Continuando
a viagem a Aracruz, no Espírito Santo, só queria mostrar um fato inédito: o encontro de jovens de 4 aldeias tupinikim que não se conheciam. O encontro foi promovido pela Kamboas Socioambiental, que me convidou. Os jovens, bonitos e musicais, levaram seus colchões, seus instrumentos e entraram num ônibus que os levou até a beira do rio que margeia a aldeia Comboios. Atravessaram o rio de barco, se instalaram nas salas da escola municipal e participaram de atividades integrativas. Nina Kam, da Kamboas, e eu, só chegamos no dia seguinte, domingo, quando os jovens já estavam integrados. Na cozinha da Kamboas, onde fiquei hospedada, preparamos o lanche que encerraria o encontro no domingo. Tentamos usar o máximo de ingredientes locais.
Acostumados a muito açúcar, não acharam muita graça no chá mate gelado com folhas de canela e limão que fizemos bem docinho - ainda assim devem ter achado fraco de açúcar. Disseram que a canela estava forte, mas desconfiamos do açúcar, já que a canela em folhas é mais delicada. Gostaram também da
torta de manga verde, do
creme de mandioca que cobrimos com doce de leite, e do
pão de abóbora com fermentação natural (sorte que levei meu levain na bolsa, como sempre faço). Agora o que adoraram mesmo foi o
bolo de abóbora com mandioca. Está certo que o cobrimos com chocolate porque eles gostam de doce e rejeitam o ácido, mas disseram que parecia bolo de cenoura. Não sobrou nada.
Bem, melhor ver as fotos:
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Era uma vez um bolo de abóbora |
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A torta e as outras comidas no porta-malas |
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A Aldeia Comboios é linda |
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Não dourou mas ficou bom!
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Dourou o que foi assado em panela com tampa |
2 comentários:
Infelizmente o paladar do ser humano dito civilizado está viciado em açúcar, gordura e sal em excesso. A gente até se esquece do sabor docinho das pessoas frutas maduras ou do amarguinho do café...É consequência do hábito e por que não, da preguiça de experimentar sabores novos.
Ops! O corretor de texto colocou 'pessoas' antes da palavra 'frutas'!...rs... mas com a correria do dia a dia a gente também esquece da doçura das pessoas, não é mesmo?
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