Não tínhamos programado nada para o domingo, mas o dia nasceu bonito e inspirador para um passeio no campo. E, lá pelas 11, como o céu insistisse em permanecer azul e iluminado e como a casa, de pernas pro ar por causa da reforma, resolvemos ligar para a Marisa Ono, do blog Delícias e do alho negro, aceitando o convite para conhecer o sítio em Ibiúna. Assim mesmo, sem combinação, avisando que não era pra se preocupar com o almoço, que chegaríamos depois, que tínhamos acabado de comer etc. Fiquei feliz quando ela disse que de domingo não tinha mesmo almoço, só umas comidas de boteco e que deveríamos ir. Mal chegamos e dona Margareth, mãe da Marisa, já foi tirando empadinhas de palmito do forno, que comemos com refrigerante bem gelado na mesa da cozinha. Depois vieram pasteis de queijo e de camarão estalando crocantes e cheirosos, que dona Margareth fritou e colocou numa cestinha forrada de guardanapos, bem estilo bar. Andamos, conhecemos a horta com mostardas, alfaces, jambus, ervilhas e até aspargos. E as vaquinhas que dão leite para o queijo e a manteiga. E o galpão onde ficam maturando os alhos negros; o pé da laranja da terra; os baldes com as cascas desta laranja de molho para a compota e o lago ondem pescam traíras. De volta à mesa da cozinha, tomamos café e comemos um bolo delicioso com massa de bomba (segundo Marisa, bomba de preguiçoso), com recheio de morango. Eita japas que cozinham bem! Felizmente, a receita do doce já está no Delícias.
Marisa e sua torta de morangos - impossível comer só um pedaço! Na volta para casa, foi como se eu arrumasse uma mãe japonesa. Dona Margareth, querida, arrumou mostardas fresquinhas em sacolas, além de vários pés de alface e até serralha. E não parava de acrescentar coisas, muitas das quais só descobri quando cheguei em casa: duas traíras grandes congeladas, okara (resíduo de soja), mandioca cozida e congelada, conserva de pimenta em vodka, conserva de pimenta em sal, um vidro de antepasto de berinjela, queijo mussarela e queijo prato, tomates e tomatinhos, ervilha crocante, cuja vagem é doce e dá pra comer crua, jambu para plantar, goiabada cremosa e... certamente estou esquecendo itens. Fiquei sem saber como agradecer o carinho da recepção e tantos presentes - pelo menos posso fazer aqui propaganda do alho negro, já que tudo o mais é só para os amigos. Então, se tiverem que comprar alho negro, que seja o da Marisa. E se não tiverem que comprar alho negro, compre ao menos para experimentar. Você vai achar que não pode mais viver sem ter uma reserva deles na geladeira.
Mais sobre o alho negro, você pode ver no site: http://marisaono.com/alho_negro/ . Também já dei receitas de alho negro aqui:
Mentira! Você comeu só um pedaço da torta da preguiçosa aqui.
ResponderExcluirMas se ficasse mais meia hora, dona M tiraria o trilobita e o tigre de dentes de sabre do "frízi"... Ela é assim, sempre tem estoque de tudo, no caso de uma hecatombe nuclear.
Foi um domingo tão bom! Faltou tempo para a caminhada no meio do mato, mas da próxima vez, venham com mais calma.
"Passeio no campo" é tão Machado de Assis! Me deu uma invejazinha desse domingo mais que bom!
ResponderExcluirBjs
bem aquela música: 'eu quero uma casa no campo...'
ResponderExcluirFaltou postar fotos de todos vcs
bjs
madoka