Eu sei. Deveria ter testado a receita de mocofava do Mocotó, mas tive que adaptar aos pedaços de colágeno que me sobraram da geléia de mocotó. Então fiz minha versão, que não ouso chamá-la de mocofava mas que também não ficou nada mal – até o Marcos que odeia comidas colagenosas comeu e gostou.
Os três tipos, mais escuros, vieram todos no mesmo saco - para a foto, separei em três. Tinham pontos de cozimento diferentes e não recomendo. Ao comprar, veja se estão uniformes no tamanho e na idade - pele esticadinha, mais jovens; enrugada, velhas. Para esta receita usei a branquinha, fava-manteiga, do Piauí.
Favas com mocotó
1 xícara de fava-manteiga seca nacional (comprada no Mercado da Lapa)
1 pedaço de lingüiça calabresa (100 g)
2 folhas de louro
50 g de bacon cortado em pedaços
1 colher (sopa) de gordura de mocotó (ou azeite ou óleo de urucum)
2 dentes de alho socado
1 cebola picada
1 colher (chá) de colorau (opcional)
1 pimenta dedo-de-moça sem sementes, picada
1 tomate picado
¼ de pimentão verde picado
1 xícara ou mais de mocotó já cozido e picado (o que usei para a geléia, 1,5 kg, rendeu 300 g)
Sal a gosto
Salsa ou coentro a gosto
Lave bem e deixe de molho a fava de um dia para outro – ou cerca de 8 horas. Escorra, coloque numa panela e cubra com 2 litros de água. Junte o louco, o bacon picado e a lingüiça inteira. Leve ao fogo algo. Quando ferver, abaixe o fogo, tampe e deixe cozinhar por cerca de 1 hora ou até a lingüiça estar macia. Retire a lingüiça e reserve. Mantenha a fava cozinhando até ficar macia (cerca de mais uma hora). Se quiser apressar, use panela de pressão. Mas neste caso, cuidado para a lingüiça não se desfazer. À parte, refogue na gordura (ou azeite ou óleo de urucum) o alho. Junte o urucum, se for usar. Acrescente a cebola, a pimenta, o tomate, o pimentão, a lingüiça já cozida e fatiada em rodelas, o mocotó picado e sal a gosto. Deixe cozinhar por mais 10 minutos ou até que o pimentão esteja macio. Prove o sal e corrija, se necessário. Já fora do fogo, espalhe por cima um pouco de salsinha picada (ou coentro) e sirva em cumbuquinhas, sem as folhas de louro.
Rende: de 4 a 6 porções
Nota: vários tipos de fava nacional podem ser encontrados em Casas do Norte ou em mercados populares. Faça com qualquer uma desde que seja do tipo miúdo. Procure não misturar variedades porque podem ter tempos de cozimento diferentes. Usei a fava-manteiga, branca.
Se usar óleo de urucum, não use colorau.
2 folhas de louro
50 g de bacon cortado em pedaços
1 colher (sopa) de gordura de mocotó (ou azeite ou óleo de urucum)
2 dentes de alho socado
1 cebola picada
1 colher (chá) de colorau (opcional)
1 pimenta dedo-de-moça sem sementes, picada
1 tomate picado
¼ de pimentão verde picado
1 xícara ou mais de mocotó já cozido e picado (o que usei para a geléia, 1,5 kg, rendeu 300 g)
Sal a gosto
Salsa ou coentro a gosto
Lave bem e deixe de molho a fava de um dia para outro – ou cerca de 8 horas. Escorra, coloque numa panela e cubra com 2 litros de água. Junte o louco, o bacon picado e a lingüiça inteira. Leve ao fogo algo. Quando ferver, abaixe o fogo, tampe e deixe cozinhar por cerca de 1 hora ou até a lingüiça estar macia. Retire a lingüiça e reserve. Mantenha a fava cozinhando até ficar macia (cerca de mais uma hora). Se quiser apressar, use panela de pressão. Mas neste caso, cuidado para a lingüiça não se desfazer. À parte, refogue na gordura (ou azeite ou óleo de urucum) o alho. Junte o urucum, se for usar. Acrescente a cebola, a pimenta, o tomate, o pimentão, a lingüiça já cozida e fatiada em rodelas, o mocotó picado e sal a gosto. Deixe cozinhar por mais 10 minutos ou até que o pimentão esteja macio. Prove o sal e corrija, se necessário. Já fora do fogo, espalhe por cima um pouco de salsinha picada (ou coentro) e sirva em cumbuquinhas, sem as folhas de louro.
Rende: de 4 a 6 porções
Nota: vários tipos de fava nacional podem ser encontrados em Casas do Norte ou em mercados populares. Faça com qualquer uma desde que seja do tipo miúdo. Procure não misturar variedades porque podem ter tempos de cozimento diferentes. Usei a fava-manteiga, branca.
Se usar óleo de urucum, não use colorau.
8 comentários:
hum , já estou com âgua na boca,
Bjs Rose
Oi Neide,
foi muito bom o encontro Slow de ontem! E parabéns pelo blog, obrigado pela aula sobre mocotó,
bjs
paulo.
esta comidinha tem a cara do inverno,por aqui nunca vi estes feijões(pdem ser chamados de feijões?)beijo!
Neide, hoje ache favas mas ainda na vagem.
Estou procurando uma forma de fazer que não seja com mocotó (nada contra ele, muito pelo contrário, amo!) mas queria achar uma solução diferente.
Até porque nem dá mais pra fazer... vai virar "cola"!!!!!
Neide,
Ganhei um bolo de tapioca de uma aluna do Maranhão que me levou à fazer uma pesquisa sobre mandioca no COME-SE.
Lá no meu blog direciono as pessoas ao seu post Mais Paladar Brasileiro e Radiografia da Mandioca. A mandioca é o pão do Brasil, mas causa tanta confusão, não? Que bom que você me deu uma luz...
Abraços,
Bergamo
Uma pergunta...
Encontrei dois tipos de favas "frescas", isto é, dentro de suas vagens.
Uma toalmente verde, linda. Outra rajada de um vermelho diferente.
Debulhei ambas e cozinhei, separadamente. A rajada, perdeu a lindeza da mistura com o branco e ficou um branco meio "sujo".
A verde, apesar de ter mantido a cor original, apenas perdendo o brilho, mostrou que a película externa permaneceu dura, o que de uma certa forma inviabilizou minha idéia de fazer uma saladinha misturando ambas.
A pergunta: é assim mesmo? Ou eu errei em alguma coisa? Como posso chegar ao resultado esperado?
Carlinhos,
a fava que eu usei é seca, do tipo nacional - se não me engano, nem são favas verdadeiras, mas feijões grandes e achatados. Assim como estas rajadas que comprou - apesar de perderem o desenho, elas poderiam ser usadas em pratos como este do mocotó ou cozidas como feijão. Já a outra verde, uma fava verdadeira, precisa ter a pela dura retirada depois de aferventada. Um abraço,
N
Oi, Bergamo! Obrigada pela citação. Adorei seu post.
Um abraço,
N
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