilegíveis. Ele nunca fez isto. Se queria algum trabalho particular, pagava por isto. E uma vez ainda brigou com uma colega por ela ter pedido o favor para mim. Anunciou para todos que se eu não tivesse trabalho do Metrô para fazer, que usasse o tempo ocioso ao meu favor.
Depois disso, me mandou ficar às tardes, quando não houvesse trabalho, estudando na mesa dele, de porta fechada, enquanto ele estivesse no fórum - as secretárias ficam num salão coletivo e os advogados em salas fechadas. Por causa dele, comecei a ficar tão encantada com a profissão de advogado, que prestei vestibular para Direito quando terminei o colégio.
Aliás, o colégio foi um caso à parte - ia do trabalho direto para a escola, onde dormia apoiada na carteira por ter acordado muito cedo. Nem amigos eu tinha de tanto que dormia, inclusive na hora do intervalo. E odiava todas aquelas matérias chatas, todos aqueles professores. Não tive aulas de física, química, biologia, história, geografia, matemática, literatura (talvez algumas para cumprir o programa, mas eu não me lembro de nada além de matemática financeira, administração, contabilidade 1, 2, 3...). Não passei no vestibular, claro. Ainda bem, pois teria sido uma péssima advogada, com uma formação básica lastimável. Comecei a fazer cursinho no outro ano.


Ganhava no Metrô o dobro do último emprego e minha única despesa grande era a mensalidade do cursinho além de ajudar um pouco em casa. Um dia aconteceu a virada. Doutor Paulo chegou de manhã, me chamou sério na sala dele. Não pensei em bronca, porque ele sempre me tratou com gentileza, mas fiquei assustada.
Pediu para que eu me sentasse e perguntou: O que você faz com seu salário? / Ah, eu pago o cursinho, separo dinheiro pra condução, dou dinheiro em casa, compro roupa, vou na lanchonete com as amigas, faço a unha, compro revistas ... Coisas assim, de extrema importância. Ele foi anotando no papel. No final, eu tive que me esforçar para demonstrar gasto para todo o meu salário (certamente, mais do que ganho hoje). E quanto você guarda para os estudos, para o futuro? / Nada, ué! / Então você vai começar a guardar hoje. Ele é um homem forte, grande, que impõe respeito. Levantou-se e pediu para eu o acompanhasse. Foi comigo até o banco que ficava na parte de baixo do prédio. Chamou o gerente e explicou o que queria (ele queria). A partir daquele momento eu iria fazer um investimento compulsório. Todo mês 1/3, ou cerca disso, do meu salário ficaria retido por um ano, sem que eu pudesse mexer. Foi um choque, pois fiquei sabendo junto com o gerente. Mas foi aí que o botão virou.
Voltanto um pouco, mesmo depois de começar a trabalhar e conhecer algumas poucas pessoas formadas, nunca achei que pudesse um dia fazer faculdade (só de pirraça, fiz três - uma completa), tanto que cursei secundário técnico para ter uma profissão e não para preparar para o vestibular. Na infância, nunca conheci, além dos professores e talvez médicos e dentistas, alguém que tivesse feito faculdade. Na família, ninguém. Na vizinhança, ninguém. Em minha casa (e, por favor, não estou apelando para a cultura do coitadismo) não havia livros, jornais ou revistas. Então achei que minha vida poderia ser um pouco melhor bastando que estudasse um curso técnico. Meus pais também deveriam achar, embora eu sequer tivesse pedido a opinião deles. E, pronto, pararia aí, estava bom. Pra que guardar dinheiro? Não sabia o que aquilo significava. Só no Metrô descobri o que era faculdade e como se fazia para cursar uma.
No cursinho que fiz à noite, também só dormia. Até tentava estudar durante o dia na sala do Dr. Paulo, mas não entendia nada daquelas apostilas resumidas de matérias básicas que eu nunca tive. Não passei em nada no fim do ano, mas também não era pra ser: prestei Direito, Arquitetura e Agronomia!
Foi quando resolvi que precisava estudar de verdade e, graças àquele homem, tive dinheiro suficiente para pagar à vista um ano de cursinho de manhã e todas as minhas outras despesas, incluindo cinemas. Não precisei pedir um centavo para os meus pais durante este tempo. Foi neste ano que me apaixonei pela botânica, que entendi um pouco de gramática e literatura, descobri a matemática e ainda encontrei um amor maduro.

É que de outro canto de São Paulo surgia o Marcos, que tinha feito uma trajetória parecida. Também de família pobre, também começou a trabalhar com 14 anos, também estudava à noite, também deixou um emprego para fazer cursinho de manhã, que também pagou à vista com seu próprio dinheiro, também pela segunda vez. Nos encontramos, nos apaixonamos e vivemos felizes.
Só muito depois me dei conta do que significou o gesto generoso daquele mineiro de Campanha, que estudou na São Francisco, e me passou alguns dos valores que guardo até hoje. E da necessidade de um dia poder agradecer. Hoje o fiz. Daqueles agradecimentos que não cabem em palavras. Conversamos enquanto ele cuidava do pé virado e eu, do joelho roto. Ele disse que o mérito foi todo meu, mas eu sei exatamente o tamanho da sua influência em tudo o que se seguiu.
Faz tempo que não tenho chefes, mas só recebo notícias de prepotentes e desequilibrados (as) que maltratam e humilham seus funcionários, que os chamam de burros, que os fazem chorar. Eu só quero chorar de emoção.

Que todos tenham um bom fim de semana e a sorte de encontrar um anjo deste por aí.

37 comentários:

Silvia - BH disse...

Neide,

Que bom que teve esta oportunidade de agradecer. Penso que quem pode agradecer é mais feliz do qeu quem recebe o agradecimento.

Que bom homem, tão correto. E você, alem dos talentos inatos, parece-me ter tido excelente formação na família, o que falta pra muitos hoje em dia. Contudo, menos entusiasta, o que observo é quantas pesssoas não sabem aproveitar ou retribuir o que se faz por elas. Mas como quer que seja, quem gosta de fazer bem aos outros, mesmo com as decepções, segue em frente. Refiro-me ao que já presenciei.

E ele, já viu seu blog pra poder ficar orgulhoso do que ajudou lá na base inicial a construir?

Dalmo disse...

Neide
Parabéns, belo texto belo conteudo que só quem passou por situação semelhante vislumbra todas as nuances.
Abraços
Dalmo

Dalmo disse...

Neide
Parabéns, belo texto belo conteudo que só quem passou por situação semelhante vislumbra todas as nuances.
Abraços
Dalmo

Gina disse...

Neide,
Acompanhei seu relato com emoção, pela gratidão demonstrada, pela história de vida, até mesmo pela similaridade de algumas passagens citadas com a minha própria vida.
Fiz um concurso público há 34 anos, por sugestão de uma amiga de faculdade e isso mudou a minha vida. Até então, não havia pensado nessa possibilidade. Passei por uma prova de datilografia num saguão enorme, com inúmeras máquinas e um barulho tremendo. Alguém, com sensibilidade, colocou o papel na máquina para mim e me deu algumas dicas, já que teria 5 minutos de ambientação. Faltava experiência com a tal máquina...
Esse encontro de vocês é uma confirmação de que nada acontece por acaso, uma máxima com a qual também concordo.
Será que já tivemos oportunidade de fazer algo semelhante por alguém e o fizemos?
Só para refletir...
Estive com a Ana, do Brotas, Brotos e Brotoejas sábado passado. Adivinha se não comentamos sobre nossa amiga virtual em comum?
Um ótimo final de semana!

Anônimo disse...

Neide, que lindo! Não tive (ou não vi) uma pessoa assim que me ajudasse antes, e hoje aos 30 comemoro loucamente minha entrada no curso mais concorrido da Universidade Tecnológica Do Paraná (depois de outras tentativas mal sucedidas de passar no vestibular deles e de outras tentativas não concluídas em faculdades pagas). Me emocionei com seu texto, disse muito para mim! Um beijão! Carol

Jane Reolo disse...

Neide
Nada acontece por acaso.A dendê roer um fio...um tropeço...um joelho doído...uma fisioterapia...e a oportunidade de agradecer e me emocionar.beijocas

Anônimo disse...

Que lindo texto.
Algumas pessoas simplesmente fazem a gente acreditar que um mundo melhor é possível: melhor, mais ético, mais doce, mais bonito e humano.
Me tocou profundamente o seu relato, é lindo demais, mesmo. Lindo esse homem, e você ser a mulher que é hoje e ter essa percepção.
um forte abraço Neide
madoka

Silvia - BH disse...

Completando - refiro-me ao que presenciei pessoas generosas fazerem por outros que não são receptivos ou agradecidos.

Marcus Facciollo disse...

Muito bonito o texto. Sorte têm as pessoas que encontram um "Dr. Paulo" na vida, reconhecem a oportunidade e a importância da pessoa, e conseguem usufruir do que elas têm de bom a oferecer. Gente asim é rara de aparecer em nossas vidas, e muitas vezes quando aparecem nós não percebemos. Feliz é quem encontra e reconhece alguém assim.

Neide Rigo disse...

Silvia, da família tive tudo o que se deve ter para poder aproveitar e entender o significado de uma ajuda como a dele. Quanto aos não agradecidos, claro, quem faz o bem de verdade não o faz apenas esperando o agradecimento. Faz independente disso. Não, acho que ele não viu o blog. Um beijo,

Neide Rigo disse...

Dalmo, que bom, então, que conseguiu vislumbrar.

Gina, pois é, há destas pequenas ajudas anônimas que nunca ficarão sabendo o quanto ajudaram. Parabéns atrasados pelo concurso - afinal, todo o resto dependeu de você! Quem sabe conheço as duas quando for a Curitiba. Você é vizinha da Ana?

Carol, que conquista, hem? Eu entendo o que está sentindo.

Jane, se a gente realmente pensar assim, teria que ir voltanto, voltando... se a Inês não tivesse vindo aqui, a dendê não teria roído o fio; se eu não tivesse adotado a dendê, e assim por diante. Acho que não acaba nunca, né? Mas é divertido acreditar nisso, que nada acontece por acaso (é claro que acontece). Um beijo pra você, pro Jura e pra Helena

Madoka, certamente o dr. Paulo é uma dessas pessoas.

Marcus, pois é, às vezes estas pessoas estão ao nosso lado e não percebemos.

Um abraço, N

Angela Escritora disse...

Também tive uma mentora Adélia Antonieta Villas, uma mulher do sul, inteligente, e que confiava em mim. Até hoje mantenho contato com ela, e lá se vão 30 anos.
Bom poder retribuir, há lindas histórias assim.
E você não me disse se gosta de Cidra!

Gina disse...

Neide, respondendo a sua pergunta, não sou vizinha da Ana, mas a descobri quando promovemos o 1° encontro de blogueiras na cidade. Nesse sábado tivemos o 2° encontro e foi muito bom revê-la.
Tomara que tenhamos esse prazer de nos encontrarmos!
Bjs.

Anônimo disse...

Neide tudo já foi escrito, eu quero te dizer que até meus filhos acompanha seu blog e principalmente o mais velho que não falamos muito, ele colou o seu texto e colocou na pasta deles para enviar a amigos para que eles leiam e passem a acompanhar seu blog, ficou encantada com você, a maneira que escreve (só um detalhe ele formou agora em Direito pela SBC), você não tem noção do quanto sou grata pelo blog come-se, pois estava com um processo de depressão, e por um acaso encontrei, você, com suas receitas causos, e fotografias, piqueniques na praça, e fui aprendendo a ser Felix, também com coisas simples, todos os dias encontro, pois sei que vou começar meu dia melhor,beijos, até(Diulza)

Neide Rigo disse...

Angela, diferente de você, eu havia perdido o contato com dr. Paulo. Desculpe por não ter respondido o seu email - gosto muito de cidra, sim.

Gina, quando eu for visitar minha irmã, a gente marca um café. Será um prazer.

Diulza, não sabe como isto me enche de alegria.

beijos, N

Sill disse...

Oi Neide,
Se no mundo tivesse mais Drs.Paulos e tb mais Neides, ele seria mais colorido :-D
Por isso sou sua fã.
Saudade amiga! Sill

Patrícia de Gomensoro Malheiros disse...

Belo relato e bela vivência! Me tocou muito!
Abraço.

Daniel Brazil disse...

Que bonito gesto! O dele e o teu...

Anônimo disse...

Neide,
E' muito bacana a gente saber reconhecer o bem que nos fazem.
Acho que o Dr. Paulo deve ter ficado muito feliz por ve-la bem e saber que contribuiu para isso.
Lindo texto. Lindo coraçao.
Um beijo
Gabi(gabgaby)
P.S Estou convencida de que as coisas nao acontecem por acaso.

Anônimo disse...

fiquei emocionada lendo seu texto! que maravilha de reencontro! com certeza sermos gratos nos faz muito bem! um abraço e melhoras do joelho.sissi

Patrycia disse...

Oi, Neide,


Sou do Acre, voltei para Rio Branco depois de 20 anos no Ceará e sou absolutamente apaixonada por gastronomia e pela cultura que a cerca. Emocionei-me muito com seu texto, um reconhecimento público da importância de trilhar caminhos diferentes, conceder-se o direito de mudar a história, fazer o novo e principalmente ter tido, como você diz, um anjo em seu caminho.É certo que anjos aparecem para quem os quer ver e acho que você aproveitou muito bem a visão. Seu blog é ótimo, bem escrito e bom de ler. Quem sabe você não aparece aqui pelo Acre para conhecer nossas preciosidades?
Um grande abraço,
Patrycia

Anônimo disse...

Neide,

Lendo este texto tao bonito, pela maneira que foi escrita e pelo conteudo enriquecedor, quero entao lhe agradecer por compartilhar este pedaco da sua vida tao especial... E... nem e preciso dizer o quanto fiquei comovida.

Eu sou a pessoa que te abordou ontem la no parque da Agua Branca..."Vc e a Neide Rigo?"

Beijo grande Miti

Dricka disse...

Lindo, Neide!
Como tudo o que você escreve. Consegue por tantas emoções nas palavras. Eu já disse, mas repito: Você nos faz amar aos que ama. E multiplicar amor é um dom muitooo lindo.
Quem dera o mundo tivesse tantos outros dr.Paulo, espero que ele tenha sempre retorno dessa integridade com a qual rege a vida.
Bjs

lberaldo disse...

Neide, a gratidão é uma das mais belas e importantes virtudes do ser humano. Parabéns por ter conseguido demonstrá-la ao seu benfeitor, e por partilhar com seus leitores essa bela história de vida. Quantos de nós deixaram escapar essa chance. O meu "Dr. Paulo" chamava-se Dr. Betino De Deo, que já se foi sem saber da minha gratidão. Ele também era da São Francisco. Nas últimas eleições da OAB/SP, ao votar em seu genro (que infelizmente não conseguiu se eleger)fiz questão de lhe dizer que o fazia em homenagem a seu sogro, àquele sábio e honrado advogado que tanto me incentivou no terceiro ano da faculdade.
Lea Beraldo

Inês Correa disse...

Querida, que lindo. Lembro quando você me contou. Agora escrito ficou muito mais, principalmente porque agora teve o reencontro. É sempre muito bom rever. Beijo

Neide Rigo disse...

Sill, Neides são tantas por aí...

Patrycia, obrigada. O Acre é um dos lugares que quero muito visitar.

Daniel e Gabi, obrigada pelo comentário!

Oi, Miti, me senti tão importante sendo reconhecida na multidão (risos). Obrigada, gostei muito de te conhecer!!

Sissi, o joelho está melhorando. Obrigada!

Dricka, obrigada. Também espero.

Lea, eu tinha este medo. Acho importante que as pessoas saibam quando elas foram importante para alguém. Mas nem sempre podemos agradece. Fiquei feliz de ter conseguido.

Inês, a gente é um nada sem os amigos. Obrigada pela amizade e carinho de sempre.

Um abraço, N

Verena disse...

Que bom ter encontrado o Dr. Paulo e ter conseguido agradecer o que ele fez por você. Provavelmente ele deve ter feito também por outras pessoas e também provavelmente sem esperar nada em troca. Pessoas assim estão tão difíceis de achar hoje em dia...mas não é impossível!
Um anjo da guarda desses merece todo o mérito deste post e seu carinho!
Parabéns a ele e a você por ter aproveitado as oportunidades e dicas!
Um beijo e ótima semana!

Stela Bião disse...

Poxa, Neide...muito emocionante o texto! Certamente você merece todos os anjos que passaram por sua vida.

Abraços,

Stela.

Anônimo disse...

Graças a Deus, um bom professor encontrou uma boa aluna.
Manuela S.

Nina disse...

Que lindo esse texto.

Chorei, sabe?

Tão bom saber reconhecer, e poder agradecer.

Beijo!!

Ana Canuto disse...

Pois é Dona Neide. Ao contrário de você,tive um infortúnio em meu primeiro emprego quando tinha 14 anos. O diretor não me registrou e acabei perdendo mais de um ano que hoje poderia servir para minha aposentadoria. Mesmo assim,faltam-me apenas uns 3 anos e até que me aposento jovem(com uns 48 anos)Mas, parar de trabalhar e agitar, nunquinha que não sou boba nem nada.
Sabe que embora não tenha tido a sua sorte, faço questão de orientar todas as pessoas que posso com respeito a direitos, principalmente os trabalhistas. As manicures do salão que frequento são as que mais eu "encho" de informações, porque são novas, e hoje sei que gastam o que ganham, não têm previdência e nem reservas. Sei de muitas que já se "coçaram", mas muitas são mesmo imediatistas. Também gosto muito de conversar com os empacotadores dos mercados e guardas de estacionamento, sempre com essa intenção.
Afinal, hoje que estudei e tenho esse preparo, não posso deixar que se repita o que aconteceu comigo. E vamos em frente. Mais um belo texto esse, viu ?

Unknown disse...

Neide, nao te conheco, mas certamente ja ouvi falar seu nome la em casa.. Sou filha do Paulo Afonso e fiquei ainda mais orgulhosa dele depois de ler e me emocionar com o seu texto.. Esse eh meu pai lindo! Que maravilha saber que ele fez isso nao so com as filhas, mas tambem com outras pessoas que cruzaram o caminho dele! Tudo de bom pra vc! Adorei seu texto! Beijos, Paula.

Neide Rigo disse...

Paula, querida, que orgulho ter seu comentário aqui. Lembro de você quando menina. Se seu pai foi capaz de fazer isto por uma pessoa estranha à família, posso imaginar o que este homem fez pelas quatro filhas, a quem ele sempre demonstrou tanto afeto. E só podem ter se tornado pessoas tão especiais quanto ele. Tem toda a razão de admirá-lo e ter orgulho. Cuide, que é joia. Um grande abraço, N

Neide Rigo disse...

Verena, cedrtamente muitas outras pessoas poderão assinar o agradecimento comigo. Se fez por mim, fez por muita gente também.

Stela, merecer, acho que todos merecemos, né? Mas nem sempre estes anjos nos aparecem - ou não conseguimos enxergá-lo.

Manuela, tem gente que tem o dom de ser mestre. Estes são poucos, né?

Nina, agradecer é sempre bom. Obrigada!

Ana, tenho certeza que muita gente está esperando o momento certo para agradecê-la também.

Um abraço, N

Anônimo disse...

Querida, o mais gostoso do teu blog é ele sempre nos surpreende, ora com um ingrediente inusitado, ora com uma informação de pesquisa ou receita, e agora com esse relato de agradecimento ao dr. Paulo.Só posso mesmo ter muito orgulho em ser sua amiga.
Beijo
Silvinha

Bombom disse...

Neide, adorei esta tua homenagem a alguém que, sem o saber, foi tão importante na tua vida! Todos nós os temos, só que por vezes nem reparamos...e quando reparamos, já é tarde e eles não se encontram entre nós. Que bom, que ainda foste a tempo de lhe dizer OBRIGADA. Bjs. Bombom

Anônimo disse...

Neide querida,
que relato lindo de gratidão ao Dr.Paulo. Mestres como ele fazem a diferença e ajudam a formar pessoas incríveis e perseverantes como você, com quem aprendo tanto.

Espero que o joelho esteja melhor para você ir para o Terra Madre.

beijo carinhoso, Sofia Carvalhosa