Na segunda-feira ainda arrumei fôlego para ir ao Mocotó comer a moqueca do Beto Pimentel e conversar um pouco com os irmãos Miguel e Oriol Rovira, da pousada e restaurante Els Casals, que vieram para o evento do Paladar. David, do Gastromotiva; Cenia Salles, do Slow Food; Ana Soares, do Mesa 3; Jerônima Barbosa, da Pousada São Jerônimo; Edinho Angel, do Manacá... todo mundo lá. Qualquer motivo me serve de desculpa para eu ir comer a mocofava do Rodrigo, sempre deliciosa. O Beto estava bastante animado com as cachaças que o chef ia lhe oferecendo. E a moqueca foi sair lá pelas 4 da tarde. Mas valeu. Os irmãos contaram um pouco da experiência do restaurante e do cultivo dos alimentos usados no restaurante, no melhor do conceito"menu quilômetro zero". Concordam em muita coisa, mas discordam de algumas. Mas até na discordâncias são cordeais, se tocam com delicadeza. Miguel, o irmão agricultor, diz que agora todo prato chique termina com uma voltinha ao redor da comida com algum molhinho colorido, um azeite de ervas, tapenades ou coisa assim. Ao que o cozinheiro Oriol discorda, dizendo que isto já era. Chef importante como Ferran Adriá não faz mais esta rodeadinha faz tempo. Catalanizar o Sagu Oriol, curioso a respeito de ingredientes brasileiros, ficou fascinado com o sagu, quis saber como preparar, e já está caraminholando umas ideias para catalanizar as bolinhas. Ana Soares, como sempre muito criativa, já deu várias ideias. Compararam o cabrito ensopado com mandioca do Rodrigo com pratos espanhóis. Gostaram muito da mandioca, quiseram saber do licuri, bicaram caipirinhas moderadamente e assim foi. Uma tarde gostosa.
Um comentário:
Gosto do sagu de vinho, e já te falei que minha mãe faz com suco de laranja, passas e abacaxi.
Eu costumava fazer em sopinhas salgadas com legumes para meus fihos, logo que começaram a comer. Também fica muito bom com leite e canela, nas noites de frio....ah de invencionices e sapiências na cozinha, ninguém melhor que você.
Um beijo.
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