terça-feira, 31 de agosto de 2010

Takoyaki, Kidoairaku, forminha de takoyaki, passeio pela Galvão Bueno


Os takoyakis, no número 270 da rua Galvão Bueno

As chapas para takoyaki, na Galvão Bueno, 51
No post da aula da Mari Hirata eu disse que havia comprado minha forminha de takoyaki na rua dos Estudantes, mas me enganei. Estive na Liberdade neste fim de semana (coincidiu que tinha que ir comprar jacatupé e a Marisa Ono ia passear com a Dona Margareth, então combinamos de almoçar) e aproveitei para conferir o nome da loja onde tinha comprado a forminha. Descobri que foi na própria rua Galvão Bueno, a mais movimentada. Há vários modelos, é só escolher. Eu gosto da minha porque é fácil de limpar, tem cabo como frigideira, aquece por igual no fogão comum e faz pequenas quantidades. Anote aí, então: Loja Kioto - rua Galvão Bueno, 51.
A chapa elétrica que faz os bolinhos virarem sozinhos
Passei ainda no número 270 da Galvão Bueno para comprar tokayakis que não param de rolar. É que a chapa elétrica e tremelicante faz os bolinhos virarem sozinhos. Fica na entrada de uma galeria, com a porta aberta para a rua e funciona de domingo a domingo. Os da Mari eram bem melhores, mas estes também não ficam atrás. Como tinha acabado de almoçar no Kidoairaku, comprei para viagem e experimentei em casa.
O cardápio na parede, os camarões do teishoko e o pudim de café amargo com leite condensado
O almoço no Kidoairaku é assunto à parte. Conheci o estaurante em 2003, depois de uma aula sobre comida japonesa do Arnaldo Lorençato. Há alguns meses achei um mail que mandei em seguida para outro amigo, o Luiz Horta:
Quinta-feira, 20 de fevereiro de 2003 20:18. Email de Neide para Luiz Horta
... Fui à palestra do Arnaldo na quarta com minha amiga Geni (aquela japonesa que estava aqui no dia do acarajé). Obviamente saímos de lá com muita fome e decidimos comer na Liberdade. Diferente de todos aqueles chiquérrimos sobre os quais o Arnaldo tinha acabado de falar, procurávamos os mais simplezinhos e a Geni conhecia alguns. Quando estávamos procurando lugar para estacionar o carro, avistamos uma porta angulada que se abria para uma esquina pouco movimentada, meio escura. Era um predinho de dois andares, sem cor, acinzentado, sombrio. Mas a porta balcão com as duas folhas abertas mostrava um ambiente amareladamente iluminado, que de fora se mostrava aconchegante, contrastando com a aspereza do imóvel, e além disso saía de lá um vapores bastante aromáticos. Não precisamos nem confabular muito. Olhamos uma pra outra e dissemos em uníssono: Vamos! Só lá dentro trocamos impressões. Foi entrar e achar que estávamos mesmo no Japão. Ela, por já ter estado lá. Eu, por ter visto em filmes. Era uma casa japonesa fantasiada de restaurante. Logo na entrada, uma mesa com o jantar das crianças da casa, com canequinhas coloridas, pequenas porções, pão francês. Sentado à mesa, um garoto de uns 12 anos com roupa branca de cozinheiro e chapeuzinho. A televisão junto à mesa estava ligada e, ao lado, uma estante com coisas da casa - mochilas de criança, livros, cadernos, caixas entulhadas, uma verdadeira casa japonesa. As crianças menores já estavam correndo pela casa-restaurante. O som era um zunzunzum de risada e conversa em japonês. Muitos japoneses homens acompanhados do colega do escritório, todos de terno. Um casal de japoneses jovens, a menina tinha cabelo pintado e pierce no nariz. De ocidentais, só um casal de mulheres moderninhas e nós. Os japoneses enchiam a cara e depois saíram bêbados de tropeçar. Bem, logo descobrimos que era um restaurante de comida japonesa caseira. Não vendia sushis. Por todo o pequeno restaurante algumas plaquetas de cartolina e palavras em japonês. O cardápio, bem encadernado, trazia nomes esquisitos de pratos desconhecidos e preços módicos. Acabamos pedindo algo mais familiar como um teshoko com anchova grelhada, mas junto veio uma porção de pudim de ovo com algas frescas, muito bom também e algo muito esquisito, mas que a Geni adorou - uma gosma com ovo cru e cará ralado com wasabi. O sabor é intrigante, mas a consistência meio liguenta demais para o meu gosto. De qualquer forma, adorei conhecer. Veio ainda missoshiro com bastante alga fresca e um goham delicioso. Mas não deixamos de sentir inveja dos pratos das mesas ao lado: berinjela com molho de shimeji; não-sei-o-quê com natô; macarrão gelado. Quero voltar. Logo as crianças apareceram correndo, de banho tomado sem dizer uma palavra em português. Uma das atendentes nos contou que o restaurante foi fundado há 14 anos (pensei que era mais recente, tal a precariedade) pela sogra dela e quem cozinha hoje é o marido que nasceu em Hokaido. Toda a família trabalha lá. O ambiente é bem cafona, com fórmicas imitando granito nas paredes, mas adorei tudo. Gastamos R$ 11 cada uma.
Bem, voltei lá algumas vezes, inclusive para o prêmio Paladar e continuam me agradando o ambiente peculiar, o atendimento cordial e a comida impecável. É o equivalente japonês do Mocotó. Restaurante familiar, comida regional bem feita com preço excelente. Desta vez, gastamos 25,00 por pessoa, com refrigerantes e todas nós (incluindo Ananda que torce o nariz para sushis) muito satisfeitas. E deixamos comida na mesa.
O endereço: Esquina da Galvão Bueno com São Joaquim (está na foto).
Veja mais sobre o almoço do Kidoairaku no blog da Marisa.

16 comentários:

Ana Canuto disse...

Ai que vontade desses bolinhos aí. Também vontade de comprar uma forma dessas.

Aproveito para dar parabéns pelo dia dos Nutricionistas. Vc lembrou ? Sei que é bobagem essa coisa de dias disso ou daquilo, mas vc representa muito bem sua classe...hehe.

Um beijo grande.

Danilo disse...

Neide, excelente o post. O kido é de fato uma preciosidade de São Paulo.
Só um adendo: fica na Galvao Bueno com a São Joaquim, não Rua dos Estudantes.
Abraços
Danilo

Neide Rigo disse...

Ana! Só você mesmo. Eu não tinha me lembrado, não. Nem ninguém além de você! Obrigada!

Danilo, obrigadíssima pela correção. Cismei que é rua dos Estudantes. Por isto é que eu nunca acho o restaurante quando vou lá. E por isto também tirei foto da rua na penúltima vez que fui - pra não me esquecer mais (já arrumei no post e incluí a foto). Desta vez fui com a Marisa caminhando pela Galvão Bueno e quando vimos já estávamos lá.

Um abraço, N

Beatriz - Jubiart disse...

Neide, só você para encontrar esses "Achados" fora de série. Pena que eu esteja tão longe de São Paulo, amo comida japonesa. Bom post e excelente texto, me senti entrando no restaurante...

Um grande abraço,

Bia.

Unknown disse...

Estou viciada nesse blog. parabéns! Izabel

Marisa Ono disse...

Eu só não digo que é o correspondente do Mocotó porque não conheço. Mas a minha cabeça gorda está louca para provar do famoso torresmo...

recando da Luiza disse...

Oi Neide, vivo por essas ruas aí, meu onibus vila Medeiros fica na praça, costumo comprar aquelas bolachas de doce de feijão, aquelas redondas bem fininhas aqui em casa adoramos, mas não consigo comer nenhuma comida japoneza, olho, olho, aquilo me embrulha o estomago, e não vai, tirando o yaksoba, é claro.
em compensação, minha filha gosta das comidas e dos japoneses, rsrsr..... bjs.

Anônimo disse...

Que delícia de post, Neide.

Se sentir saudades de takoyaki, o da feirinha de domingo, na Liberdade, é campeão! Tão bom que até vale a pena enfrentar aquela muvuca toda...

Beijos.

Akemi disse...

Veja como são as coisas, quando estava no Japão não perdia uma oportunidade para comer comida brasileira e agora aqui, ando numa vontade louca de comer comida japonesa bem feita. Desde que vi o post da Marisa, já incluí o Kidoairaku como ida obrigatória quando for a São Paulo. Lendo seu post só aumentou ainda mais minha curiosidade!
Fiz seu pão integral de nozes e ficou uma delícia! Vou experimentar fazer com abóbora qualquer dia desses, a base deste pão é maravilhosa!!!
Bjss e bom feriado!

Neide Rigo disse...

Beatriz, então deixe aí anotado pra quando vier a São Paulo.

Izabel, pelo menos não é um vício que causa tantos malefícios.

Marisa, um dia vamos lá.

Luiza, justo o contrário de mim. Quero experimentar tudo.

Bichos, eu já comi o da praça, mas não me lembro. Depois da aula da Mari passei a gostar mais. Vou provar o da praça.

Akemi, comida japonesa bem feita é com você mesmo, não? Que boml que gostou do pão.

Um abraço, N

Anônimo disse...

Neide e a primeira vez que visito o sue blog e gostei muito quero saber quanto custa essas formas principalmente a de 18 e de 6 cavidades moro em Minas e noa conheço ninguem em Sao Paulo se eu te mandar o dineiro voce compra uma para mim?

Ãngela Rosa dos Santos disse...

Oie! Gostaria de comprar estas chapas. Mas aqui onde eu moro não tem. Você teria o telefone desta loja? Eu vou ligar e encomendar uma para mim. Quanto custou a tua? Muito Obrigada desde já.

tenshi_kawaii1@hotmail.com

Angela

Otávio disse...

gostaria de saber quanto estava em média o preço das 'chapas' para fazer takoyaki ??
fazendo favor :D

Anônimo disse...

Boa noite Neide

Gostaria de saber quanto você pagou na forma??
E com quantas cavidades ??

Guhinoo@hotmail.com

Muito obrigado

suzana rodrigues disse...

Boa noite, procuro comprar uma chapa para takoyaaki que vire o bolinho sozinha, sem ajuda dos palitos, para iniciar uma venda, como não tenho habilidade com o palito, o mais certo é procurar uma chapa que vire os bolinhos sozinha,se alguem souber onde encontro por favor me avise via email , smqrodrigues@gmail.com.
Obrigada.

Unknown disse...

Boa tarde, vc conseguiu comprá a sua máquina?