Os dois abriram a própria pizzaria Zio Totó e trabalharam muito para torná-la o sucesso que é hoje. A trattoria continuou nas mãos da família, comandada hoje pela Rosana, outra filha do Dom Calógero. O filho, Rômulo, também abriu sua pizzaria por perto. De modo que Zio Totó (o nome é uma homenagem carinhosa ao tio italiano) está presente em três endereços em Ribeirão, como exemplo de dedicação familiar.
Eu posso ficar anos sem ir pra lá, mas sei sempre o que vou encontrar e tenho saudade daquelas pizzas de massa fina e crocante, bem ao modo do povo do norte italiano, contradizendo propositalmente a origem siciliana de Dom Calógero, que já morreu (a pizza de massa grossa é mais comum no Sul). João faz pessoalmente as compras de ingredientes frescos todas as madrugadas. Assim, pizzas de brócolis, abobrinhas e escarolas não escondem o frescor quando combinadas com queijos de ótima qualidade que eles fazem questão de usar (nada daquelas mussarelas feitas de batata).
Os dois amigos foram comigo para Jaboticabal e na volta, já tarde da noite, passamos na pizzaria - o momento mais aguardado. Para os de casa, além da pizza, um pouco de comida de brigada. Naquela noite, por sorte, teve jiló refogado com bastante salsinha. Divino. E salada farta. Nada que desviasse o desejo da pizza que chegou dourada, perfumada e muito quente sob a tampa que brilha prata. As minhas preferidas: de brócolis, de abobrinha grelhada (receita da Rosa, impecável) e de alho poró. Se ficasse mais uma noite, também teria a de escarola. Como diz o Marcos, eu gosto de pizza de mato. João abriu um vinho e terminamos a noite assim.
Quando estiver em Ribeirão, dê uma passada na pizzaria da Rosa e do João, que fica na Rua Marechal Deodoro, 16. A pizza é muito boa, o lugar é lindo, com jardim iluminado e mesas ao ar livre, com preços bem camaradas quando comparados com São Paulo e ótima acessibilidade para cadeirantes. Os dois estão toda a noite por ali, quase sempre no caixa ou no salão. E se faltar garçom, João não se faz de rogado - veste o avental e vai te servir.
Veja também os endereços dos irmãos Rosana e Rômulo: www.ziototo.com.br
Jiló, só para os da casa. Sorry! |
A de brócolis. Nhac! |
Fiquei impressionada com o brilho do alumínio areado, como prata. |
Desta vez, Jaboticabas só estas da casa dos amigos. Mas, Jaboticabal, um dia eu volto com tempo pra te conhecer melhor! |
E R
12 comentários:
Ficou tudo com um aspeto formidável!
Beijinhos
Sacanagem... eu com um diet shake na mão e olhar pra essas delícias :(
Ai que vontade que dá! rsrsrs Neide, como assim mussarela de batata? Nunca ouvi falar nisso! Provavelmente aquelas que não derretem direito? Geralmente compro um pedaço de 500 g e o vendedor já corta lá dentro e embrulha em filme plástico, de modo que, para ver o rótulo, só se eu pedir antes a peça inteira para olhar. Por esta e por outras, tudo que posso fazer em casa, eu faço, boa parte com sua ajuda é claro.
Valeu, Neide, obrigado pela parte que me toca. Quando passarem por aqui, apareçam para conhecer nossa casa também, será um prazer!
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Um forte abraço,
Dário Dutra
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olá! gosto muito do blog e já li praticamente tudo sobre pães com fermentação natural que você postou. fiz um fermento natural de abacaxi e queria saber qual a quantidade em relação ao trigo para se fazer um pão. para 1kg de farinha de trigo, 200g de fermento natural seria o ideal? grato, Fabrício Finardi.
Eu também adoro pizzas "com mato". rúcula, escarola, agrião, almeirão, o que der eu coloco.. abraços !
Gilda,
deveria ter colocado entre aspas. Foi o próprio João que ironizou assim sobre as mussarelas de péssima qualidade que a gente vê por aí, que parecem ter farinha, batata ou qualquer outra coisa que não leite.
Rômulo,
foi uma pena a falta de tempo. Da próxima vez, vou sim conhecer a sua pizzaria.
Dário, obrigada! Que bom saber.
Fabrício, uns 300 g por quilo de farinha. Às vezes uso um pouco mais. Veja aqui: http://come-se.blogspot.com/2010/01/fermento-natural-desidratado.html
Wair, que bom saber que não estou só.
Um abraço,
N
Mulher passeadeira essa Neide, viu !!
Fiquei com vontade de ir pra Ribeirão.
O pior é que eu tinha uma desconfiança com alguns queijos, mas geralmente do tipo fresco ou meia cura, comprados na feira, de gente que tem sítio, vacas, mas não consegue produzir o queijo sempre igual. De vez em quando parece farinhento e eu fico tentando imaginar o motivo. Eles é que não vão contar! Mas vai ver a ironia do João tem algum fundamento. Obrigada por responder.
Sou de Ribeirão Preto e minha pizzaria preferida, entre tantas de ótima qualidade da cidade, é a Zio Totó. As pizzas de lá são fresquinhas, massa fininha crocante e o local é aconchegante. Minha preferida de lá é a marguerita.
Realmente, tanto a cantina quanto a pizzaria tem uma comida ótima. O detalhe, pra quem é um pouco impaciente, é que demora um pouquinho. Ontem mesmo pedi uma pizza prometida para 50 min, e só foi entregue depois de 1h e meia. O pior de tudo é que liguei, mas não ouvi nenhum pedido de desculpas ou algo parecido, o que me dá a impressão que isto é o padrão de atendimento, mesmo e que não estão muito preocupados com os clientes. Caso semelhante ocorreu uns 6 meses atrás. Uma pena.
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