sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Cozinhando com hortelãs e hortelão

Tudo começou com um anúncio no jornal de bairro. Era um curso de hortas oferecido pela prefeitura de São Paulo no Centro de Memória e Convívio da Lapa “Cecília Meireles”, mais conhecido como Biblioteca Cecília Meireles. Nesta hora, quando posso usufruir de um bem público, tenho aquela boa sensação de pertencimento, especialmente por estar junto com outras pessoas do meu bairro. 

Nas primeiras aulas foram chegando uns, saindo outros, até que a turma se firmou. Ao final das 12 aulas prometidas, sempre às segundas-feiras pela manhã, nos reunimos para fazer um almoço coletivo de despedida na casa de uma das colegas, Márcia, fonoaudióloga. 


No jardim da biblioteca
Vivian em ação

Cada um com sua profissão, seu trabalho, e a gente ali, plena segundona, conseguiu se reunir pra cozinhar. E foi tão bom. Cozinhar é ótima brincadeira, ato que alegra, estreita relações, descontrai e irreleva diferenças. Vivian Ferreira Franco, engenheira agrônoma e entendida de permacultura e agricultura biodinâmica, nos ensinou muita coisa e nos fez botar as mãos na massa, ops, terra  - fizemos uma hortinha no jardim da biblioteca.  E já marcamos uma vivência para setembro. 







Durante o curso, trocamos sementes e experiências. E Vivian foi paciente e gentil com nossas questões de jardim pessoal, incentivando todos a mexerem na terra sem medo, mas com conhecimento. No último dia, combinamos de levar ingredientes sem combinar quais,  sem saber o que faríamos com o que chegasse. E eu adoro isto. Acho que todos gostaram. Márcia ofereceu sua casa, que fica ao lado da biblioteca.  Carlos, o único homem da turma, levou uma massa pronta para fazer um biscoito de família, tipo cantucci. Foi nossa sobremesa com café. 

Sonia fez um arroz integral cremoso com legumes e cogumelos que estava divino. Saiu também uma salada de folhas colhidas da nossa hortinha, que todos ajudaram a preparar. Tinha mandioca cozida de duas cores. E eu fiz uma fritada de cará com folhas de bertalha-coração e um virado com feijão guandu fresco com ovo, queijo e farinha com pequi. Foi uma tarde deliciosa - mesmo tendo deixado um turbilhão de coisas por fazer. 

Claro que cozinhar tinha tudo a ver com nosso curso, mas mesmo num evento qualquer, de engenharia ou informática, que tenha uma turma pequena, cozinhar junto pode ser um bom marco de encerramento, pois parece estimular a continuidade. 







8 comentários:

  1. A refeição completa e envolvente marcou o final do curso. Ao mesmo tempo, fortaleceu-se a perspectiva do reinício. O campo está semeado.
    Neide, vc fez um registro delicado de todo o curso, eu endosso! Parabéns pelo blog!

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  2. Que excelente ideia!
    Bjks, Rz da Belém do Grande Norte brasileiro

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  3. Estou alegre por encontrar blogs como o seu, ao ler algumas coisas,
    reparei que tem aqui um bom blog, feito com carinho,
    Posso dizer que gostei do que li e desde já quero dar-lhe os parabéns,
    decerto que virei aqui mais vezes.
    Sou António Batalha.
    Que lhe deseja muitas felicidade e saúde em toda a sua casa.
    PS.Se desejar visite O Peregrino E Servo, e se o desejar
    siga, mas só se gostar, eu vou retribuir seguindo também o seu.

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  4. Ah adorei isso!!!
    Na aula de setembro, gostaria muito de ir. Neide, me lembra e tb pode me encarregar de alguma tarefa.
    Parabéns, amiga, vizinha, colega, amiga!

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  5. Carlos, obrigada! Foi muito bom ter compartilhado estes momentos com vocês.

    Rose, a atividade de setembro será uma vivência de continuidade do curso, num final de semana, quando vamos dormir na biblioteca pra acordar às 5 da manhã pra fazermos um composto. Se quiser ir, eu vejo com a professora.

    Um abraço,n

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    os melhores produtos com precinho especial estão aqui.

    VEM SER FELIZ

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