quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Comendo em Cruz das Almas - BA

Depois do Dia de Campo da Araruta passamos, Silvia e eu, umas duas horinhas em Mombaça, um vilarejo de Conceição de Almeida - BA, lindo e esquecido no tempo, fundado pela família dela. A tarde caiu fresquinha como costuma ser naquelas colinas do recôncavo e começava a ganhar corpo ali uma gripe que ainda persiste e que me derrubou um pouco como há anos não acontecia.
Ainda assim não podia recusar o convite do Joselito Motta, pesquisador da
Embrapa Mandioca e Fruticultura, para ir comer carne de carneiro no jantar, em Cruz das Almas. Sem faro nem direção, fomos levadas até lá pela pela mãe e tias da Silvia, numa viagem divertida. Assim que cheguei ao hotel minha vontade era de capotar naquela cama para despertar aqui debaixo das minhas cobertas.
Mas logo Joselitto e sua mulher Célia chegaram para nos levar ao Fornalha, restaurante do chef Layr Marins, com música ao vivo e cheio da animação de jovens universitários, onde já nos esperava a Marcela, relações públicas da Embrapa. A mesa estava posta com elegância; o vinho Terra Nova, resfriado e o beijus, quentinhos. Pena que não pude sentir o perfume de nada, nem do alecrim silvestre que temperava o carneiro ao vinho. Mas posso garantir que o sabor estava ótimo, mesmo sem o atributo do aroma. Começamos e terminamos com pratos com mandioca - os beijus de cebola no couvert e a tapioca recheada com banana e canela de sobremesa (além de farofa com carne seca de bode e escondidinho). Tudo feito com tanto capricho, que até me esqueci um pouco da gripe.
No outro dia cedinho, antes da minha apresentação sobre mandioca, ainda fomos conhecer o mercado municipal e a sede da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia que funciona na antiga Faculdade de Agronomia da UFBA, um prédio antigo e conservado, bonito de se admirar, inserido num parque muito verde.
E, depois de passado o frio na barriga da apresentação, Joselito ainda nos levou para comer num restaurante a quilo com alguns pratos típicos - fiquei feliz de ver lá o
feijão mangalô (lablab ou feijão da orelha-de-padre, que tenho aqui no meu quintal). Estava muito bom, temperado com bacon (Solange, mãe da Silvinha, também me trouxe um pouco de Castro Alves, onde ele é vendido já debulhado, ainda verde, na feira). Bem, tive acolhida VIP o tempo todo, aprendi um monte e só tenho a agradecer a estes baianos tão queridos, incluindo os amigos de sempre, Silvinha, Solange, Selma, Liu...
Restaurante Fornalha
Rua Rui Barbosa, Centro - Cruz das Almas
Fone: (75) 3621-0337
Feijão mangalô, comum por lá. Este, num restaurante a quilo

Um comentário:

  1. esses feijões parecem muito ricos, eu quero tentar fazer na minha casa

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