▼
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Inhame com carne seca. Ou camarão, ou frango..
Aquele inhame/ taro enorme que veio de Fartura ainda esperava sua vez na cesta de legumes, até que ontem me lembrei da lembrança da Nina Horta que me contou ter comido ou visto ou ouvido dizer, isto não me lembro, uma rodela deste inhame gigante posta cozida num prato, e ele ocupava quase todo o prato, coberta com alguma coisa que eu não me lembro se ela não se lembrava ou eu já me esqueci, se era um refogadinho de lagosta, camarão, frango, carne desfiada, carne seca, sei lá. Acho que com qualquer destas delícias fica bom. Adorei a ideia de não precisar fazer um purê, um creme, um mingau, uma musseline, nem nada. Só mesmo o inhame lilaz ali presençoso, temperado pela natureza e moldado em pastinha macia, cremosa, de sabor delicado. Optei pela carne seca que já tinha cozida e desfiada no freezer para estas horas de aperto. Cozinhei até ficar macia a rodela de inhame em água, sal e umas folhinhas de alfavaca. Deixei a casca que pode ser comida ou descartada na hora de comer. Mas também não sei se foi assim que a Nina comeu, viu ou pensou. Escorri, coloquei no prato e distribui o refogado por cima. A receita da carne seca está aqui. Outros inhames desta mesma leva renderam macarrão, pão, etc (se procurar, aí na caixa de busca, por taro ou inhame, achará mais receitas)
8 comentários:
Obrigada por comentar. Se você não tem um blog nem um endereço gmail, dá para comentar mesmo assim: É só marcar "comentar como anônimo" logo abaixo da caixa de comentários. Mas, por favor, assine seu nome para eu saber quem você é. Se quiser uma resposta particular, escreva para meu email: neide.rigo@gmail.com. Obrigada, Neide
Ai Neide, isso não é um blog.
ResponderExcluirÉ uma epifania de momentos que seu carinho e suas receitas chegam até nós pelas palavras mas se fazem muito mais presentes: sentimos o cheiro, o cuidado, os movimentos pela cozinha e a hora sagrada de comer o que foi feito assim dessa maneira.
Conversa na cozinha, música tocando ao longe chegando pela porta aberta e pessoas queridas chegando.
Aberto: o coração, o sorriso, o silêncio e os braços.
Gosto demais de inhame/taro, e esta ideia tao simples parece tao sofisticada. Adorei.
ResponderExcluirShow de blog, me deliciei com os posts de piquenique. Voltarei mais vezes!
ResponderExcluirAh,Luiz, quanta saudade. Obrigada pelas palavras sempre tão sensíveis!
ResponderExcluirOdete, então experimente assim. Uma delícia!
Mônica, volte sempre.
Um abraço, N
Neide, aqui em Águas da Prata,acho na feira inhames enormes.De início achei que os feirantes estavam querendo me vender cará como se fosse inhame.Mas pela sua foto parece um inhame grande mesmo.Comi muito inhame quando criança.Minha mãe dizia que fazia bem para a pele.Pelo sim,pelo não, tenho uma pele boa. Agora,com relação ao cará,não sei se você concorda,mas para mim o gosto dele lembra o da carne.
ResponderExcluirPresençoso...bela palavra!
ResponderExcluirVocê faz poesia com comida, a tornar mais suculenta. Parabéns.
Lieko
Leitores do Come-se, descobri como era. Se quiserem experimentar...
ResponderExcluire Nina Horta
para Neide Rigo - data 24 de junho de 2010 21:31
assunto nhame-uhm
Neide, quando gosto de uma coisa não me esqueço mais. Adorei este inhame, era assim mesmo, um pocochito mais magro (mas, também, quem conseguiria um inhame tão gordo?) Quem fez foi a Ina, que hoje é dona do Mestiço, mas ainda não era. Por cima era um camarão ensopado, mas acho que tipo baiano, dendê, coentro, estas coisas. Era uma mistura muito boa.... Bom, tenho certeza que era com dendê e baianices, porque é o único jeito de que gosto de camarão. Agora, de inhame gosto de qualquer jeito e todo dia.
Bicotas. Nina
Dalva, nunca reparei neste gosto de carne. Vou prestar atenção.
ResponderExcluirPatrícia, é a própria comida que faz isto!
Beijos, N