Esta arara, ou melhor, este araro é domesticado e já deve ter sido mostrado aqui pois é velho conhecido. Ele não vai com a minha cara, mas estranhamente dança quando eu lhe canto musiquinha "atirei no gato". Na fazenda São Jerônimo, onde fiquei hospedada, há muitos bichos e alguns deles foram deixados pelo Ibama, caso do araro, porque se há um lugar em Soure que preserva bichos e floresta é esta fazenda, de propriedade dos meus amigos Dona Jerônima e Seu Brito. Já fui pra lá seis vezes e sempre estou a descobrir novidades. A fazenda, além de produzir coco - tem ali em sistema de agrofloresta 10 mil coqueiros-, tem finalidades turísticas. Todos os dias chegam grupos, geralmente de estrangeiros porque brasileiro gosta mesmo é de viajar pra fora, para conhecer a trilha de 300 metros que passa por dentro de um manguezal. Antes, anda-se uns dois quilômetros no lombo de búfalos mansos. Chega-se numa praia particular lindíssima e depois volta de barquinho a remo em total silêncio pelo igarapé que na vazante vira uma trilha para se andar a pé. Não dá pra descrever o prazer que é fazer este percurso.
O Marajó é
comandado pelas águas (já falei sobre isto também aqui quando mostrei como é
despescar o curral) Então, tem gente que liga querendo passeio mas quer ditar o horário. - Ah, tem que ser mais cedo porque eu tenho compromisso depois. Nada disso, o horário quem diz é a água. É a ditadura da água e não tem conversa. Ali todo mundo sabe o horário da água cheia que varia de acordo com a lua e com a estação do ano. Eu acho complicadíssimo tudo isto, por isto apenas respeito. Se o passeio está marcado para as 11 é porque é possível seguir por trilha seca com búfalo e voltar de canoa pelo caminho que estava seco e virou rio na hora da volta. E os bichos vão aparecendo aqui e ali, no caminho, na floresta, na estrada, no redor de casa. Bicho que é larva, que trabalha, dá o que comer, acaba com a roça, que voa, que rouba comida, que derruba as pupunhas, que cavouca as mandiocas, arranca banana, late, mia, fura goiaba, come os menores, morde a gente, corre atrás, chupa sangue, envenena. E até fala, como é o caso da arara.
Então, antes de eu falar de comida, só para você se situar (e recomendo também o texto da água linkado aí em cima), veja os bichos fotografados em Soure e em Cachoeira do Arari.
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Garças |
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Gavião |
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Gavião pedrez |
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Anu preto |
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Gavião |
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Gavião |
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Maguari - Ciconia maguari (nossa cegonha) |
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Marrecos |
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Bicho do tucumã |
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Inseto colorido |
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Ele se escondeu ou foi embora. Mas isto aí já foi casa de turu |
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Cotia veio roubar frutas |
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Caba se acaba na goiaba |
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Não sei |
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Curucaca |
Ai que medo, eu tenho da caba!
ResponderExcluirOlá, Neide
ResponderExcluirEsse "não sei" parece a nossa cegonha europeia. Nunca ouvi que houvesse cegonhas (Ciconia) nas Américas.
Mas parece mesmo!
Um abraço
Manuela Soares
Nice Page and update. i like blogwalking
ResponderExcluirnice page and i like all of images :D
ResponderExcluirLili, eu também!
ResponderExcluirManuela, está aí a dica. Pronto, descobri nossa cegonha das Américas: Maguari - Ciconia maguari. Já arrumei a legenda. Super obrigada.
Bj,n
Bom dia Neide, eu sei que esta um pouco atrasado esse meu comentário, mas, mesmo assim, esse "não sei" é o Quero-quero (Vanellus chilensis), ave símbolo do Rio Grande do Sul. Abraços, Thiago. http://www.wikiaves.com.br/quero-quero
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