Alice com uma de suas peças |
Palha densa |
Palhas com cores naturais |
Grãos coloridos e resistentes |
O milho plantado atualmente tem pouca proteção de palha. Com um pequeno rasgo se chega facilmente à espiga, o que não acontece com o milho crioulo. O que vale para o milho moderno é ter alta produtividade em grãos, com pouca palha - que tem coloração uniforme. Mas, além da quantidade de palha no milho crioulo, a diversidade de nuanças destas palhas é fundamental no estilo das peças tramadas para formar desenhos em tonalidades diferentes. Laranja, vinho, marrom, amarelo, são as cores que dão vida às peças.
Agora, cestarias, artesanato, o que importam? E quanto aos bichos, bem, pra que servem defensivos, afinal? Proteção natural deixou de importar. Um dia, quem sabe, quando todas as pragas forem resistentes a defensivos tóxicos, vamos voltar a dar valor às artimanhas da natureza. Por enquanto, o que se faz é ir destampando um santo para tampar outro, lutando para manter o frágil equilíbrio forjado ao longo de séculos de seleção natural, lidando agora com os efeitos colaterais. Tudo para aumentar a produtividade. A que custo e até quando? A buva, por exemplo (por sinal, gostosa e erva apimentada), que infesta pastos e roças de milho, já não sucumbe aos herbicidas nas dosagens recomendadas, exigindo uma carga maior, com impacto ambiental incalculável. Ao mesmo tempo, as abelhas, fundamentais na polinização das plantas alimentícias, grãos e frutos, estão sendo dizimadas rapidamente pelo excesso de agrotóxicos, entre outros fatores.
Farinha feita com os milhos coloridos |
Milho do meu avô |
Muito legal o post, gostei! Nunca tinha visto um milho vermelho, mas nessa vida a gente tem estar preparado para tudo! rsrsrs
ResponderExcluirObrigado!
Parabéns pela matéria, fico feliz que ainda podemos recorrer a essas artesãs para perpetuar as nossas sementes caboclas que e cada dia ficam mais raras!!! Fico feliz de poder conhecer um pouco da realidade de vários locais de nosso país!
ResponderExcluirAbraço,
Vera
Neide, por falar em a maioria mulheres, já viu o video que está no youtube, narrado pela Lia Luft sobre uma comunidade chamada Noiva do Cordeiro, aqui em Minas? Se puder, dê uma olhada! bjs e saudades.
ResponderExcluirNossa Neide! Me lembrei da minha infância rodeada dos produtos que papai plantava e o milho era um deles,ele era utilizado na alimentação dos animais e dos filhos também e nós( filhos) íamos ajudar a descascar e debulhar o milho! E com a palha fazíamos de relógio até bonecas, que tempo bom!
ResponderExcluirObrigada por me fazer viajar nas lembranças.
Bjs
Oi Neide,
ResponderExcluirvou usar teu blog para agradecer a Angela, pela dica do video sobre a comunidade de "Noivas do Cordeiro"
Acabei de ver o video e fiquei emocionada em conhecer a estória desta comunidade. Engraçado que ontem mesmo falando com uma amiga, comentei, que pelas minhas andanças procurando o lugar ideal para viver, (ainda procurando) tinha chegado a conclusão que na verdade, que o melhor seria viver numa comunidade rural. Achei que era um sonho, uma utopia e fiquei surpresa em saber que esta realidade existe em Noivas do Cordeiro.
Oi, Neide, adorei o post. Lembrei-me que há mais de trinta anos, meu vizinho plantava um milho pipoca escuro, preto ou roxo, que era uma delícia. Nunca mais vi ... Deve ter sumido, que pena! Abraço, Liliana.
ResponderExcluirParabéns Neide, sempre prestando um grande serviço pra todos nós. Vc tem razão, dá uma tristeza...
ResponderExcluirMeu pai plantava milho e posso dizer que não era essa praga trangênica.
Bjs.
Baby e Vera, obrigada pelos comentários.
ResponderExcluirAngela, sensacional o vídeo. Ontem vi duas vezes. É emocionante, intrigante, um exemplo.
Aguiar, boas lembranças, hem?
Marta, eu também não conhecia o vídeo e fiquei impressionada. Parece uma utopia.
Pelo menos o milho de pipoca roxa tem aparecido por aí. Mas de fato perdemos variedades em prol da quantidade.
Um abraço,n
Neide, obrigada por teres focado mais uma vez, um tema que me é tão caro: o da preservação das espécies. Fizeste-me lembrar o esforço de um grupo de mulheres na Índia, para preservar o arroz genuíno. Também com o milho acontece o mesmo aí no Brasil. Louvado seja Deus, porque ainda vai havendo quem se preocupa com o milho genuíno. Talvez também haja quem preserve a soja! Seremos nós capazes de vencer esta batalha contra a ganância das multinacionais? Um abraço da Bombom
ResponderExcluirOi Neide. Fiquei maravilhada com o documentário sobre a noiva do Cordeiro. Obrigada por indicar. Lindo o trabalho artesanal com a palha do milho criolo e a preservação das sementes. Beijão.
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