Precisei, portanto, pensar rápido. Como ia à noite da segunda feira na casa de minha irmã, para aniversário do cunhado comemorado entre família, pensei num jeito de acabar logo com aquilo, buscando cumplicidades contra o desperdício. Pensei que talvez uma conserva picante poderia combinar com a cerveja. Mas aos poucos, conforme ia experimentando os rabanetes que ia lavando, a intenção ia se transformando para um agridoce, com a cerveja ainda na mira para harmonizar. Até que cortei tudo em quatro, mantendo a película quando estava íntegra e descartando no caso de estarem meio baleadas. Espalhei numa assadeira e fui temperando com o que achava que combinava: um pouco de sal, vinagre e açúcar para serem percebidos, galhinhos de tomilho, uma pitada de cominho tostado, cravo triturado e azeite para ser discreto. Misturei bem, levei ao forno e deixei assar por cerca de uma hora, mexendo de vez em quando. Quando saiu do forno, mais macio mas ainda com resquício de crocância e a picância mantida, provei e juntei mais açúcar e mais vinagre e aí sim ficou uma delícia. Levei num pote tampado e ao ser aberto o cheiro de nabo cozido se dissipou. Houve quem amasse e quem odiasse. A sobrinha do meu cunhado queria levar embora de tanto que gostou. Mas não sobrou, afinal os mais velhos acharam uma boa ideia para acompanhar a cerveja. Acertei, combinou. Já os mais jovens, incluindo a filha Ananda e as sobrinhas Flora e Tarsila não gostaram, preferiram acompanhamentos clássicos. A conclusão pontual é que para gostar de nabos cozidos ou rabanetes assados é necessário um paladar mais amadurecido, vivido. Será?
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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Rabanetes assados
Precisei, portanto, pensar rápido. Como ia à noite da segunda feira na casa de minha irmã, para aniversário do cunhado comemorado entre família, pensei num jeito de acabar logo com aquilo, buscando cumplicidades contra o desperdício. Pensei que talvez uma conserva picante poderia combinar com a cerveja. Mas aos poucos, conforme ia experimentando os rabanetes que ia lavando, a intenção ia se transformando para um agridoce, com a cerveja ainda na mira para harmonizar. Até que cortei tudo em quatro, mantendo a película quando estava íntegra e descartando no caso de estarem meio baleadas. Espalhei numa assadeira e fui temperando com o que achava que combinava: um pouco de sal, vinagre e açúcar para serem percebidos, galhinhos de tomilho, uma pitada de cominho tostado, cravo triturado e azeite para ser discreto. Misturei bem, levei ao forno e deixei assar por cerca de uma hora, mexendo de vez em quando. Quando saiu do forno, mais macio mas ainda com resquício de crocância e a picância mantida, provei e juntei mais açúcar e mais vinagre e aí sim ficou uma delícia. Levei num pote tampado e ao ser aberto o cheiro de nabo cozido se dissipou. Houve quem amasse e quem odiasse. A sobrinha do meu cunhado queria levar embora de tanto que gostou. Mas não sobrou, afinal os mais velhos acharam uma boa ideia para acompanhar a cerveja. Acertei, combinou. Já os mais jovens, incluindo a filha Ananda e as sobrinhas Flora e Tarsila não gostaram, preferiram acompanhamentos clássicos. A conclusão pontual é que para gostar de nabos cozidos ou rabanetes assados é necessário um paladar mais amadurecido, vivido. Será?
8 comentários:
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Oi Neide, achei diferente assar rabanetes, não havia passado ainda pela meinha cabeça!Vou tentar sua versão. O problema é o cheiro um tanto parecido com outro...haha mas eu não ligo, eu adoro conservas e outras preparações com nabo/rabanetes. Eu,na idade das suas sobrinhas, comia com gosto nabo cozido que minha mãe fazia com missô.
ResponderExcluirbjos
Que petisco apetitoso!
ResponderExcluirbeijinhos
oi, Neide.
ResponderExcluirEsses rabanetes ficaram lindos!
Coisa boa, poder colher.
Um abraço.
Fábio.
Sera mesmo? Esses dias vi naqueles canais da TV fechada de culinária uma receita de um assado de legumes. Basicamente usava-se abóbora japonesa, na casac mesmo, e nabo. Havia alho para dar gosto, e um caldo de azeite, mel, limão e cascas de laranja. Tudo ia ao forno, metade do tempo na estufa de papel alumínio, metade para gratinar. O nabo, depois dessa receita, tive realmente certeza que come-se apenas cru. Pelo menos pra mim. Ficou meio mole, meio crocante, parecendo cenoura mal-cozida, aguado, picante, branquelo e um tanto amargoso. Meus pais gostaram. Eu mal conseguia mastigar. Talvez realmente seja para paladares mais maduras. Rs. Enfim. Nem vou ousar com os rabanetes...
ResponderExcluirNabo assado é novidade prá mim! Neide seu refúgio é tão lindo! Tenho certeza que logo irás achar alguém. Impossível não se encantar com a vista! Boa sorte!
ResponderExcluirOlá Neide,
ResponderExcluirEu adoro rabanetes mas normalmente como-os crus. Assados nunca fiz mas já anotei. Os teus ficaram com um aspeto lindo e apetitoso.
Bjnhos e um fantástico final de semana.
http://saborescomtempo.blogspot.pt/
Bom eu amo rabanetes assados ou cozidos,mas o nabo só cru mesmo, uma vez tentei um pure de nabo, mas não foi, daqui uns anos vou tentar de novo, talvez eu só tenha amadurecido até os rabanetes.rsrsrs
ResponderExcluirBjs
Ha, descobri faz pouco tempo que gosto mesmo de rabanete, inclusive as folhas... Como estou mais vivida, hehehe, acho que faz sentido a sua conclusão :) Esses rabanetes ficaram lindos! Nem parece que foi um jeitinho para aproveitá-los :) Bjs!
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