Com tudo a que tenho direito: aqui, com pão e geléia de tangerina feitos pela mãe. E ainda uma camadinha de manteiga, que é para o pai não ficar enciumado.
As vaquinhas lá do sítio em Fartura são apenas para o laticínio do dia-a-dia: o leite gordo tirado pelo Seu Dito; a manteiga com gosto de queijo francês, especialidade do meu pai; e o queijo delicado feito com o leite cru e ainda morno, especialidade da minha mãe. Com pão e geléia ou simplesmente acompanhado de uma xícara de café recém-moído cultivado pelo meu pai, não preciso dizer mais nada sobre este queijo, que desta vez estava especialmente bom. E vamos à receita, para quem tem a felicidade de ter umas vaquinhas no fundo do quintal ou que possa comprar leite cru de boa qualidade.
Queijo fresco
6 litros de leite integral sem ferver - morno ou recém-ordenhado
1 colher (sopa) de sal bem cheia
1 tampa de coalho Estrela diluído em 60 ml de água morna
Numa tigela de aço inoxidável ou num caldeirão, misture bem o leite com o sal. Junte o coalho diluído e mexa bastante para uniformizar a mistura. Deixe repousar até que a mistura fique coagulada (de 45 minutos a 1 hora). Corte o soro delicadamente com uma colher de pau até resultar em grãos de coágulos bem pequenos (cerca de 0,5 cm). Passe os coágulos por um escorredor com furos menores que eles, como este da foto. Vá virando com a colher, com cuidado, para que escorram bem sem ficar esmigalhados. Passe o soro escorrido para um aro de queijo sobre uma tábua meio inclinada, apertando bem com as mãos. Vire a forma e pressione do outro lado. Vire novamente, agora sobre um escorredor ou uma superfície furada apoiada em um prato, para que escorra bem o soro. Deixe assim por 1 hora. Vire e leve para a geladeira. Deixe até o outro dia. Escorra bem e sirva. Não deixe juntar soro no prato, pois pode azedar. Se for preciso, apoie o queijo sobre um pedaço de pano bem limpo. E nhac.
Uma narrativa bem idilica. Prefiro mto mais esta vida simples do campo do q. a loucura da cidade grande. A gente n/ precisa de mta coisa p/ viver bem. O caso e q. mtas vezes nos andamos em voltas a procura de prazeres fulgazes qdo a felicidade esta mesmo nas coisas mais simples e proximas da gente.
ResponderExcluirAdooooro o seu blog.
Milza
Um dia, acho que vou morar numa cidadezinha similar a Fartura rs.
ResponderExcluirNeide, vc que trabalha com tantas gostosuras pra todo lado, como mantém a forma...
madoka
Neide, saiu "ácido inoxidável" hihiihihi
ResponderExcluirUau Neide, que saudades que deu daquele gostinho! Bj
ResponderExcluirEita belezura.. que saudades do tempo em que vivia no sítio.
ResponderExcluirNeide,
ResponderExcluirEstes seus posts de Fartura me dão saudades de um lugar que eu não conheço...
beijo
Que delícia tudo isso: Fartura, vaquinhas, queijo, manteiga, geléia... ai ai...
ResponderExcluirMilza, obrigada. É isto mesmo, a gente precisa de tão pouco pra ser feliz. Mas também a gente gosta de complicar.
ResponderExcluirMadoka, numa cidade como Fartura nem tudo são flores, mas a vida, sem dúvida, segue mais calmamente e isto é bom.
Leo, obrigada pela correção. Ácido tem mais a ver com comida, né? ato falho. Havia esquecido também do sal. Já arrumei lá.
Inês, já sabe o caminho...
Maria e Nina, eu nunca vivi, mas também morro de saudade quando volto de lá.
Flavia, nem me fale...
a inveja é uma m. já diziam. E eu digo que é um inferno querer comer queijo branco e não poder.
ResponderExcluirC.
Minha avó e minha mãe sempre fazem esse queijo na fazenda. Pena que é tão longe de onde eu moro. Minha mãe de vez em quando coloca ervas e pimentas no queijo. Também fica muito gostoso, pra comer como aperitivo. Quando vou visitá-los, minha mãe sempre me dá um saquinho com o queijo ralado e curado, muito bom pra pão-de-queijo. Minha avó me ensinou a fazer a manteiga como o seu pai, quando eu ainda era criança. Eu achava divertido bater a nata pra ela. Minha avó colocava pedra de gelo pra bater a massa à mão. Que lembrança gostosa!
ResponderExcluirQuerida Neide:
ResponderExcluirFiquei babando com esse queijinho, a manteiga, o pão e o café!!! Nossa!!! voei pra Fartura e me fartei imaginando que estava lá!
Como dizia Manuel Bandeira, "quero a delícia das coisas simples".
E é por isso que amo tanto esse meu viver no mato.
xero, de coração, dessa admiradora!
Claudia, eu imagino.
ResponderExcluirRhayssa, bom truque o do gelo.
Adriana, que saudade! Bom te sentir por aqui, mesmo estando aí tão distante neste paraíso que também quero um dia conhecer.
beijos,N
Nossa, que coisa fantástica. Pessoa de sorte, vc, viu? Que lugar maravilhoso!
ResponderExcluirAh, e já sei da onde vem tanto talento! É genético!
:D
beijos
Neide,
ResponderExcluirEsse pão com geleia e queijo fresco faz as delícias de qualquer um, ainda por cima tendo a sorte de ter os produtos genuínos da terra e as mãos sábias que os ajudaram a produzir. Que pena eu tenho de viver na cidade e não ter raízes no campo há muito.
Um beijinho
Moira
Passando por aqui e me deparei com este divino e maravilhoso queijo...parece fácil...para eles...todas as coisas caseiras parecem ser mais apetitosas nham nham nham!!
ResponderExcluirPaula
Olá, Neide. Tudo bem? Sou a Cecília e trabalho na Edelman, que é a agência de comunicação da Jorge Zahar Editor. Me deparei com o seu blog buscando por assuntos ligados à gastronomia e nutrição.Informações bastante ricas e explicativas. Um abraço
ResponderExcluirOi Neide, aqui nos EUA eu posso encontrar leite cru, sem ser pasterizado, de uma fazenda proxima daqui. Mas nao sei como achar coalho estrela... sera que eh a mesma coisa de "vegetable rennet"? Obrigada, Adriana
ResponderExcluirOi, Adriana,
ResponderExcluirSe não me engano, o coalho Estrela é feito à base da enzima renina, animal. Mas, acho que este que você menciona é uma versão vegetal que produz o mesmo efeito - coagula as proteínas. E tudo bem.
Espero que dê certo.
Um abraço, N
Obrigadinha, vou tentar fazer.
ResponderExcluirAdriana
Oi Neide, dá para fazer o queijo com leite de caixinha integral ?
ResponderExcluirMarcos.
oi Neide meu nome é Luis sou de São Carlos-SP e estou aprendendo com vc, OBRIGADUUUUU
ResponderExcluirjá aprendi fazer a Lingua ao vinagrete, osso-buco no vinho seco, bucho no vinho e etccccccccccc