segunda-feira, 29 de março de 2010

Ecolar, colar comestível, ex-colar


Colar de feijões
Aquele meu colar show room de feijões de lima já era. Peguei a Dendê com a boca no rosário, que se aproveitou de uma distração minha. E ainda me olhou com cara de razão. Mordeu alguns e preferiu brincar a comer. Depois disso, perdeu a graça. O colar molhou, inchou, germinou.


Até o Chico, que estava gripadinho, se animou a devorar meu colar
Já o colar de licuri, comprei no Terra Madre, do pessoal da Coopes. Muito melhor que o meu de feijão, que para comer precisa cozinhar. O de licuri já vem torradinho e você pode levar no próprio pescoço seu alimento concentrado, energético e sem embalagem. Além disso, a comida é ornamental e entra disfarçado de colar no cinema ou naqueles coqueteis em que o croquete nunca chega.
Se você não quer pagar uma fortuna por um balde exagerado de pipoca engordurada, não gosta de incomodar seu vizinho de cadeira com aquele croquecroque de milho quebrado e ainda gosta de adentrar o recinto na mais completa legalidade (afinal, é proibido entrar nas salas de cinema portando alimentos, você sabe - só vale a pipoca do dono, que não é comida, mas diversão), pode passar com tranquilidade pela catraca com seu colarzinho no colo, que ninguém vai desconfiar de suas verdadeiras intenções. Na hora da fome, há quem coma unha, pontinhas de cabelo ou o próprio colar de licuri, que é muito mais gostoso, não espalha cheirão de margarina, não faz barulho nem cai no chão, como pipoca. Quem vai impedir?
Ontem foi aniversário da minha amiga Veronika e além de levar bolo de licuri e manjar de licuri, carreguei comigo também meu colar de licuri. Os meninos adoraram o coquinho e se divertiram comendo tudo direto do pescoço (eu já tinha comido mais da metade). Mas se encantaram mesmo foi com a ideia de carregar desta forma alimento para uma jornada. Animados, já estão sonhando em fazer trilhas munidos de cantil e colar.
Se ainda não viu nada aqui no Come-se sobre licuri e quer conhecer o coquinho, veja aqui ou procure na caixa de busca interna, aí em cima, do lado direito.

8 comentários:

  1. Pois neste lado do Atlântico eram colares de pinhões que as crianças penduravam ao pescoço. Ainda se vêem nas feiras e romarias.
    Ah, os nossos pinhões são os vossos pinholi.
    Um beijo
    Manuela Soares

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  2. Neide,a foto da Dendê está o máximo,que sem vergonha ela é!!!beijo!

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  3. Oi boa noite, blog muito inteligente esse seu. Bom ja que a Dende mastigou o colar plante os feijões e mais tarde faça outro vc mesma. Um beijão.

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  4. Ah Neide, que coisa mais fofa que é a Dendê! Esses bichinhos são umas pestes, mas não vivemos sem eles não é mesmo? Tá vendo só? No fim das contas vc nem ficou brava com ela, acho graça. Eles quebram nosso coração com a carinha de inocência que possuem. Minha gatinha vive arrancando tudo o que quer de mim desse jeito.
    Bjinhos

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  5. A cara da Dendê disse tudo!
    Do tipo: " arruma logo outro colar desse aí!"
    Curti!
    Lieko

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  6. Neide, esses colares de coquinho são abundantes no interior do Ceará, na cidade de Juazeiro do Norte, onde os romeiros devotos de Padre Cícero fazem imensas procissões em honra ao "padim". Eu não sabia o nome e nem que tinha farinha disso, mas fiquei com banzo da minha infância cheia de colar de coquinho...às vezes tem um rançoso, aí quando vc tá desistindo, o colar te põe na boca um coquinho tão suave, que vc poderia morrer feliz ali, com a sua descoberta...

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    1. Na minha infância em Riacho de Santana, Bahia pegavam os muitos desses coquinhos que os periquitos derrubaram dos coqueiros, os animais tiravam a polpa (comiam) é só sobrava os caquinhos que comíamos ou fazíamos esses colares com linha para comermos depois. Delicia@ Puro gosto de infância.

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  7. Manuela, agora quero porque quero um colar de pinoli!! Acho que tenho aqui - vou tentar fazer.

    Mari, você sabe, ela é uma pestinha..

    Eliane, este fui eu quem fez e, claro, quando me der na telha, vou fazer outro. Plantar não vai dar porque só um grão brotou. Os outros foram danificados no germe. Obrigada!

    Figos, eu não consigo ficar brava com ela. Por isto que é sem-vergonha. Mas quem resiste a estas carinhas?

    Lieko, é este mesmo o espírito.

    Livia, que bom saber disso. Obrigada.

    Um abraço,
    N

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