Ainda consegui salvar uns carás-moelas que já ensaiavam a próxima geração. Tirei com a faca os pedaços com anúncios de brotos e lancei-os à terra. O que restou, cortei em toletes disformes. Tinha do branco e do roxo. Não me saía da cabeça que ficariam gostosos se fossem fritos à moda da dona Neide (não, não eu, aquela das batatas doces fritas com óleo e água). Decisão acertada.
Coloquei-os na panela com 2 xícaras de óleo frio e meia xícara de água. Deixei no fogo até que a água secasse e os pedaços começassem a dourar no óleo. Não pense que o óleo com a água vai espirrar em você, pois a temperatura do óleo só começa a subir quando não restar mais água. Enquanto ela está ali, cozinhando o cará, a temperatura da mistura se mantém em cerca de cem graus. Acabou a água, o óleo começa a ficar mais quente e aí sim começa a etapa de fritura. Dois em um.
De vez em quando mexi os pedaços porque queriam grudar um pouco no fundo da panela enquanto cozinhavam. Mas ficaram muito sequinhos, crocantes por fora e macios por dentro. A casca fica um pouco firme para mastigar, mas ainda assim vou sempre mantê-las, afinal são limpas, não são barreiras para agrotóxicos e contribuem com fibras - bom para quem está consumindo frituras, diga-se. Foi só polvilhar com um pouco de flor de sal e uns flocos de pimenta e Nhac! E cará-moela, agora, só na próxima safra.
Neide,a minha mãe desde sempre frita batata doce a moda da dona Neide,e eu aprendi com ela.Eu colhi horrores de cará moela em POA uns 4 dias antes de ir embora e dei de presente para quem quis.Beijo!!
ResponderExcluirOi, Neide,
ResponderExcluirsaudades. Tenho lido as matérias, como sempre ótimas. Vi a matéria do último piquenique e deu água na boca, lembrei de quando estivemos aí.Você vem mesmo ao Acre? Aguardo notícias, beijo,
Patrycia
Adorei a técnica. Deve dar pra fazer com outros ingredientes tipo mandioca, batatas ou abobrinha, né?!
ResponderExcluirEu não encontrei apenas um blog. Encontrei, um verdadeiro "tesouro"...
ResponderExcluirChega a ser difil encontrar palavras que expressem minha gratidão, tamanho é o "tesouro" que você compartilha. Parabéns pelo blog e pela sua generosidade. (vai se correção porque saiu do meu coração)Parabéns e obrigada eternamente! Silvia Pazzinatto
Oi, Mari, espero que os carás moelas proliferem por terras gaúchas. E que você tome muita horchata de chufas! Saudade.
ResponderExcluirPatrycia! Saudade também. Venha você pra São Paulo porque para o Acre acho que só vou novamente no próximo ano. Agora vou pro Marajó!
Flavia, acho que com abobrinha não funciona porque a ideia é cozinhar primeiro e depois fritas. Como a abobrinha já tem muita água vai amolecer e ficar encharcada. Já com mandioca e batata, dá sim.
Silvinha, eu que fico agradecida de ler estas palavras. Pra mim, é puro prazer fazer o que faço. E se alguém gosta, melhor ainda.
Um abraço,
N
N
Gostei da idéia de cortar os pedaços com broto para plantar, porque não sei distinguir o amarelo do roxo, olhando só por fora. Assim é garantido plantar dos dois. O restinho dos meus está todo brotando também, pedindo para ir para o chão.
ResponderExcluirBom fim de semana.
Estava na feira hoje de manhã e vi um pacotinho que parecia muito com essas "pedrinhas" que tinha visto por aqui. E era mesmo cará-moela!!! Nunca tinha visto para vender aqui em Porto Alegre.
ResponderExcluirComprei, claro, e voltei aqui para achar umas receitas.
Vou fazer "frito dois em um" hoje para provar e amanhã tentarei uns bolinhos! :-)
Obrigada por todas as dicas!
Abraço,
Paula
Amei este blog!! Virei mais vezes te visitar!
ResponderExcluirMuita paz!!
Eu tinha isso plantado no meu quintal mas achava que era venenoso. O pé morreu e nunca mais encontrei o fruto pra plantar de novo.
ResponderExcluirE eu queria tanto uma muda, será que alguém da Capital de São Paulo pode me vender? Li os benefícios nutricionais do alimento e fiquei encantada. Beijos
ResponderExcluirGostaria de saber quando estão no ponto para colher. Tenho sempre em casa,mas nem sempre acerto na colheita. Hoje colhi e estão maravilhosos, mas nunca sei quando..
ResponderExcluirObrigada.
Adorei o BLOG
Sylvia,
ResponderExcluireu colho em qualquer época, desde que tenham bom tamanho. Mas pode deixar no pé até que a planta seque (ela é anual). Um abraço, N
Obrigada. Vou repetir as palvras de uma xará aí em cima, a Silvinha "encontrei um verdadeiro tesouro nesse Blog.
ResponderExcluirVou mandar uma foto de exemplar de berinjela pra ver se você identifica. Também tem no meu quintal.Já comi e parece mais com Jiló, tem mais polpa, apesar da flor ser roxa como a da berinjela.O talo é resistyente e o fruto tem que ser cortado para ser retirado.
Oi Neide, encontrei seu blog enquanto procurava informações sobre o cara-moela, nunca o tinha visto, ganhei umas batatas e as plantei, agora já estou colhenso mas não sabia como consumir e seu blog me ajudou muito. Fiz a receita de cara moela refoagado com óleo e água e ficou muito bom, é melhor do que batata doce. Grata pela ajuda,saibas que contribui muito com o que sabes. Abraços
ResponderExcluirGraciela,
ResponderExcluirque bom saber! Um abraço, N
Não sabia que era comestível, já vi várias vezes, mas nunca nem toquei
ResponderExcluirBom dia Neide!! Plantei cará moela, aqui em Curitiba PR, pensei que não ia pegar, mas pegou e já estou colhendo, só não sabia como prepara-los. Encontrei no seu blog a melhor maneira de prepara-los! Já doei para alguns amigos e guardei alguns para plantar novamente!! Obrigada pelas dicas!! Parabéns pelo seu blog!!
ResponderExcluirSou a Enedina de Camaquã RS, conheci essa (fruta), em gramado, comi pão feito com ela, muito bom, o meu pé ja está produzindo, agora com essas receitas vou experimentar. Abraços
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