No ano passado, eles estavam menos apressados. Era novembro e ainda esperavam. Agora, bastaram uns dias fora de casa para voltar e encontrar a comida em reboliço, a casa verde, quase invadida pela floresta que emerge da umidade profunda das polpas. Um na despensa, aquele na cesta de frutas, outro na fruteira... Todos ao mesmo tempo, do brotinho tímido ao galho trepador em gavinhas que partia estiolado da fruteira à janela. Batata, araruta, mangarito, batata-doce, cará-moela, taro, inhame, gengibre, chuchu e até cebola clamam por um enterro digno.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Natureza indomável
"Tudo se finge, primeiro; germina autêntico é depois." in Tutameia, de João Guimarães Rosa
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4 comentários:
Neide, que fotos bacanas! :-)
Adorei a composicao das raizes e frutos brotados e pendurados como naves extra-terrestres.
Super lindo e até poético [citando o meu "tio"].
Mas tambem, em casa de gente com dedo verde, a natureza se anima e colabora.
beijoo,
Neide, como disse a Fer,as fotos estão lindas! o Rui ficará encantado de vê-las,beijo!
Neide,estou horrorizado! estas plantas,cheias de gavinhas e rodeios,vão tomar conta da casa e se enrodilhar em vossos pescoços enquanto dormem o sono merecido.Duas soluções: ou voces se mudam rapidamente ou napalm nelas.Cuidado!Depois não digam que não avisei.
Neide, adorei essa germinada geral!
Bjs,
Marcia
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