quinta-feira, 25 de março de 2010

Taperebá da Ilha do Marajó virou sorvete


Estes comprei por aqui, mas provavelmente colhidos verdes, muito mais ingênuos que aqueles do Marajó, potentes como búfalos


A polpa que Jerônima me trouxe - tirada por ela com frutas do quintal
Jerônima, minha amiga da Pousada e Fazenda São Jerônimo, no Marajó (veja eu morrendo de medo do búfalo mansinho da fazenda dela), levou pra mim no Terra Madre alguns presentes de comer, entre eles farinha seca de mandioca amarela, dois bacuris, queijo de leite de búfala, folhas de cipó d´alho e polpa de cupuaçu (ou foi de bacuri?, esqueci, preciso ver) e de taperebá. Esta última já chegou em São Paulo descongelada e a providência imediata foi metê-la na sorveteira.
A fruta: como todas as frutas daquelas terras nortistas, o taperebá tem aroma intenso. Pertence à família das Anacardiáceas três espécies do gênero Spondia, todos conhecidos também como cajá - o cajamanga, o taperebá ou cajá-mirim e a ciriguela. O umbu também é parente do mesmo gênero.
O taperebá é uma árvore grande que pode chegar a mais de 20 metros, nativa na região Amazônica e na Mata Atlântica, do Ceará ao Rio de Janeiro. Em pomares domésticos pode ser encontrado em várias regiões. Os frutos alongados e amarelos começam a ser colhidos a partir de outubro. O caroço é revestido de fibras espinhosas entranhadas pela polpa, que fica menos ácida e mais doce à medida que se aproxima do centro.
Por aqui os frutos são usados basicamente para sucos e sorvetes, mas podem ter muitos usos como em chutneys, geléias ou, quando verdes, até como legume. As folhas aromáticas também podem ser consumidas jovens, como verdura.


Como pode ver, mal esperei o tempo de freezer para firmar, nhac molinho mesmo
Sorvete de taperebá
Bata no liquidificador 2 xícaras de polpa de taberebá com 1 xícara de creme de leite pasteurizado e 6 colheres (sopa) de açúcar. Coloque na sorveteira e deixe por cerca de 30 minutos ou até ficar cremosa e densa. Leve ao freezer para firmar, por 1 ou 2 horas. Ou coloque em forminhas de picolé ou de geleo e leve ao freezer ou congelador até endurecer.
Rende: cerca de 800 g

Mais sobre a Ilha do Marajó, aqui
Turu da Fazenda São Jerônimo

Despescando o curral na Fazenda São Jerônimo

4 comentários:

Gina disse...

Quando vi essa fruta, logo lembrei-me da siriguela e do cajá...
Quanta coisa boa há em nossa terrinha!
Bjs.

Sandra Barradas disse...

gostei tanto do aspecto deste gelado... mas não vai ser possivel fazer por estas bandas...
Mas vou ficar atenta ao Blog

sandra

Andréa Potsch disse...

Voltei a pouco de Belém e adorei o sorvete de taperebá!! Já estou com saudades das frutas maravilhosas que encontrei...
Estou colocando algumas fotos da viagem em meu blog, terei muito prazer em receber sua visita.

www.aromasesabores.com

bjs!

Anônimo disse...

Eu sou paraense, mas moro em Niterói, quando vou ao Pará eu me delicio com as frutas do meu Pará, amo todas as frutas e sorvetes do meu estado!!