Uma mini palmeira formando um coração |
Neste ano já tive oportunidade de visitar Amazônia, Caatinga e Cerrado. Todo mundo sabe, dentre os três biomas, qual é o que recebe todas as atenções. E a gente sabe a importância de preservar todos eles, por isto fiquei feliz de ver na semana passada bem de perto o resultado dos esforços de algumas entidades preocupadas com a preservação do Cerrado e o bem estar de sua gente. Foi uma visita curta, mas proveitosa, a convite do Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-Ecos), o Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O PPP-Ecos é o nome por aqui do Small Grants Programme do GEF, que se estabeleceu no país em 1992, por ocasião da Eco-92 com o objetivo de apoiar projetos que integrassem os três pilares do desenvolvimento sustentável - ambiental, social e econômico. E não só no Brasil - ao todo, beneficia mais de 14 mil comunidades em 125 países.
Alguns jornalistas e eu fomos conhecer dois desses projetos: o Assentamento Colônia 1, em Padre Bernardo, a cerca de uma hora de Brasília, onde várias famílias produzem hortaliças orgânicas em cultivo rodeado de vegetação preservada do Cerrado, e a sede da Central do Cerrado, uma cooperativa de que agrupa 35 organizações comunitárias para centralizar e comercializar seus produtos obtidos de forma sustentável. No intervalo ainda pudemos almoçar na cozinha comunitária pratos com ingredientes típicos, como pequi, baru, jatobá, preparados pela chef voluntária Marilde Cavaletti, do Slow Food, junto com as mulheres do assentamento Colônia 1 que formam o grupo Sabor do Cerrado.
Embora o tempo fosse curto, conseguimos passear pelo Cerrado numa visita guiada pelo Uátila José dos Santos, do assentamento, que foi identificando várias espécies nativas, como angico, mama cadela, pau terra, murici, pequizeiro, fava d´anta, mandiocão, lixeira, bate caixa, barbatimão e outra infinidade de plantas de galhos retorcidos e folhas coriáceas. Ali, graças aos projetos que os apoiam, todos da comunidade sabem conciliar preservação do Cerrado com produção agrícola para obtenção de renda, que garante à família dos pequenos produtores uma vida com dignidade, educação e saúde. Se a maioria da comida que comemos vem da agricultura familiar, o tema não pode passar ao largo da Rio+20. São pequenos mas são muitos. Se for ao Rio, visite a Caixa Preta do Cerrado.
Mulheres do grupo Sabor do Cerrado |
Pratos com ingredientes do Cerrado preparado pelas mulheres |
Vieram na mala: farinha de babaçu, castanha de baru, castanha de pequi, mel de abelha sem ferrão, baunilha do cerrado etc |
Ronia e Rita |
Sorvete de pitanga e o livro da Rita, que ganhei: Gastronomia do Cerrado |
Sorvetes do Cerrado |
lindas as flores que você trouxe do cerrado...
ResponderExcluirQual o endereço desta sorveteria em Brasília?
ResponderExcluirGostaria de conhecer.
Beijos!
Hummmmmmm me sentindo um pouco em casa...
ResponderExcluirBjooooo
Vontade de provar isso tudo.. ó, em breve vou te procurar ai em SP! Devo ficar umas duas semanas de bobeira.
ResponderExcluirLindas as cores do cerrado e dos sorvetes. Eu iria experimentar uma colher de cada. rsrsrsrs
ResponderExcluirAbç
Izabel
Neide, olá
ResponderExcluirMuito bem colocado este Post, "Paisagem do Cerrado", para o dia Mundial do meio ambiente,5 de junho.
Pessoas como você,que trabalha e pesquisa, para resgatar e preservar nossa cultura,nossa comida e divulgá-la com tanta dedicação, merecem nossos agradecimentos.
obrigada, Neide
um grande abraço
Cristina
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ResponderExcluircomo faço pra apagar meu email please?
ResponderExcluirshirley
Shirley, obrigada pelo comentário. Para apagar seu email precisei apagar todo o comentário (eles não são editados, caem direto aqui).
ResponderExcluirPode divulgar para seus amigos, sim, claro.
Um abraço, N
Neide, só agora vi a matéria, gostei muito!! Obrigada, seguimos na parceria! Se agende para estar por aqui em setembro no VII Encontro e Feira dos Povos do Cerrado!!! Beijão, Bel
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