terça-feira, 18 de junho de 2013

Fortaleza. Mercado São Sebastião

Fui duas vezes ao mercado. Uma, logo no primeiro dia, e horas antes de embarcar pra casa. O mercado São Sebastião é de 1937, mas já passou por reformas e a praça de alimentação também foi preparada para receber turistas, inclusive com treinamento entre os comerciantes e funcionários. A estrutura ainda é um pouco precária, mas recebe, sim, alguns turistas. Tanto que eu estive lá. No entanto, é diferente de um mercado totalmente turístico, como se tornou o nosso Central ou Mercadão aqui em São Paulo, onde cobram até 100 reais pelo quilo de uma fruta. Lá você vê as pessoas comprando ingredientes para o dia-a-dia e não só beliscando curiosidades. Um fato interessante é que, diferente da comida da orla, tanto os ingredientes vendidos como os pratos servidos nos restaurantes, remetem ao ambiente do sertão. Abóbora, mandioca, batata-doce, quiabo, maxixe além de queijos, paçocas e frutas diversas, destacando nesta época a acerola, o abacaxi, seriguela e o jenipapo. E outras coisas mais. Um produto inusitado para mim, que vi em várias bancas, foi a polpa de tamarindo amassada em blocos. Trouxe um, claro. 

Nos restaurantes, comida popular, gostosa e barata. Não dá pra esperar muito na apresentação, mas é possível comer bem por aí. Melhor que em muitos restaurantes que querem ser bacaninhas. Panelada, sarrabulho, cabeça de bode,  carne de cabrito etc. E apesar do preço barato, os donos dos espaços devem estar ricos, pois vendem muito. O espaço fica lotado de gente que trabalha ali naquela parte do centro de Fortaleza.  Se bem que dez reais pode ser um preço baixo para muita gente mas não para todos.  Quando terminei de comer, por exemplo, chegou uma mulher discretamente e perguntou se poderia comer o resto da minha comida (é farta também). Comeu ali mesmo, em pé.  É triste que situações como esta aconteçam, seja em Fortaleza ou em Paris (também me pediram resto de comida na calçada do restaurante Le Comptoir du Relais).  

Bem, deixo aqui algumas fotos:




Espetinho de marmeleiro para churrasco 


Sempre juntos: arroz, feijão, macarrão e farinha 

Mariana Duprat e Carlos Alberto Dória dividindo uma panelada (bucho)

4 comentários:

Patrycia disse...

Oi, Neide,
saudades suas. Tenho sempre lido o blog e me deliciado com as histórias e as receitas. Deu saudade do Mercado, que eu ia regularmente aos sábados em muitos dos anos em que morei em Fortaleza. Sempre voltava com o carro mais cheio do que eu conseguiria comer rsrsrsrs queijo manteiga e nata para o feijão verde,paçoca, frutas e o suco de cajá que sempre tem por lá...esse Mercado é uma festa, valeu! Um beijo para você,
Patrycia - Acre

Fábio disse...

Fala Neide quanto tempo!!!

estive em Piracaia no niver da cidade , último dia 16 e lançamento da Piracaia orgânica....faltou você lá...então minha mudança para atibaia não rolou....por N motivos...mas parece que nada é por acaso, Piracaia é mais minha cara e já fiz bons contatos lá , estou vendo com dona Helenice de comprar umas terrinhas por lá...quem sabe seremos vizinhos de cidade
abs
Fabio

Maria das Graças disse...

Neide, por mais que eu me esforce eu não me lembro mesmo desse mercado em Fortaleza. Uma pena! Talvez porque morasse em um bairro no outro lado da cidade...
Gosto demais de mercados municipais. E sinto uma falta enorme deles aqui no Rio. E sempre me pergunto: por que será que não temos mercados municipais no Rio? Temos a Cobal, como a do Leblon que voce conhece, que não tem nenhum atrativo, os preços são proibitivos e não dizem nada do lugar.

Anônimo disse...

Num vejo a hora, de passar no mercado e fazer as compras!!=D