sexta-feira, 31 de julho de 2009

Porções de boteco por aí


Atendendo à provocação do Dória, comi ontem o sarapatel e a galinha na rua Tatuí, 167, mesmo sem pertencer a guia gastronômico nem nada disto. Pra falar a verdade, nem gosto muito de falar de restaurantes. Mas fiquei curiosa quando ele mostrou a foto daquele boteco mal ajambrado quase em frente ao Così. Lembrei que meu mais recente amigo, Andres Sandoval, morava na rua e perguntei sobre o lugar. Ele respondeu que já havia comido lá, gostava, mas tinha mudado de dono (o antigo agora é um taxista). E disse ainda que se eu fosse comer ali era só chamar que ele iria junto. Pois ontem aconteceu. Atencioso, teve ainda o cuidado de ir um dia antes comer a galinha para ver se a qualidade da comida continuava a mesma. E continuava, já que a cozinheira é a mesma. Pedimos sarapatel, que poderia ter um tantinho mais de cominho, e a galinha, que estava ótima, sem gosto de pena, com bom tempero, bem cozida, só que com muito coentro para o meu gosto. As sobrecoxas grossas não me pareceram as de galinhas caipiras trabalhadeiras, mas eram gostosas. Enquanto o feijão estava cremoso, fresquinho e bem temperado como os melhores caseiros, o arroz estava meio sem-graça, parecido com aqueles requentados no vapor - gostoso no tempero, mas não maravilhoso na textura. Também, sou chata com arroz e pão de restaurante. Pelo menos não era uncle-bens. E não nos sentimos lesados no bolso. Com uma Tubaína e umas rodelas de tomate, tudo isto saiu por 28 contos*. Aceitamos recomendações de botecos desconhecidos que façam comida boa que, espalhados entre os bairros de São Paulo, deve haver às pencas.
Além de ótima companhia, Andres Sandoval tem guache nas veias - desenhou como se bebesse água e ainda me mostrou muitas ilustrações lindas.
* Andres me corrigiu: os 28 contos incluiram ainda a refeição do dia anterior com tubaína. Ou seja: compensa!

4 comentários:

Andrés Sandoval disse...

Neide querida, saiu 28 contos com a galinha do dia anterior - quando fui provar a galinha com minha assistente. Ah, e as tubaínas incluídas!

Neide Rigo disse...

Ei, Andres, melhor ainda saber disto. Vou corrigir lá. bjs, n

Breno Raigorodsky disse...

Neide, não sei falar sobre galinha, apesar de conhecer os do Bahia, od Biu etc. Mas sei de dobradinha, desde as do Baci, do Ravioli, até a do bar de toldo vermelho na Francisco Morato, do bar que fica na frente do Unique, daquele super badalado da Sampaio Vidal com a Maria Carolina e laguns outros. O maior problema da dobradinha em São Paulo e que por aqui ela ganhou status de prato de uma única receita. Bastou sair do feijão branco e linguiça que parece heresia, quando o vinho branco e o salsão vão tão bem...

Neide Rigo disse...

Oi, Breno,
vou ficar atenta às dobradinhas e qualquer descoberta interessante, eu te conto. Um abraço, N