Hoje, no caderno Paladar, entre várias reportagens legais, como a do Chef José Baratino encantado com as gavinhas de chuchu, a glamourização dos novos açougueiros ou do Luiz Horta gluptando sobre Riojas, há uma entrevista da Janaína com o presidente do Slow Food Internacional, Carlo Petrini - que verei amanhã na abertura do Terra Madre, em Brasília - link aí ao lado.
Quem não conseguir ler a reportagem no jornal, e quem conseguir também, ainda tem a chance de ver o homem ao vivo na Livraria Cultura, no dia 24, às 18h30 (já vou avisando, vai lotar - melhor chegar cedo - convite aí em cima). Depois ainda teremos um encontro com ele, no restaurante Júlia, mas aí é só pra associados do Slow Food São Paulo. E se ainda quer saber mais sobre Carlo Petrini, que não crê em Deus mas no homem, veja aqui uma conversa com Margarida Nogueira (foi ela quem trouxe o Slow Food para o Brasil): http://come-se.blogspot.com/2008/01/carlo-petrini-presidente-do-slow-food.html
Aqui vai um trecho interessante da fala: "Não devemos ser consumidores, devemos nos tornar co-produtores: ser co-produtor é pagar bem pela mandioca, respeitar quem trabalha na terra, dar mais valor ao alimento que às roupas, pois quando eu como mandioca, um segundo depois ela se torna Carlo Petrini. Já as cuecas do Armani... As cuecas Armani estão sempre... fora do Carlo Petrini....É hora de darmos mais valor à mandioca que às cuecas Armani!! É hora de darmos mais valor ao alimento que aos automóveis. A alimentação é importante! Pensem, o ato de comer é importante...Eu não creio em Deus, sou agnóstico. Mas, se acreditasse em Deus seria porque ele deu prazer às duas funções fisiológicas mais importantes da vida: comer e fazer amor. Se se pára de comer ou se pára de fazer amor, é o fim! Para comer e fazer amor, eu te dou prazer, Deus deve ter dito!!!" Carlo Petrini, em discurso no Convivium do Slow Food Rio de Janeiro, 2008
Não consegui link da entrevista no site do Paladar, mas corra às bancas.
Outra entrevista aqui: http://www.slowfoodbrasil.com/index.php?option=com_content&task=view&id=336&Itemid=95
2 comentários:
Neide,adorei a comparação da mandioca com a cueca Armani,raciocínio tão simples e tão verdadeiro.Ainda bem que a gente já acordou faz tempo para o que realmente tem valor nesta vida.Beijo!
De cuecas e mandiocas - Um tratado do Sr. Petrini.
Fui rever os outros posts em que vc o citou. Tô ficando fã, viu ?
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