Na última quinta-feira que escrevi aqui, antes de ir ao Acre, mostrei a tapioca molhada no leite de coco. Então, já não preciso mais falar dela. Também não preciso mais ensinar como se faz a tapioca. Quem vem acompanhando o Come-se, acho que já sabe. De qualquer forma, já mostrei aqui e acolá (com filminho). Nos dois posts mostro como hidratar o polvilho doce (goma seca) e fazer na hora (500 g de polvilho para 250 a 300 ml de água), mas exige muito mais prática para chegar ao ponto certo. Ando preferindo hidratar o polvilho, escorrer a água e secar com pano. Não tem erro. O jeito de fazer está lá no post da tapioca molhada.
Lá em Acrelândia, dei uma oficina para algumas merendeiras que trabalham na zona rural. Quis mostrar que com ingredientes locais era possível fazer algumas combinações interessantes. Entre as poucas coisas que mostrei nesta oficina (pão com banana-da-terra e castanhas, salada de papaia verde e vários sucos com carambola e tamarindo), resolvi de última hora incrementar aquelas tapiocas molhadas com a banana-da-terra, farta por lá, conhecida como banana comprida. E, claro, usei folhas de bananeira (sim, saí pelas ruas, carregando enormes folhas e, como diz minha amiga Lili, andar pelas ruas carregando folhas de bananeira é quase o mesmo que andar nua). Cozinhei as bananas inteiras até que as castas partissem, esperei esfriar e cortei de comprido em quatro. Fiz as tapiocas normalmente, umedeci com o leite com coco temperado com açúcar e erva-doce e enrolei sobre o pedaço de banana. Aí foi só envolver a tapioca com a folha de bananeira limpa e sapecada, cortar as beiradas, fazer rodelinhas, colocar numa bacia forrada de folha e nhac! Foi um sucesso, não sobrou nada. Nosso sushi tupiniquim.
Mas descobri com o erro: para ficar mais fácil na hora de cortar, de modo que o anel de folha fique envolvendo a rodela de tapioca, o melhor é colocar a folha com as riscas perpendiculares à posição da tapioca, assim ela não se rompe. Diferente, então, do que se vê na foto.
poxa, morri de vontade de comer esta tapioca. mas não sei se sou capaz de fazer isto nem mesmo de achar banana da terra por aqui... ai que vontade...
ResponderExcluirOi Neide,
ResponderExcluirque bom q.voltou a colocar suas cronicas no blog.Para mim é uma maneira de matar saudades daí.Adorei photos de Acrelandia e Rio Branco,como as estórias tb.Tento vez ou outra fazer alguma receita sua,mas sou um desastre na cozinha,mas lendo materia do tucupi,com os corantes,consegui procurando no seu blog,fazer o oleo de urucum!!! Reportagem na revista "Saveur" em Marajó já saiu?
Acredita que nunca vi uma banana da terra por aqui? uma das coisas boas da vida é chip de banana da terra, fritinho,seco, e não há! Uma pena.
ResponderExcluirOi Eu queria muito saber como se faz aquela tapioca que fica bem soltinha com leite de coco e e coco, sei que tem uma folha de bananeira, mas queria saber se na hora de fazer na frigideira tem que colocar a folha da bananeira na frigideira e a a massa da tapioca em cima da folha de bananeira e assar em cima dela ou se colocar depois de feita na folha da bananeira e depois que molha com o leite de coco. por favor me passa essa receita passo-a passo. Maninha. meu
ResponderExcluire-mail maninhafla@hotmailcom
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