Livros ou Os Pássaros

Comi o pão da Ananda e a geléia da mãe, delícia, acho que até vou sarar porque comi com gosto! Sem medo de ser feliz! Você deveria ter tirado umas fotos do fim da biblioteca e a bagunça gerada, para dar conselho aos seus blogueiros que às vezes a vida é longa e os livros ganham da gente. São, dizia Sylvio, como Os Pássaros, de Hitchcock, vão se infiltrando por todos os cantinhos, tomam conta até da cama. Quando você volta para acabarmos com esta coisa? Beijos, Nina Horta

Desta vez tirei foto. Como se não bastassem todas as coisas que aprendi com a Nina, de comida e não-comida, agora, com a pintura de sua casa e os livros todos a serem devolvidos aos seus postos, ela teve um acesso de desapego e me deu várias de suas preciosidades. Como sua coleção preferida, Foods of the World da Time Life, maravilhosa. Desta ela teve dó, mas quis porque quis me dar. Prometi devolver caso ela se arrependa. Ou ainda o La Technique, de Lacques Pepin que vai me ensinar muita coisa. De tédio não vou morrer nos próximos anos. Como agradecimento, vou dividir com meus parcos mas preciosos leitores toda a novidade que eu descobrir nesta pilha de livros que chegou a duplicar minha biblioteca de comida. O Sylvio, se ainda estivesse entre nós, certamente ficaria feliz em ver mais arejada sua casa agora toda branquinha. Porque era livro em todo canto: quartos, salas, banheiros, camas, cadeiras, vãos e degraus de escada, soleiras e alguns cantos que eu não devo ter visto. Pensando bem, acho que só liberamos os degraus da escada...

Quem pareceu preocupado foi o Marcos: onde vamos enfiar estes livros? Não importa. No escritório, aumentando estantes, mas também nos quartos, na despensa, na garagem, na geladeira. Desde que estejam sempre às mãos.