São destes inhames que estou falando. Mais corretamente, taros. E tanto faz o tamanho ou a cor, são taros, do gênero Colocasia. Mas se usar o inhame-do-norte ou cará (Dioscorea), também vai funcionar
Os que usei são estes que tem lá em Fartura, que podem chegar a 5 quilos! Taros podem ser brancos, rosados ou totalmente roxos, mas estes são só ligeiramente arroxeados. Para fazer este pão, misturei a receita de um pão de taro que já dei aqui com a do pãozinho de cará (que virou também pãezinhos de mandioca). Como a família era grande no fim de semana, dobrei a receita do pãozinho e, como não tinha pressa, mantive a quantidade de fermento, para que crescesse mais devagar. Deu no que aqui está (e, no próximo post, o macarrão de taro do jantar de ontem - ou o pão de batata-doce que acaba de sair do forno?)
Pão de taro (ou, que seja, pão de inhame)
1 envelope ou 1 colher (sopa) de fermento biológico seco
3 colheres (sopa) de água
2 xícaras de leite (480 ml)
2 ovos
3 colheres (sopa) de açúcar - rasas
1 colher (sopa) de sal - rasas
700 g de taro cozido e amassado, frio
Cerca de 1 quilo de farinha de trigo (a quantidade pode ser maior e variar de acordo com o teor de umidade do taro)
100 g de manteiga em ponto de pomada (ou gelada, ralada no ralo grosso)
Leite para pincelar e queijo ralado para polvilhar (opcional)
Misture o fermento com a água e deixe hidratar por uns 5 minutos. Coloque no liquidificador o fermento, o leite, os ovos, o açúcar, o sal e bata. Junte aos poucos o inhame cozido. Bata até virar um creme grosso. Coloque numa bacia esta mistura e vá juntando farinha de trigo aos poucos, mexendo sempre com uma colher de pau. Quando ficar difícil de mexer, comece a sovar com as mãos, juntando mais farinha até conseguir uma massa lisa que não grude mais nas mãos. Junte a manteiga em pedacinhos e sove para homogeneizar a massa. Se precisar, acrescente mais farinha - o resultado é uma massa flexível e lisa. Cubra com plástico e deixe a massa crescer até dobrar de volume. Passe a massa para uma superfície enfarinhada e divida em quatro porções. Modele os pães em cilindro e coloque-os, deixando espaço, numa forma untada e enfarinhada. Deixe crescer mais um pouco. Se quiser, pincele leite nos pães e espalhe por cima queijo provolone ralado grosso. Leve ao forno pré-aquecido à temperatura alta e deixe assar por 10 minutos. Abaixe a temperatura e deixe assar por mais 50 minutos hora ou até que fiquem dourados.
Rende: 4 pães
E nhac! Veja também
Neide, o fermento biológico seco que usa é aquele comprado em envelopinho no supermercado?
ResponderExcluirEu sempre o misturo à farinha e nunca hidratei, segundo orientações do fabricante. Daí minha dúvida.
Obrigada.
Ana Maria
Adoro inhame Neide, principalmente em purê!! Mas nunca tinha visto tão grande...
ResponderExcluirVou testar a receita quando puder.
bjs
Ana, é este mesmo. Eu prefiro hidratar antes, assim ele não corre o risco de entrar em contato com alguma gordura - do leite, por exemplo, que forma uma capsula impedindo sua dissolução. Tente dissolvê-lo em óleo para ver.
ResponderExcluirAndréa,
espero que goste.
Um abraço,
N
Olá, Neide! Acabo de comprar os carás, mas queria um pão integral. Tenho farinha de trigo integral, farinha de centeio, aveia e farinha de linhaça. Dá pra dar uma misturada dessas com a branca? Que proporções você sugere? Outra coisa off-topic: ganhei o soro do pão de Jesus, mas achei que o pão ficou azedinho. Sei que vc entende disso... me diga, esse pão é azedinho mesmo? Abração, mestra!
ResponderExcluirLivia, pode usar estas outras farinhas, sim. Sugiro meio quilo de farinha branca e o restante dividido assim: 200 g de centeio, 200 g de farinha integral, 50 g de linhaça e 50 g de aveia (depois de moldados os pães, pode molhar a superfície deles e rolar numa mistura de aveia e linhaça. Deixe crescer e leve para assar. Depois me conte. Quanto ao fermento de Cristo, é um fermento natural como qualquer outro, só que conservado com mais água. Sugiro que diminua a água, coloque mais farinha e não tempere com sal ou açúcar - só faça um mingau grosso com ele e renove parte dele pelo menos umas três vezes antes de usar - deverá, assim, ficar mais suave, embora uma certa acidez seja normal.
ResponderExcluirUm abraço, N
Neide, achei o seu blog quando estava buscando um modo de usar o meu inhame (um achado nestas latitudes)... Amei as suas receitas e toda essa 'brasilianidade' que me faz tanta falta por aqui. O seu blog é uma viajem no tempo da minha infância e confesso que passei da hora de dormir explorando o que vi, mas tenho certeza que vou passar muitas outras horas entre cores e sabores do nosso querido Brasil por aqui. OBRIGADA! Aqui o link da minha tentativa do pão sem glúten com farinhas de quinoa e millet que se acham por aqui. Vou tentar várias outras receitas suas com certeza, virou ponto de referência...
ResponderExcluirObrigada por trazer o calor do Brasil para a nossa casa. Beijos frios e molhados de Londres...
Faltou o nome no comentário anterior, desculpa, sou a Ana.
ResponderExcluirE faltou o link! ;-) está tarde aqui...
ResponderExcluirhttp://badgluten.tumblr.com/post/68808004481/taro-millet-and-quinoa-bread
Ana
Oi, Ana!
ResponderExcluirSeja bem-vinda, então. Que bom que gostou. Adorei a receita do seu pão de milhete com taro. Parabéns. Um abraço,n
Olá Neide, estava a procura de receitas com inhame e achei seu blog,adorei!!! Gostaria de saber se naquela receita de Pão eu posso substituir a far. de trigo pela far.de arroz?Aguardo sua resposta.
ResponderExcluirAbraços Ana Claudia
Como a família era grande no fim de semana, elite torrent dobrei a receita do pãozinho e!
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