Não falei nesta semana sobre a pele de angu frita? (angu, neste caso, parece uma coisa animal, não?). Alguns leitores mineiros convictos me corrigiram, dizendo que angu não leva sal. Se leva, é polenta. Na verdade, quando o angu foi inventado não se botava sal porque não havia. Com sal, bem pouco, é bem mais gostoso, embora também aprecie bastante o angu insosso. Às vezes chamo de angu - quando não boto nada além de fubá fino, milho e ou não sal. Se faço com fubá de granulação mais grossa, com ou sem manteiga, com ou sem outros temperos, chamo de polenta. Esta é classificação aqui em casa. Por isto, porque fiz com fubá bem fininho, chamei de angu. Mas, mingau, que seja. Agora, a pele vou continuar chamando como sendo de angu porque é mais poético que pele de polenta. E pronto.
O que quero contar é que se a polenta feita com fubá fino ou angu ou mingau for deixada de um dia para outro na geladeira e ficar daquele jeito gelatinizado, de cortar, você pode homogeneizar no mixer, espalhar numa folha de silicone (ou no fundo de uma assadeira untado) com espátula para que fique uma camada bem fina e assar a cem graus por cerca de 30 minutos e terá uma grande pele que se quebra facilmente e fica extremamente gostosa e crocante. Tudo bem que não é uma pele aproveitada, uma pele espontânea, mas é questão de pele também. E é um ótimo tira-gosto (especialmente se o angu tiver um pouco sal, desculpe aí).
9 comentários:
Genial. E adorei o texto inteiro. Eu só conhecia a casca de angu, aquela que fica grudada no fundo da panela, depois de angu no fogo quase uma hora e que fica melhor que o angu ainda. Assim vai ficar mais fácil de comer, sem ter que desgrudar na marra e vai render para mais gente. A casca fica sempre reservada para a cozinheira (eu até escondo a panela kkkk).
Kkkk, adorei o texto! E, pra mim, que falei pra uma amiga mineira que ela tinha esquecido de colocar sal na polenta, tudo é polenta! Adorei esse outro jeito de fazer pele de angu.
Sou mineiro, e o angu lá em casa sempre foi temperado com o caldo do frango. Não sabia que tinha regra pra angu ser angu, mas melhor que o lá de casa ainda não encontrei. Gosto muito dos textos do blog, obrigado!
Adoro suas postagens, receitas, estilo de vida, conhecimento das culturas regionais e plantas que nem imaginava que se comia... grata por tudo!!! Mas nesse artigo não me contive em deixar meu recado, já que pra mim, o angu é referência desde a infância... rs
Como filha e neta de mineiros, na casa dos meus avós, diariamente tinha o angu como acompanhamento dos outros pratos. E sim, vovó sempre fazia sem nenhum tempero... pois também comíamos o angu na sobremesa: num prato fundo, com goiabada cascão e leite morno!!!! Hum, delicia!!!! Gostinho de casa de avó!!!! rs
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rsrsrs.Pois chame seu fubazinho cozido de angu, ora.Esses puristas!rsrsrs Eu já amo a diversificação, nomes novos para coisas velhas, releituras, pitacos em tradições... Acho que o mundo fica muito mais lindo diversificado quando nos despimos de qualquer tipo de preconceito e aceitamos o novo. E viva o angu salgado!
Telha de fubá!
Chiquerrimo! Ah, que delicia, sou mineira mas não gosto tanto de angu como o povo da minha familia. Gosto mesmo é da casquinha e ri muito da Gilda que a esconde!
Aqui em casa, minha mãe Dadá, cozinheira mineira de mão cheia, que faz angú sem sal, no fogão a lenha, vai guardando a casca do fundo da panela e depois frita. Agente usa como tiragosto e fica muito bom com guacamole, como nachos mexicanos.
Li os dois posts sobre esse assunto e gostei muito. Domingo 27/08/19 às 7:30h, a Globo traz um programa novo que falará sobre isso. Vi o anúncio na tv. A idéia é muito boa e se duvidar dá até pra substituir as tortilhas tão chatinhas de fazer.
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