A cozinheira e sua cozinha colorida, impossível não fotografar Ontem, dia de São José, foi dia de plantar o milho e, coincidentemente, dia de oficina de tortillas na Casa dos Cariris, com a mexicana Lourdes Hernandez Fuentes. O amigo Alcino, da Chapada Diamantina chamou para a aula e eu não podia deixar passar a oportunidade de conhecer a famosa casa e, claro, o prazer de ouvir a Lourdes falar em português fluente com sotaque mexicano gostoso. E que fluência e inteligência tem esta mulher! De fazer inveja a gente lerda de pensamento e fala como eu. Mais mesmo de se admirar. Fizemos tortilhas com farinha de milho nixtamalizada (amolecidos e livres da pele depois de cocção e demolho em solução alcalina), aquecemos outras já prontas e montamos de várias formas. Uma confusão danada de nomes que nem ouso aqui repetir. Acho que antes preciso ter na ponta da língua nossos tipos de beiju além do popular e delicioso beiju-de-tapioca: beiju-açu, o ticanga, o beiju-cica, o curadá e outros que me fogem. Beijus e tortilhas têm em comum isto: se dobrados de um jeito recebem um nome; enrolados já são outra coisa; se é maior, menor, mais úmido, mais torrado, assim, assado. Cada qual tem um nome. E viva a diversidade.
Farinha pronta com milho nixtamalizado e prensa para tortillas
Tortillas com murinho feito à unha, para acomodar o recheio de feijão etc. É chamada Sope.
Com abacate e molho de pimentas
Grupo bom no sentido horário: Rony, do Obá; Vinícius, vencedor do prêmio Senac de jovens talentos e que está indo pra Suíça; Bela, do Amadeus; Lurdes; eu; Ana Luíza, do Dui, que Bel Coelho abrirá no final de abril no espaço do ex-Siriúba; Carla e Alcino, da Estalagem Alcino.
Quesadilla
Emolada - com mole delicioso: pimentas, chocolate e, nesta receita da Lourdes, também amêndoas. O melhor da noite.
Salada de água: água de jamaica, suco de laranja, alface americana, maçã, banana, goiaba, beterraba. Como um ponche não-alcoolico é servido na semana anterior à sexta-feira da Paixão e, sendo Lourdes, representa o coração da virgem sangrado pelo sofrimento do filho.
Para saber mais sobre a nixtamalização do milho www.fao.org/docrep/t0395e/t0395e05.htm
Caramba! Recebi o e-mail e ia reservar com a Lourdes, mas tinha marcado uma Degustação de Histórias na Livraria da Vila. Pelo visto, foi bastante divertido. Se bem que esta sessão estava com cara de privé !
ResponderExcluirFica pra próxima !
Abs.
A oficina é aberta ao público? Como participar? E desta farinha, onde achamos dela aqui em São Paulo? Alguma dica?
ResponderExcluirAbs!
Oi, Eduardo,
ResponderExcluirque pena que não foi. Foi uma oficina pequena com gente legal. Vocês completariam o time.
Armazém: segundo a Lourdes, ainda não temos desta farinha por aqui. Só mesmo trazendo do México.
Um abraço,
N
Olá Neide,
ResponderExcluirComo não temos dessa farinha por aqui, eu faço da seguinte forma:
pego milho amarelo para canjica, deixo de molho com uma colher rasa de cal; no dia seguinte, lavo o milho e cozinho. Passo numa peneira para retirar o excesso de água e, ainda quente, passo na máquina (aquelas de moer carne); Faço pequenas bolas e abro entre dois plásticos e asso em chapa quente. Não fica nada a dever para aquelas que encontramos na feirinha de Curitiba (Centro Histórico).
um abraço
Felicidades por tus clases, por tus sopes y tus tortillas. Lindas las fotos de la cocina de Lourdes.
ResponderExcluirUn abrazo fraterno
De onde vem o nome da OFICINA ?
ResponderExcluir"CASA DOS CARIRIS"???Por que "Cariris"
JAT
OI eu gostaria de saber se voce pode me dar a receita de tortilla com o fuba de canjica
ResponderExcluirmuito obrigado
meu nome é jessica
Jessy, simplesmente coloquei água no fubá de canjica até formar uma massa flexível que deve ser aberta na prensa, entre duas folhas de plástico. E uma pitada de sal. Só.
ResponderExcluirUm abraço, N