sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Continuando o post de ontem ou Bom Prato a R$ 1,00

Veja o post de ontem aqui.

Seu Luiz Chagas e Dona Ivone: só elogios à comida boa e barata.

“A história da humanidade tem sido, desde o princípio, a história de sua luta pela obtenção do pão-nosso-de-cada-dia”. Josué de Castro em "Geopolítica da Fome"
A pobreza nunca me assustou. Cresci nela e vivi minha infância rindo à toa. O que me desconcerta é a miséria e a dor da fome, que nunca senti. Por estar hoje do lado de cá do rio e, quem mora em São Paulo sabe o que isto quer dizer, quis apenas saber o que leva alguém a enfrentar fila por um prato de comida de R$ 1,00; quem é esta pessoa; que sentimentos isto desperta nela e; claro; que comida é esta.

Faça sol ou faça chuva, a fila é sempre assim.
Os restaurantes Bom Prato são admnistrados por entidades assistenciais sem fins lucrativos e subsidiados pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Agricultura. A idéia é vender comida a qualquer pessoa disposta a pagar R$ 1,00 por ela. É lógico que quem não precisa, prefere pagar mais por conforto e distração. Mas, para quem vive de pensão ou salários minguados ou para quem vive na rua, esta opção faz uma grande diferença. Ainda assim, não vi nenhum mendigo. Gente pobre, só isto.

eu lá

E lá fui eu, no dia mundial da alimentação, à Lapa enfrentar o desafio. Cheguei no horário de pico, meio dia e meia, com uma fila de gente de quase meio quarteirão. Homem motoboy segurando o capacete, mulher de cabelos brancos com sombrinha pra proteger do sol forte, trabalhadores com o uniforme da firma falando do seqüestro das meninas, gente em almoço de família e intervalo do passeio. Gente sozinha, sobretudo gente sozinha.
O operário me disse que vende por R$ 130,00 seus vales-refeições do mês, que somam R$ 150,00, para inteirar o salário que não dura os trinta dias. Compensa, já que ali gasta só R$ 20,00 e a comida é mais completa e equilibrada que aquela que conseguiria comer em restaurantes populares por R$ 7,50. E ainda tem refresco e fruta de sobremesa.
Tem gente que, para não arriscar perder viagem, já fica na fila desde as 9 da matina até 10h45, quando o restaurante abre. Para muitos, é o principal ou o único prato do dia. Alguns solitários vêm de longe, Pirituba, Jaguaré, Brasilândia, porque não se motivam a cozinhar e comer sozinhos. Uma parte grande dos que estavam ali é de gente viúva e aposentada – já que não paga condução e não tem atividades (periferia tem atividades para aposentados além do bar?), pode gastar meia hora de ônibus para vir, de meia a uma hora na fila, mais meia para comer e outros trinta minutos para voltar para casa e fazer a digestão até o almoço do dia seguinte, com cardápio surpresa. E assim os dias de solidão passam mais rápidos e mais cheios. Com direito a uma alegriazinha.
Um lavatório na porta do restaurante incentiva quase todo mundo a lavar as mãos, mesmo sem papel para secar. O serviço é rápido, não dá para firulas do tipo feijão-por-cima, mas tive tempo para dizer: não, não, é muito, menos arroz, por favor. Um homem de máscara cirúrgica botava as carnes e outro com o mesmo paramento, o feijão com o caldo meio ralo da feijoada. A bandeja, prato e talheres chegaram limpos e ainda aquecidos, esterilizados em máquinas de jatos quentes como nos restaurantes de faculdade pública. O arroz não era soltinho; a couve era crua e não refogada como é costume; a farofa nem era muito crocante, mas tinha linguiça, carne seca e um pedaço de costelinha. Nada era assim tão bom de emocionar, mas também não era ruim de jeito nenhum.
O que impressiona é que ninguém fala mal da comida. Na USP, quando a comida parecia estranha, tinha sempre um revoltatinho que jogava a bandeja no chão e ia embora. No Bom Prato, todos parecem comer com um misto de submissão e agradecimento, mas também de alegria e dignidade por terem como pagar por aquela comida limpa e boa.
Quase não há desperdício. Cada um joga fora seus raros restos e devolve o prato de louça branca. Tudo devagar, sem tumultos. Uma moça não comeu o pão e veio à nossa mesa, antes de devolver o prato, ver se alguém o queria. Uma pessoa aceitou e o pão mudou de mãos.
Sentei-me numa mesa de plástico com mais cinco pessoas. Seu Luiz Chagas, brincalhão, aposentado, ex-detetive da Polícia, viúvo, de Pirituba, cheio de malícia e segundas intenções, convidou para almoçar a ex-cunhada Cleide, do Jaguaré, que, feliz sem marido, só quer mesmo sua amizade. Ela, ali pela primeira vez, estava adorando a feijoada. E a maior felicidade dele é chegar sem saber o que vai comer e ainda encontrar os amigos de fila.
Dona Ivone, separada, veio com a irmã Teresa, viúva, do bairro do Jaguaré. Tímidas, de falar baixinho, diziam “num instantinho a gente está aqui. A comida é muito boazinha, não faz mal pro estômago da gente, é limpinha”. Do solitário Antônio só sei que é do Rio Grande do Norte. Este parecia triste.
Quando tirei a bandeja de plástico azul e enfiei por baixo do prato um jogo americano pra ficar mais bonita a comida na foto, todos me ajudaram com palpites na produção. Depois, Seu Luiz quis foto com chapéu – a mesa toda reprovou, por ser falta de educação. Ele deu risada e fez pose. Dona Ivone quis saber de mim, baixinho: "limão serve pra quê?" A Cleide emenda: "ouvi falar que chá da casca de laranja faz emagrecer. É verdade?" E o Luiz brincalhão: "sabe o que é bom pra emagrecer? Cabo!! Cabo de foice, cabo de enxada... É trabalho que emagrece!".

A doce estagiária de nutrição formada em cinema, Livia Michelazzo, da USP. E eu. Foto que uma voluntária fez questão de tirar.
O papo estava bom, mas vamos lá trabalhar, minha gente. Tchau, tchau, Seu Luiz deu endereço pra eu mandar a foto. Na hora de devolver o prato, perguntei pela nutricionista, minha colega de profissão, que estava de saída, mas tinha a estagiária. Ainda de touquinha no cabelo, jaleco da USP e cara de menina, estava pegando a mesma comida que todo mundo, já que era hora de fechar. Perguntei se podia acompanhá-la em seu almoço e comecei pelo gancho de que estudei na mesma escola.
A nutricionista, chef dela, estava indo apressada, mas pela Lívia fiquei sabendo tudo: como funciona a cozinha, como é o repasse de verbas da Secretaria de Agricultura e como rebolam para montar um cardápio enxuto e nutritivo – veja lá embaixo como funcionam estes restaurantes, e manter tudo funcionando em ordem, já que a fiscalização da Secretaria é rigorosa.
No estágio obrigatório há apenas 15 dias, Lívia disse que já aprendeu muito. Por exemplo, que não abrem mão de ingredientes baratos, porém, de boa qualidade. Nada de carne moída de segunda nem carnes com retalhos de gordura. Verduras vêm frescas de um fornecedor do Mercado da Lapa. O que mais ouvi na fila e na mesa: a comida é leve, não dá aquela sensação de peso no estômago, nem moleza. Também senti isto. Lembro das comidas pesadas do bandejão da faculdade, que todo mundo dizia ter salitre (é claro que isto é um mito, mas a comida era mais gordurosa).
Por que a feijoada na quinta se, a gente sabe, em todo lugar é sempre às quartas e aos sábados? É que se tivesse dia certo, segundo Lívia, seria a certeza de aborrecimentos, filas intermináveis, gente além da conta, bloqueando calçadas, entrada de bancos e lojas, enfim um tumulto. Porque, de longe, a feijoada continua sendo o prato preferido. Então, ela aparece de surpresa (o cardápio só é fixado na porta momentos antes de abrir).

Sei que provavelmente ninguém que me lê precisa comer nestes restaurantes, mas saiba que a comida é honesta, limpa, bem feita e equilibrada, e ninguém pede atestado de pobreza na porta. Se tiver alguém a quem indicar, lá embaixo estão os endereços das unidades da cidade de São Paulo.
E, para ver a relação completa que inclui grande São Paulo e cidades do interior, consulte o site:. http://www.codeagro.sp.gov.br
O projeto – aqui o texto de apresentação que aparece no
site:
Criado pelo Governo do Estado de São Paulo, e desenvolvido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, este projeto de cunho social, visa oferecer segurança alimentar a população de baixa renda, fornecendo em sua rede de restaurantes populares, refeições balanceadas com qualidade, através de um cardápio variado ."As refeições totalizam 1600 calorias e são compostas de arroz, feijão, carne, farinha de mandioca, salada, legumes, suco, frutas e pão. O custo de cada refeição é R$ 3,25. O Governo do Estado subsidia R$ 2,25, conforme Resolução SAA 22, de 01.08.2005, fazendo com que o usuário tenha uma refeição completa pagando apenas R$1,00. Menores de seis anos de idade não pagam e o Estado assume o custo integral da refeição". São 30 unidades em funcionamento, fornecendo até 42.320 refeições subsidiadas por dia.
Para a instalação do Restaurante BOM PRATO, é firmado um
convênio entre o Governo do Estado de São Paulo e entidades comunitárias e assistenciais da sociedade civil, sem fins lucrativos, que já atuem junto à população na área da futura unidade.
As refeições são constantemente monitoradas por nutricionistas da própria Secretaria de Agricultura e Abastecimento e periodicamente são enviadas amostras para análise no
Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL). Devido ao elevado padrão de qualidade exigido pelo Projeto, todas as unidades do BOM PRATO obrigatoriamente contam com uma nutricionista fixa.
Além do fornecimento das refeições, vale lembrar que cada unidade gera de 15 a 20 empregos diretos, entre: profissionais administrativos, gerentes, nutricionistas, cozinheiros, auxiliares de cozinha e limpeza, todos vinculados à entidade gestora, contribuindo para política pública de geração de renda, emprego e capacitação profissional.
O prato base (arroz, feijão, farinha de mandioca e pão) é servido todos os dias, já as guarnições (salada, carne, legumes, fruta e o suco) são variadas diariamente, mediante aprovação da equipe de nutricionistas que avaliará critérios calóricos, combinação de alimentos, densidade, coloração e apresentação do prato.
Texto original do site http://www.codeagro.sp.gov.br/

Endereços na cidade de São Paulo
R.25 de Março, 166 - Centro
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feira das 10h30 até o término das 1.800 refeições
Rua Dr. Almeida Lima, 900 - Mooca
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à Sábado das 12h até o término das 1.000 refeições
Largo Coração de Jesus, 28 - Campos Elisíos
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feira das 10h30 até o término das 1.800 refeições
Av. Comendador Sant´Anna, 240 - Capão Redondo
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feira das 10h45 até o término das 1.200 refeições
R. Otelo Augusto Ribeiro, 343 - Guaianases
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feiradas 11h até o término das 1.200 refeições
Av. Marechal Tito, 4.719- Itaim Paulista
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feiradas 11h até o término das 1.600 refeições
Rua Victorio Santim, 247 - Itaquera
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feiradas 11h até o término das 1.200 refeições
Av. Engenheiro George Corbisier, 1.351 - Jabaquara
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feiradas 10h45 até o término das 1.200 refeições
Av. Dep. Cantídio Sampaio, 140 - Vila Nova Cachoeirinha
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feiradas 11h até o término das 1.500 refeições
Avenida Nova Cantareira, 2.099 - Tucuruvi
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feiradas 10h45 até o término das 1.200 refeições
R. José Otoni, 256 - São Miguel Paulista
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feiradas 11h até o término das 1.500 refeições
Av. Mateo Bei , 2,604 - São Mateus
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feiradas 11h até o término das 1.600 refeições
R. Mario Lopes Leão, 685 - Santo Amaro
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feiradas 10h30 até o término das 2.040 refeições
R. Dr. Zuquim, 532 - Santana
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feiradas 10h40 até o término das 1.320 refeições
R. Galvão Bueno, 747 - Liberdade
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feiradas 10h30 até o término das 1.800 refeições
Estrada M´Boi Mirim, 4.561 - Jardim Ângela
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feiradas 10h45 até o término das 1.200 refeições
Rua Afonso Sardinha, 245 - Lapa - foi neste que fui
Horário de Funcionamento:de 2ª feira à 6ª feiradas 10h30 até o término das 1.500 refeições

48 comentários:

Fer Guimaraes Rosa disse...

Ai, Neide, chorei umas lagrimotas emocionadas enquanto lia o seu texto. Que projeto bacana--nao so fazendo caridade, mas frisando pela qualidade. Voce fez uma linda reportagem...

um beijo,

Lílian disse...

Que fantástica a sua experiência! Adorei! Também achava a comida da USP gordurosa... hehe
Abraços

Viviane Peçanha disse...

Achei legal a sua experiencia e confesso que fiquei com vontade de verificar oq ocorre num restaurante popular sememlhante aqui na minha cidade!
Bjs.

Anônimo disse...

Neide, é por estas e por outras que nós aqui gostamos tanto de vocês, pessoas de bom coração e sem frescura nas atitudes,não foi por um acaso que nos encontramos,gostamos de viver deste jeito simples sem nenhuma afetação,no final de tudo,é isto que importa,obrigada por serem nossos amigos!beijo!

Lili disse...

Neide,
A verdade nua e crua: você é porreta mulher!
Mil beijos!

Bergamo disse...

Parabéns pelo texto.
Claro, correto, verdadeiro.
Abraços,
Bergamo

Anônimo disse...

Neide, é o que mais admiro - não, é um dos aspectos que mais admiro - tm vários outros - esta simplicidade de poder se sentar num restaurante popular. ah, na fauldade, comi uma única vez! o feijão pesou tanto que passei a levar minha marmitinha direto. Devo dizer a meu favor que nunca fui de comer salgadinhos na cantina da escola, portanto levava alguma coisa, um ovo cozido, bananas etc. resido na periferia muito pobre de bh e sou grata a meus pais que nos ensinaram a conviver com naturalidade com quem é pobre. o melhor restaurante da região é ótimo, provei uam costelinha deliciosa. noto que nestes restaurantes os garçons servem melhor do que nos de bairro classe média alta.

Anônimo disse...

Muito bonito o teu relato.

Deixa-me bastante emocionado, pois quando morei em Campos Elíseos, no centro de São Paulo, eu tomava o ônibus para o trabalho ali no Largo Coração de Jesus, onde a Igreja mantém um Bom Prato.

Todo dia por volta das 9h eu esperava a condução no mesmo espaço onde o pessoal começava a se concentrar para comer o bandejão.

Na época - há uns 6 anos - não tinha essa história de cardápio-surpresa.
E realmente dava pra notar que a feijoada da tradicional quarta-feira era a mais concorrida, pois logo cedo o movimento era muuuito mais intenso do que nos outros dias.

Algumas vezes eu chegava a interar o 1 real do rango pra alguém que pedia. Mas comer que é bom, comi só 3 vezes, nas minhas raras folgas de dias 'úteis'.

Numa das vezes que fui comi essa mesma feijoada que você provou, com a couve crua, o arroz mais soltinho que o que você descreveu e uma laranja. E gostei.

clau disse...

Poxa Neide...comovente este seu relato.
Este lugar é assim pertinho da casa que eu matenho em SP, bem no fim ali da rua Albion. E qdo passo dias em SP, sempre observo esta fila de gente esperando para comer e até fiquei curiosa com a coisa.
E vc falou da espécie de reverencia que esta gente simples assume qdo vai ali. E isto faz um neto contraste com aquilo que eu via no restaurante ali perto da reitoria da cidade universitaria...!
Vc nao imagina o qto me revoltavam aqueles protestos absurdos de quem, ja sendo um previlegiado, pisava em cima da bandeja de quem comia sossegado, para protestar.
Protestar o que?!!
Mais barato que aquilo so comendo a marmita fria trazida de casa.
Uma coisa que nao dava para entender, juro...
Bjs!

Ana Canuto disse...

Pois é como disse a Fer, seu post foi de chorar.
E você tão bem lembrou Josué de Castro este ilustre pernambucano que veio do mangue, virou médico e partiu parao exílio forçado, estamos cada vez mais divididos pelos grupos dos que não comem, e o grupo dos que não dormem pelo receio da revolta dos que não comem...
Aí lembro Vinícius, Chico e Garoto: "...é gente humilde, que vontade de chorar !!"

Anônimo disse...

Neide,

minha mãe já experimentou e falou que é muito bom.
Tudo simples mas feito com carinho.

Adoro esses projetos e dou parabéns a todos que trabalham no Bom Prato.

Bjs

Paula Ruas disse...

Nunca fui nos daqui de São Paulo, mas fui em um durante uma viagem a Curitiba. Realmente a comida é boa e é tudo muito arrumado e limpinho. Vale a pena, caso você se disponha e tenha tempo pra enfrentar a fila.

BETO disse...

Neide, o que vou falar é chover no molhado. O seu relato me levou às lágrimas de fato. Não sei dizer ao certo de que forma ele me tocou, mas quando tiver uma resposta volto a postar. Maravilhosa experiência. Bjs.

Anônimo disse...

Querida Neide (permita-me o substantivo carinhoso) que belo post!
Acredite em mim. Os meus olhos brilham mais do que o habitual devido à emoção e há um leve nó na minha garganta...
Obrigada por ser e gostar de gente.
Um grande beijo fraternal
Dri a portuguesa da Madeira

Vivian disse...

Neide, arrasou!! que bela matéria vc produziu sobre os famosos restaurantes populares !! Todas as cidades do Brasil deviam ter pelo menos 1 restaurante desses. E sobre os restaurantes universitários, eu já tentei comer no da UFPR, quando estudei lá, mas a comida não era boa.
bj

Nina disse...

Amei este post.

Principalmente pelas pessoas. Que no fim, são tudo o que importa.

beijo!

http://meninadecachos.blogspot.com

Anônimo disse...

Parabéns pelo post.

Esse projeto é muito legal, eu também ja havia ouvido falar bem da comida através do meu irmão que mora (sozinho) e trabalha na Liberdade e quase sempre almoça lá justamente por não cozinhar e querer se alimentar bem.

Que nossos governantes continuem pensando na qualidade da alimentação de nossos irmãos e que isso ajude sempre ao bolso de cada um.

Anônimo disse...

Querida Neide (já querida!), a reportagem ficou linda de fato!
Esperamos uma nova visita! Ah, e quem sabe você não dá a sorte da feijoada de novo? =)

Um beijo grande!

Anônimo disse...

Emocionante! Neide, você é demais.

(lembro que no "bandeijão" as veces, a comida não era de meu agrado, mas nunca vi ninguem jogar a bandeija no chão...)

Abraços!

Rubén Duarte

Elton disse...

Que belíssima reportagem Neide! Parabéns! Anotei os endereços.
Abraço

Elena sem H disse...

Oi Neide

Eu ia dizer mais ou menos o que a Fer disse. Mas, já que está dito, deixo apenas meu muito obrigada.

Elens sem H

Iliane disse...

Neide..que maximo isso que você fez...que reportagem maravilhosa!!!parabens querida..por ter ido..experimentado..e..graças a Deus..por saber que mesmo popr 1,00 real se come dignamente..parabens mesmo..bjus..chorei lendo a reportagem.tô num perio super emoçaõ..e..chorei até...

mon cahier disse...

Meu Deus... eu estou com um nô na garganta e lágrimas nos olhos. Linda, linda sua experiência. Sabe sempre que vejo pessoas bem simples comendo com prazer, com a satisfação estampada no rosto eu sinto essa vontade de chorar. Não me pergunte o por quê, pois eu não sei explicar.Apenas sinto. Amei seu texto, tá lindo.Bjs e parabéns
Hildeny Medeiros

Anônimo disse...

Meu pai se enquadra naquele grupo de aposentado. Ele vai ao Bom Prato todo dia (Santo André). Diz que a comida é boa e sempre encontra amigos para conversar. Já insistiu para eu ir conhecer, mas ainda não tive oportunidade. Agora com essa matéria me senti mais "encorajada". rsrsrsrs. Bjs Nilsa

Guidinha Pinto disse...

São estes projectos que fazem a diferença. Por cá, nas grandes cidades, existem também gentes organizadas que proporcionam, pelo menos, uma refeição decente por dia, a quem nada tem. No entanto foi a estória da sua experiência, tão bem contada, que me levou a dizer que fiquei com uma lágrima no canto do olho. O mundo precisa de mais, muito mais. Aí, aqui, lá para as Áfricas...
Obrigada por partilhar.
Abraço cordial.

Heloá disse...

Mulher! Como você escreve bem!
Conseguiu emocionar falando de um assunto tão singelo.
Gostei muito deste artigo, eu que vim apenas procurar os endereços do Bom Prato na capital (já que no site não consegui essa informação).

O artigo está como a comida: leve, e não pesa nem na consciência. Tenro e gostoso de ler.

Até a próxima!
Heloá

Anônimo disse...

"A vida é uma esquina!" já dizia uma grande Nutri e amiga do HU...
Depois de muitos anos te encontrei, fazendo pesquisa pra um trabalho de estágio obrigatório da USP! e me emocionei duplamente: por suas palavras sobre o Bom Prato (onde sou estagiária agora) e por saber que você continua essa pessoa especial e sensível que aprendi a admirar ainda no curso técnico do Senac.
A Lívia assumiu o lugar da Nutri que saiu de licença maternidade, agora ela é minha chefe (além de veterana!).
Um grande beijo e tudo de bom.
Nos vemos pelas esquinas!
Valéria Roma
valeria_nutri@yahoo.com.br

Anônimo disse...

estamos fazendo um projeto sobre o BOM PRATO pelo SENAC... ajudaria demais s evc pudesse nos oferecer algum cardapio de la... mah_cs@hotmail.com
muito obrigada e otimo site adoramos.... =) PARABENS.

nani disse...

Neide,adorei seu trabalho, sou aluna do SENAC de Sao Jose dos Campos e estou fazendo um projeto sobre o Bom Prato e seu blog esta me ajudando muito! gostaria q vc me enviasse uma copia do cardapio de uma semana deles isso se tiver! aguardo resposta Obrigada! (meunome_cpv@hotmail.com) este é o meu email deste jeito =)

Anônimo disse...

Neide, vou ao Bom Prato da rua Galvão Bueno todas as segundas e quartas-feira. Saio de casa de onibus (pago a passagem). Chegando lá a fila dos idosos é bem rápida uns dez minutos. Posso pagar mais em outro lugar, mas a higiene e comida balanceada é o principal, porisso não faço uso de nenhum remedio. Um dia comentei na fila que aqui é muito bom, mas outra pessoa ao lado "não gostou" e disse que fazer propaganda faz que que venha muita gente e a fila fica grande e atrapalha. Achei graça e sempre vou elogiar o que é bom. Abraços. Sinesio

Anônimo disse...

ola neide,meu nome e funcionario,pois faco parte do quadro de funcionarios do restalrante de santo andre,aquele na av general glicerio.passei boa parte dos meus dias cuidando da manutençao e organizaçao de filas.acompanhei tambem o quanto o ambiente e limpo e higienico. mas por tras de tanto carinho com pessoas simples e nao tao simples,ê o sofrimento dos que proporcionam toda a parte funcional destes ambientes,com remuneraçao muito baixas,pouquissimo reconhecimento pelos que o administram e fequentam.banheiros usados por cerca de 1600 pessoas ,pessoas mal humoradas,doentes,sujas,fetidas,mal agradecidas ,e oque e o pior pois a disputa no mercado de trabalho e muito grande e temos que nos sujeitar a trabalhar nestas condicoes.
As pessoas que la frequentam,acreditam que a entidade e toda do governo e que podem fazer e desfazer do ambiente.
Mais nao e bem assim.o local e pra todos,todos que tiverem apenas 1 real nao precisa ter mais nada como"educaÇao,higiene,comunitarismo,reconhecimento e gentileza.
Eu sempre abracei grande maioria dos clientes do restalrante pois todos passavam por mim e me comprimentavam todos os dias.
Mais me cansei de tantas humilhacoes,nao so dos clientes ,mais principalmente dos administradores.
BOA COMIDA BOA COSTURA,mais so vemos no palco,pois nos bastidores a coisa e muito diferente.
Um grande abraço e me escreva.

Anônimo disse...

vagaozn@gmail.com

Unknown disse...

OI , EU SOU DA ETEC DE CARAPICUIBA E ESTAMOS FAZENDO UM PROJETO PARA IMPLANTAR O BOM PRATO AQUI, MAIS GOSTARIA DE SABER SE VOCE TEM UMA RELAÇAO DE TODOS OS FUNCIONARIO QUE PRECISA ,NESSE AMBIENTE E QUANTO SERIA O VALOR DE REMUNERÇAO , CASO NO TENHA ESSAS INFORMAÇOES COM VOCE, TERIA ALGUM NUMERO DE CONTATO COM A AREA RESPONSAVEL . GRATA...

E MAIL TECADMAM@GMAIL.COM

Unknown disse...

Não vejo nada demais em se pagar um real para comer no Bom Prato, visto que um cachorro quente que voce come no meio da rua sem qualquer higiene esta custando R$ 2,00 e uma simples doze de 51 com Limão chega a R$ 1,80 em qualquer boteco chinfrim.
O que o governo deveria fazer é abrir sempre mais novas unidades, pois no final todos saem ganhando.

Lúcio Arantes disse...

Legal seu texto, suas informações, seus comentários.... estou deficiente, em busca de trabalho, e já comi em um destes restaurantes, e embora simples, são dignos e o lavar as mãos antes, foi uma boa idéia..... parabéns por ter colocado os endereços das unidades, são de grande ajuda. Valeu.....

lucio arantes disse...

Legal seu texto, suas informações, seus comentários.... estou deficiente, em busca de trabalho, e já comi em um destes restaurantes, e embora simples, são dignos e o lavar as mãos antes, foi uma boa idéia..... parabéns por ter colocado os endereços das unidades, são de grande ajuda. Valeu.....

Anônimo disse...

Obrigado por existir bom prato.Eu gostaria muito que tivesse um bom prato perto do hospital das clinicas .Ajudaria muitas pessoas carentes ate as pessoas que vem de longe que nem tem dinheiro para gastar na redondeza do hospital obs:tudo caro ;Precisamos urgente,urgente,urgente de um bom prato perto do Hospital das Clinicas grata a todos.clarice P.P

carlos alberto disse...

Oi Neide Gostei de sua matéria! Aqui em santana, tem dia que eu chego 12:00 para almoçar não fico mais que 2 minutos na fila. Eu tinha uma opinião preconceituosa antes de conhecer o Bom Prato hoje além de comer bem ainda economizo pra caramba gastava em média 12 reais de almoço por dia hoje, hoje apenas 1 real e comendo muito bem!!!

Anônimo disse...

parabens neide por essa reportagem,.hoje eu como muitos estou desempregada e doente.eu fasso tratamento de esclerose sistemica no hc de sp. é realmente dificil comer na lanchonete ou em outro lugar das proximidades,primeiro é caro,e se eu me distanciar corro o risco de perder o retorno.eu tenho estado ate tres vezes na semana no hc.e o tempo que passo lá é com agúa e biscoito que eu fasso quetão de dividir com outras pessoas. é comum encontrar pessas que nem um biscoito nem um real tem para comprar .por isso é importante que nos ajude a reivindicar um bom prato para servir nas imediações de hospitais,estar doente e com fome, ningem merece hem?...bjs obrigada jeová em nome de jesus te de muita sabedoria para colocar em pratica suas ideias de ajudar o proximo .meu nome é gloria

Anônimo disse...

Fala sério né gente, nao faça parte da população na taxa de vulnerabilidade, mas to muito curiosa para saber se essa refeição é boa mesmo, muitas pessoas que comeram elogiam...

Mr. R disse...

PARABÉNS, bela matéria,entrei ak por acaso e me deparei com uma rica e digna matéria.
Estava fazendo um serviço em Sorocaba e meu companheiro, me convidou para ir ao Bom Prato; confesso q ñ senti alegria, ele insistiu, fui e aprovei, limpeza, qualidade, respeito e gente bonita, (sim; gente bonita) muitos estudantes, engravatados, famílias enfim; o q quase não tinha eram pessoas aparentemente desavantajadas financeiramente.
Deus vos abençoe e visite meu Blog dê umas dicas, pois o q vier de vc com certeza é bem vindo.
Inté e saiba q me tornei seu fã. rs.
Richard Gomes.

Anônimo disse...

parabens ao governo pela iniciativa esta muito bom mesmo este restaurante para os menos favorecidos.+ acho q nao faz nada de + so fez a brigacao de ajudar os que precisa mesmo + eu agradeco pela iniciativa PARABENS .Luiz Carlos

Eloisa Nascimento disse...

Hoje fui ao Bom Prato pela 1ª vez com minhas 3 filhas. Gente ... senti exatamente oque você escreveu nessa sua experiência! Parecia que estava lendo o que eu tinha escrito, pois foi exatamente oque observei e oque senti! Excelente trabalho esse seu! Você é ótima para escrever! Estava apouco lendo e revivendo minha experiencia. Minhas filhas gostaram muito! Ficaram a vontade e estão pedindo para voltar novamente amanhã! Ah!... detalhe ... hoje tinha feijoada! Oba!
Parabéns pela reportagem!

Neide Rigo disse...

Eloisa,
Que bom saber que suas filhas gostaram. Obrigada, um abraço, N

Anônimo disse...

Olá Neide,

Parabéns pelo texto.

Abs,

Nina

Anônimo disse...

LEGAL HJ VOU LA COM MEU PAI E MEU IRMAO TO ANCIOSA

Anônimo disse...

Super informativo e simpático seu texto. Desejo informar que o Bom Prato do Jabaquara, av. George Corbisier 1351, está fechado. Então é necessário tirar esse endereço da lista.
Obrigado

Unknown disse...

Eu me chamo Irene moro em SANTO AMARO a mais de Catorze anos. E como todo dia só não gosto da verdura pois não tem Tempero só isso mas dona Sônia A chefe geral e muito educada Estou trabalhando COmO