terça-feira, 13 de janeiro de 2015

É tempo de jambinho-cereja. Creme de araruta com compota de jambinho

Já falei do jambinho pink ou jambinho-cereja (Syzygium paniculatum) aqui e ali


A sobremesa acabou ficando dentro da geladeira esquecida, tantas eram as comidas do Reveillon, mas a  fiz para a festa. E no outro dia, a devoramos. Os jambinhos-pink têm sabor de rosas e foram colhidos daquela mesma árvore que já mostrei aqui, em Piracicaba. 
Para ganhar tons mais avermelhados, a compota (a receita está aqui) recebeu algumas gostas de limão. Como quis intensificar ainda mais a cor, juntei umas pétalas de hibisco seca. O sabor azedinho fez lembrar damascos e rosas. E me fez lembrar do creme árabe malabie, aromatizado com misk, coberto com compota de damasco e água de rosas. Então fiz tudo diferente. 

O creme, fiz com leite, creme de leite, pacová, açúcar e araruta - na verdade, um mingau perfumado (1 xícara de leite, 1 xícara de creme de leite, 4 colheres (sopa) de polvilho de araruta, açúcar a gosto, uma pitada de sal - tudo batido e engrossado no fogo com algumas sementes de pacová socadas). Para a compota, tirei as sementes do jambinho e cozinhei as frutas numa calda rala de açúcar à qual juntei umas pétalas de hibisco (fruto da vinagreira) gotas de limão e, no final, algumas colheradas de água de for de laranjeira (ou a gosto).  Despejei o creme e a compota por cima e deixei gelar. 

Lembrou um pouco o misk a presença do pacová de sabor resinoso. E a araruta deixa o creme macio, não de cortar como aconteceria com a maisena. Mas, claro, você pode fazer um creme do seu jeito e servir com a compota de jambinho, caso tenha uma árvore por perto - já que não vai encontrar as frutas à venda por aí. Ou comer os jambinhos direto do pé se não quiser ter trabalho. Uma delícia, de qualquer jeito. 







10 comentários:

Diego Manoel disse...

Aqui só vejo jambo roxo, queria muito provar outros tipos de jambo, parte da infância era passar o dia na casa da vó comendo jambo roxo e goiaba, quando não tinha o fruto do jambeiro, comíamos a flor, que as vezes tinha uma espécie de mel dentro! :D

Guibro disse...

Jambo é amor S2. Mas só conheço o jambo roxo, e mesmo assim é uma raridade!

Mariana disse...

Boa tarde Neide, eu não encontro araruta a muito tempo em Curitiba, e por onde procurei me falaram que acham difícil voltar a vender. Onde você conseguiu? Obrigada.

Neide Rigo disse...

Diego,
procure no viveiro Ciprest - tem link aí do lado.

Guibro, fique de olho nas ruas.

Mariana, quem me deu foi o Wagner Finotti, um produtor de Uberlândia-MG que cultiva a planta e vende o polvilho de araruta em sua página do facebook “chacaraparadisouberlandia”. Pedro Coni, do recôncavo baiano também vende por email (saboresdeararutas@gmail.com) e entrega por correio. Ambos produtores vendem ainda mudas para quem quiser cultivar.

Um abraço,n




Juni disse...

Oi Neide, acredita que encontrei jambo rosa para comprar? Fiz uma compota deliciosa...
Obrigada por compartilhar sua receita conosco. Beijos.

Juni disse...

Oi Neide, acredita que encontrei jambo rosa para comprar? Fiz uma compota deliciosa...
Obrigada por compartilhar sua receita conosco. Beijos.

Joyce Martins disse...

Nunca comi esse jambinho cereja, vc me atiçou a curiosidade...

Mariana disse...

Neide, obrigada pelas informações.
Abraço

Anônimo disse...

Comprei muda de jambinho na CATI (Secretaria da Agricultura) de São Bento do Sapucaí. A maioria das mudas ofertadas custa 3,00 reais.

Unknown disse...

Achei 2 árvores de jambinho cascata na Tuiuti em Tatuapé-São Paulo, colhi para provar depois claro de pesquisar para ver se era comestível, pois passei por ela e achei linda, aí pesquisei e descobri que é rara aqui no Brasil e que veio da Austrália. Delícia.