quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fritada de pizza de escarola

Estes dias de feriado foram tempos de fast food aqui em casa. A prioridade era recuperar várias coisas de uma casa que será demolida pra virar prédio na Vila Madalena. Lourdes Hernandez nos deu a chave e disse: a casa dos nossos amigos foi vendida e vai virar prédio, pode ir lá e tirar o que quiser pra casa de vocês em Piracaia. Pois, fomos:  vasos e mais vasos, mudas de bananeira, helicônias, laranjeira, primaveras, bambuzinhos, limoeiro, palmeiras, alamandas, jardineiras com tomilhos, hortelãs, oréganos, alecrins, manjericões, além de pias, portas,  fechaduras e janelas enormes que emolduravam praças e casas de uma vila que vai desaparecendo entre arranha-céus que brotam destas casas bonitas, bem construídas, onde famílias viveram momentos felizes. Deu dó, mas farei bom uso e as janelas vão emolduras aquela paisagem com colinas e represa em Piracaia. Um caminhão baú seguiu pra lá ontem, sob chuva, cheio com a ajuda de sete homens trabalhando de nós, mulheres, minha irmã Suzana e eu, com as mãos em bolhas e calos.  Mas valeu a pena. 




Foram três dias inteiros de muito trabalho e, na hora de comer, pão francês com queijo e mortadela, frango de padaria e, claro, pizza. Num dos dias, abri a geladeira e só havia dois pedaços de pizza de escarola da véspera. Pizza requentada no almoço não é dos meus pratos preferidos e parece que seria pouco para nós dois. Tinha também dois ovos, um maço de salsinha.  Lembrei daquela minha  mais nova invenção. Fritada de pãoPronto, resolvido, um almoço com alguma dignidade, reforçada pela salada de agrião e uma taça de vinho. Se com pão ficou bom, com pizza já temperada e recheada com verdura e queijo, melhor ainda. Foi só picar os pedaços, umedecer com 1/4 de xícara de leite, juntar 2 ovos ligeiramente batidos  (se tivesse mais, teria colocado três), um punhado de salsinha, corrigir o sal, polvilhar pimenta-do-reino e despejar na frigideira com um pouco de azeite. Abaixei o fogo, tampei (minha frigideira é daquela para omelete, com duas partes) e deixei cozinhar e dourar dos dois lados. Se ficou bom? O Marcos disse que adorou e que vai fazer na minha ausência (vou viajar). Posso lhe garantir, é uma vida nova à pizza de geladeira, muito melhor que pizza requentada no forno (no microondas, não dá, né?). Experimente, incremente com as ervas que tem, com tomates, cebolas. Só tome cuidado na hora de virar. A estrutura é mais frágil. Se não tiver frigideira para omelete, use um prato para ajudar a virar.  E nhac!  


Com salada de agrião, nhac! 

6 comentários:

Leticia Cinto disse...

Caramba! Ainda bem que você vai aproveitar as coisas da casa! Quem dera todo mundo fizesse isso... Vejo tanta coisa boa jogada na caçamba e até inutilizada. Eu moro na Vila Madalena e esse processo de demolição de casas para virarem prédios se acelerou muito nos últimos tempos. Bjs Leticia

MISSIONÁRIA DIANA disse...

ummmmmmmmmm!!! que delícia. um lindo dia!

Cae Fernandes disse...

Nunca tinha pensado nisso!! rsrsr
Super dica.
Bjos

Anônimo disse...

Isso sim é reaproveitamento de material de demolição! É olhar para uma porta ou janela e lembrar da casa em que pertenceu, das pessoas que as abriram e suas histórias. Parabéns pela reciclagem (de material e construção e de comida). Adorei. Bjs
Izabel.

Art... disse...

Bom dia ;) Adoro Seu Blog , em materia de Criatividade aliada a Culinaria Vc e nota 1000 ... ja salvei varias refeições com algumas receitas suas hehe .. Fritada de pão foi otima .. Testei e ficou top ,mais essa fritada de Pizza deve ser perfeita !

Leo - liberoalimentos disse...

Reaproveitar o material e a comida! Realmente uma atitude bastante sustentável!

Vou usar esta receita com as pizzas aqui de casa.

Parabéns pelo artigo!