Um pouco do tempero de coco separado e umas sementinhas do caruru tostadas na manteiga sobre o arroz e nhac! |
As folhas jovens são melhores para se comer e contém menos oxalatos - presentes também em outras folhas como espinafres, por exemplo, diminuem a absorção de nutrientes como cálcio e zinco e podem estimular a formação de cálculos. Mas toda a planta pode ser consumida, especialmente se as folhas forem cozidas antes em água fervente que deve ser escorrida. E de qualquer forma, o teor de oxalatos é menor que nas folhas de espinafre que todo mundo come.
Na Índia e na África estas folhas são apreciadas e entram em muitos pratos vegetarianos ou com carne de porco - na África do Sul, esta erva, assim como outras que também crescem silvestres por aqui, como a beldroega e serralha são chamadas de morog e podem entrar num cozido de carne de porco chamado Bredie, que pretendo fazer em breve.
Por enquanto, fique com o thoran indiano (cheera, em hindu, quer dizer espinafre - como há vários tipos incluindo os lindos vermelhos e de espécies distintas, o caruru é chamado de kuppacheera, seja lá o que queira dizer kuppa). A receita original que segui mais ou menos está aqui. Este tipo de caril seco pode ser feito com várias folhas e legumes diferentes, como repolho, folhas de moringa/ drumstick (Moringa oleifera), cenoura, jaca-verde, feijões verdes etc, sempre bem temperado com especiarias que também podem variar. Como eu não tinha caruru suficiente, usei também folhas de moringa (receitas com esta folha aqui e ali). Mas você pode fazer usando só caruru, claro. Ou uma mistura de outras verduras.
Caril seco de caruru
Ingredientes: óleo de coco, pimentas, cebola, alho, sal, folhas de caruru e de moringa, folhas de curry, cúrcuma, cominho, mostarda, coco |
Escorri, esperei esfriar um pouco e tirei os galhos. Piquei e medi - duas xícaras. Reservei.
Aqueci numa frigideira 1 colher (sopa) de óleo de coco. Juntei, nesta ordem: 1/4 de colher (chá) de mostarda, 1/4 de colher (chá) de grãos de cominho e um galhinho de folhas de curry (aliás, se quiser comprar a mudinha, aqui tem). Quando os grãos começaram a pipocar, juntei uma cebola pequena picada.
Quando a cebola começou a querer dourar, juntei as folhas picadas e o tempero de coco. Mexi bem e deixei ficar bem quente. Conferi o sal, retoquei, enfeitei com uma pimenta, servi com arroz branco e nhac!
Um comentário:
Neide eu amo comidas salgadas com coco, meu pai fazia um repolho com coco divino, nunca me passaria pela cabeça que meu pai nascido no sertão do nordeste estava praticando a culinaria indiana.rsrs
Bjs
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