Todos os anos vou ao Revelando São Paulo, que tradicionalmente acontecia no Parque da Água Branca. Todos os relatos das edições passadas podem ser vistos aqui.
Neste ano, por capricho da primeira dama do estado, que inventou de reformar o parque às pressas antes do término do mandato do governador substituto, sem avaliação do impacto ambiental ou qualquer autorização judicial (por pressão dos frequentadores, a obra foi interditada ontem, felizmente), o evento está acontecendo no Parque do Trote ou Parque Vila Guilherme.
Cheguei lá no sábado depois de uma hora e meia de viagem - via trem, metrô e ônibus (que saí do metrô Carandiru a cada 20, 30 minutos - tem plaquinha indicando). Espero que a feira não fique por lá, pois o Revelando tem a cara rural e aconchegante do Parque da Água Branca, com as galinhas cacarejando, pavões se exibindo, ônibus e metrô na porta, sombra das árvores. Não combinou com o galpão gigante que começa a lembrar aquelas exposições cansativas do Anhembi.
Mas tudo bem, no meio do caos vamos pinçando aqui e ali pequenas joias deste São Paulo plural como os carás moelas de São Francisco Xavier, o arroz vermelho de Cruzeiro, a cachaça Marvada Neide, o feijão guandu de Piedade, a galinhada de Guararema, as ervilhas para o virado de Atibaia, a carne de lata e os embutidos de porco de Capão Bonito, as cerâmicas primitivas e outros artesanatos genuínos perdidos entre tantos panos de pratos pintados. Fora as catiras e quadrilhas, sanfoneiros e violeiros, só para citar algumas das manifestações folclóricas que acontecem todos os dias enquanto dura a feira (veja a programação aqui).
Para apreciar, provar, comprar Uma dica: se quiser comer por lá, e eu recomendo, leve de casa seu próprio prato e talheres ou compre um desses pratinhos de cerâmica lá no box da Rosa, de Bom Sucesso de Itararé, porque fora o mingau de alho da dona Neide (aquela da batata-doce frita), todos os outros pratos infelizmente são servidos em bandejas de isopor com talheres de plástico, geralmente dos que se quebram ao primeiro corte de um feijão bem cozido.
7 comentários:
Oi Neide, cada vez que visito este blog me sinto realizada,estou vendo as fotos e relembrando são tempos que vem a mente, desde criança das coisas simples,plantadas ali mesmo no nosso quintal, era so ir lá pegar,queria que tivesse mais Neides neste Brasil.acho que a esposa do ex-governo deveria de ter mudado sede de seu governo p/ os quintos .(Diu)
Neide, deu água na boca e nos olhos...
Excelentes fotos.
Bia.
Neide, deu água na boca e nos olhos...
Excelentes fotos.
Bia.
Marvada Neide???
Como pode?
:-)
Fui no domingo, último dia, bem cedo. Aproveitei bem, provei até o rojão! É bom ver como o povo paulista é multiétnico, multicolorido e multicriativo. Merecia governantes menos cinzentos...
Diu, muitas Neides seria chato. O bom é ter Neides e Neusas e Diulmas. O bom é a diversidade como mostra o Revelando.
Beatriz, melhor ao vivo. Obrigada.
Angela, Neides costumam ser marvadas :)
Daniel, também acho.
Um abraço, N
Ola Neide, adorei seu blog! Descobri através de algumas pesquisas q estou fazendo no google, conclusão pesquisa parada...rsrs. Resolvi postar um comentário para te convidar para conhecer a barraca de Nuporanga no revelando 2011, meu pai faz a Cachaça de Nuporanga,q é uma delicia, na nossa barraca artesanato, comidas tipicas, licores...
Adorei a postagem sobre as pamonhas, realmente cada um tem sua receita, seu segredinho.. este ano no dia 02/01 aproveitamos que a familia estava reunida e fizemos pamonha, minha avó q fará 93 anos em maio esteve junto dando seus sabios palpites ensinando eu e minha tia todos os segredos inclusivo o do três dedinhos, espero que possamos fazer muitas pamonhas ainda qem sua companhia...
Você sabe onde posso conseguir mudas ou sementes de frutas exóticas para plantarmos em nosso sitio?
realmente adorei seu blog, se for fazer um comentario de cada coisa que me interessei, fico escrevendo por dias!
Grata pela informações dadas com tanto carinho
Juliana Paulino - Nuporanga - SP
ju_paulinonup@hotmail.com
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