terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Precisa-se de um notebook


Antes que me questionem, não, não, o João Vitor não pediu para eu pedir pra ninguém. Pediu pra eu ver o preço de um notebook usado, de um i-phone usado, de i-pad usado. O aipim novinho ele tem lá e pode oferecer cozido aos visitantes.  Ele vive só com os pais, Zé Pão e Romilda, os produtores de queijo sobre os quais falei aqui: http://come-se.blogspot.com.br/2014/01/serra-da-canastra-casa-dos-produtores.html. Eles vivem e produzem queijo numa fazenda da qual não são donos. 

Está certo, quando a gente vai lá é uma delícia, só aproveita a parte boa. Quando a visita vai embora, o trabalho duro continua e o menino, de férias, fica um pouco entediado por estar tão longe da cidade, de outros jovens e sem comunicação.  Ele gosta de tecnologia, de fotografia, entende um pouco, mas não tem como praticar.  Os celulares não pegam ali, mas meu i-phone, com chip Vivo, tinha bom sinal. Ele quer comprar um, mas acho um absurdo de caro, para isto teria que vender uma vaquinha ou mais. E assim fariam menos queijo, já vendido a preço tão baixo. A família vive com muita dignidade, porém, qualquer coisa fora do orçamento exige um sacrifício extra .  E, sim, ele prometeu que vai ajudar mais os pais, fazer por merecer. Agora, mesmo que vá enchendo o cofre porquinho, isto pode demorar e desanimar. 

Tirando muda de bambu verde-e-amarelo para eu trazer
Na cozinha de casa (a casa e a fazenda são do padrinho, para quem os pais
trabalham)

Jogando pedra no rio

Como sei que muito leitor ou leitora vira e mexe troca de equipamento porque precisa se atualizar, ganha de presente ou simplesmente não resiste ao último lançamento, peço aqui a doação. Não quero fazer nenhum favor com chapéu dos outros, não. Se eu pudesse, eu mesma compraria. Posso passar o endereço e a pessoa manda diretamente para o menino. Ou então, que vá dar um passeio à Canastra, entrega o presente ao João Vitor e de quebra leva um dos melhores queijos da Canastra vendido por aí sem identidade. Também vou mandar uns livros (ele nunca leu Harry Potter e gostaria de ler).  Enfim, a vida no campo é boa, mas ter contato com o mundo também ajuda a reforçar este valor e saber que é possível viver longe da cidade sem ficar isolado.  Ele disse que adoraria ler, por exemplo, o Come-se. Então, veja aí se não tem um notebook encostado. 

Meu email: neide.rigo@gmail.com 

12 comentários:

Anônimo disse...

Neide não vejo problema alguma em fazer uma vaquinha o que voçê acha,eu legal se todos ajudar não pesa para ninguém, eu vou ver com algumas pessoas,depois falo lá no email,mais fica a dica.(Diulza)

lili disse...

Por curiosidade, lá tem conexão com a internet?

Gilda disse...

A ideia da Diulza é ótima. Se abrirem uma lista, eu entro. Se os leitores "fizerem" uma vaquinha, a família do Zé Pão não precisa vender uma deles para fazer a compra. Embora eu esteja quase apostando que vai aparecer uma doação. E tem a conexão com a internet lá?

Mari disse...

Eu entro na vaquinha também!
Como faríamos?

Neide Rigo disse...

Obrigada, meninas. Vou esperar um pouco. Se ninguém tiver um para doar, começo uma vaquinha. Boa ideia.

Internet lá teria que ser por 3G, mas só o notebook já ajuda porque ele pode usar para fazer trabalhos e acessar internet quando for à cidade. Aí poderá carregar o notebook com ele e baixar coisas pra ver depois.

Obrigada, um abraço,
N

Unknown disse...

Também entro na vaquinha :)

maria disse...

Também participo da vaquinha!

Stefano disse...

Que tal rifar uma muda/receita/foto/semente ou qualquer coisa simbólica.
Tem uns sites que fazem isso mas não sei como funciona...vou pesquisar.

Unknown disse...

Conte comigo para a vaquinha, é o mínimo que faço para retribuir leituras tão fantásticas. Um abraço.

Anônimo disse...

Vaquinha nada! Isso é praticamente um pagamento. Que história incrível e bem contada. São os melhores textos do come-se desde sempre. Entro na vaquinha também.

www.vakinha.com.br
Beijo para todos os envolvidos.

Amarilda J. T. da Silva disse...

Se for rolar uma vaquinha estou dentro. A propósito Neide amo seus textos.

claudia H disse...

Neide, to dentro da vaquinha também. Avise quando você vai começar. Bjs
Cláudia