quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Broa de cará com fubá, de fermentação natural, salgada

Esta, assada na omeleteira 
Esta receita foi adaptada da receita da Mestra Maria do Sindicato, de Igarapé-MG, que postei aqui e foi tema na minha última coluna do Paladar. A dela é feita com melado. Esta, fiz salgada e assei de várias formas. No forno, na frigideira, embalada em folha de bananeira, em forma redonda-marmita, em forma com furo no meio. Todas ficaram deliciosas.

E, claro, sem esquecer de lembrar que a cozinha brasileira tradicional, antes do trigo, era sem glúten, com quitandas feitas de mandioca, araruta ou milho complementadas com legumes amiláceos como cará, inhame, caramoela etc  

Deixo aqui, como fiz. 

Broa salgada de cará com fubá, de fermentação natural 

Misture 2 xícaras de fubá com duas xícaras de água. Se estiver usando um fubá super fino, do tipo de canjica,  talvez precise de um pouco mais de água pra fazer uma massa com consistência de mingau grosso. Cubra com filme plástico e deixe fermentar em temperatura ambiente por dois dias ou mais ou até ficar aerado. Misture com 850 g de cará ralado fino, 3 ovos, 1 xícara de azeite ou óleo, 4 colheres (sopa) de açúcar e 2 colheres (chá) de sal ou a gosto. Pode bater os ovos com óleo, sal e açúcar no liquidificador, se quiser. Junte tudo e bata bem com colher de pau, até formar bolhas. Cubra com plástico e deixe em temperatura ambiente fermentar por cerca de 8 horas ou até crescer. Distribua a massa em formas untadas e "enfubasadas" ou forradas com folhas de bananeira abrandada no fogo (passe as folhas na chama até perder o tom encerado - só pra amaciar e ficar flexível). Leve para assar em forno médio por cerca de 1 hora ou até ficar firme e dourada. O tempo varia com a quantidade na forma. Se quiser, espalhe por cima queijo ralado. Rende para um batalhão! Veja todas as fotos.

O fermento fica assim 
O cará e o fermento 


Na forma com buraco. Forrei só as laterais. O resto, untei com manteiga e
polvilhei com fubá.  

Fiz também embrulhada em folha 

Na omeleteira 

Ótimo resultado na omeleteira. Fogo bem baixo, folha também por cima 

Funciona bem assar embrulhada 


Na marmita



Valeu a pena a espera! 



O Vídeo da Mestra Maria do Sindicato, de Igarapé, agradecendo por eu ter feito e divulgado a receita dela no Paladar.

9 comentários:

Anônimo disse...

Oi Neide, tive pensando será q dá para substituir o cará por batata doce, vc já fez assim?

Dricka disse...

Esses bolos embrulhados em folhas me lembram um bolo de milho com coco e especiarias que uma tia minha fazia embrulhado na folha de bananeira que eu amava e até hoje se fechar os olhos posso sentir o gosto e o cheiro em minhas lembranças, pena que ela se foi quando eu era ainda muito criança para aprende-lo. Tenho procurado incessantemente receitas assim para ver se alguma se encaixa em minhas lembranças, mas é em vão, nunca achei nada que lendo os ingredientes me lembrasse essa delicia da minha infancia.

Direito Constitucional disse...

Olá Neide.
Não há problema em deixar a mistura com ovos fora da geladeira?
Grato e parabéns pelo seu trabalho.

ricardo disse...

Santa receita!!!
Volto a dizer: este blogue me alimenta.
Gratidão!!!

Anônimo disse...

Oi Neide, boa tarde.
Por favor, como e aonde eu posso conseguir sementes NÃO-transgênicas (Crioulas) de milho ?
Agradeço a sua ajuda, e Muito Obrigado.
Meu e-mail para contato é: alexandrecontato39@gmail.com
Muito Obrigado e até logo.

Unknown disse...

Fazendo pela 5° fez, essa receita perfeita e deliciosa!!! Amo!! Obrigada por compartilhar seu conhecimento com tanto carinho e detalhes.

rose disse...

Amo demais esse blog , tudo que procuro encontro aqui , obrigada Neide !@

Piero disse...

Excelente receita, farei amanhã para toda a minha família

Sandra Mara disse...

Minha mãe falou desse bolo que minha avó fazia. Parece delicioso 😋