O paninho, ganhei da amiga Rosana Vieira - o da esquerda é o feito com a mandioca pubada |
Coruja é o pão salgado e denso, sem gluten, do Vale do Ribeira, São Paulo. Esses, ganhei da amiga Sueli Vieira, nascida em Jacupiranga e que cresceu vendo a mandioca mansa sendo amolecida amarrada dentro de um saco sob as águas limpas do rio. Pode ser feito com a mandioca apenas ralada sem pubar, ou pubada - amolecida ou curtida, como dizem por lá. Ou ainda pode ser uma mistura dos dois tipos, mandioca pubada e sem pubar. Ganhei dois, um com a massa pubada, azeda, e outro sem pubar, o mais dourado.
Há alguns anos, comprei na feira de Registro, cidade do Vale do Ribeira também, coruja feita com amendoins crus e assada em forma retangular em vez de ser no embrulho de folha de bananeira, como manda a tradição. Aliás, quase não assam mais na folha de bananeira já que papel alumínio facilita o trabalho de quem faz pra vender na feira. Uma pena. Também não assam mais no fogão de lenha, já que no forno a gás também funciona. E a banha de porco usada antigamente agora é substituída por manteiga, na melhor das hipóteses. Ou margarina. E, baseada na liberdade que se tem hoje para fazer a coruja, inventei, com o perdão dos puristas, um rolo tipo coruja feito com tapioca e amendoim, que ficou muito gostoso. Veja aqui. Mas no site Receitas do Vale você pode encontrar uma receita mais fiel. Confira aqui.
As corujas da Sueli, fatiei e torrei um pouco no forno airfryer. Raulzito adorou como acompanhamento do sorvete de manga.
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