terça-feira, 2 de agosto de 2011

Aula sobre invólucros

Um pouco do processo 
Este foi o quarto ano que participo do Paladar - Cozinha do Brasil. Todas as vezes fico cansada com o pré-preparo, feliz com o resultado e frustrada por não sobrar muito tempo para ver o trabalho dos outros colegas. Sei que perco muita coisa boa, você vai ver no caderno Paladar de quinta-feira. Mas aprendo muito com o processo de pesquisa.  Na nossa aula mostramos as várias formas que um invólucro pode ganhar. Formas clássicas, formas inventadas, formas disformes, jeitos de dobrar, técnica para preparar as folhas e algumas dicas de pratos.  Para degustar, muita coisa.  A Mara Salles e a Ana Soares chegam à aula com uma produção fantástica. Como trabalham aquelas mulheres! E como são talentosas! A sala vazia logo começa a ganhar tons de folhas verdes e em pouco tempo se enche de cores de comidas assadas, cozidas no vapor, grelhadas, só embrulhadas. Mesas começam a ser arrastadas, vão chegando cestas, peneiras, grandes folhas de bananeira, caetés e muitos pacotes de folhas para a plateia levar embora. Pamonhas, moquecas, broinhas, pirulitos, embrulhadinhos de todo tipo. Um certo nervoso faz contrair a barriga, mas quando se vêem na plateia faces amigas o medo se vai (a vergonha de falar em público se mantém) e aí é muita coisa pra contar, que vai ficando pra trás. O que temos em comum, Ana, Mara e eu,  é uma vontade de mostrar tudo o que descobrimos juntas durante o processo que começou no final do carnaval.  Gostamos de entregar um pacotão. Vou dar algumas receitas aqui, mas, por enquanto, fique com as fotos.

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8 comentários:

saboracasa disse...

adorava estar aí!
bjs
Paula

Anônimo disse...

Que fotos maravilhosas que embalagens interessantes mas , fala serio o que tinha dentro delas devia estar maravilhoso tambem parabens beijos Denise

Juliana Valentini disse...

Adorei os bananalitos!
Outro dia fiz um doce de banana que endureceu demais quando esfriou. Agora já sei que se desconfiar que passou do ponto, dá pra fazer bananalitos! Demais!!!
Um beijo,
Juliana.

Anônimo disse...

Que lindeza aqueles jatobás recheados e aquele estômago de maracujá, que delícia deve ser...
Quando vcs vão escrever um livro sobre os eventos do paladar? Parabens às três.

Maria das Graças disse...

Uma maravilha! Parabéns! Como sou do interior nordestino esses materiais faziam parte do nosso dia-a-dia. Era o que tinha no quintal e era usado demais como embalagem e também na cozinha. Novidade foi a casca do jatobá, originalíssima. E a embalagem da linguiça foi feita com que? O estomago de maracujá também achei muito interessante.

Anônimo disse...

Neide!
queria ter participado, mas fiquei sabendo muito em cima! Você vai gostar da boqueca de ostra, que fazem aqui em Cananeia! Acho que é meu invólucro favorito!!!

bjos,
Marina

Neide Rigo disse...

Marina, quero muito saber como é esta boqueca (é isto mesmo?)
beijos, N

Maria Cristina Stolf disse...

é interessante ver como a natureza nos mostra estes invólucros, prontos de se usar! quando era pequena, após chuparmos a manga ate deixar o caroço branquinho, lavavamos, tiravamos as ferpas com uma faquinha afiada, abriamos para tirar o miolo e tinhamos uma "carteira" para colocar o dindim. ficava personalissímo quando pintando com guachê e para conservar uma camada leve de base. dai era só seguir para praça, comprar pipoca e brincar de amarelinha...