As duas peças: uma tigelinha e um apoiador para colher de cozinhar foram feitos pela minha amiga, a artista plástica e ceramista Silvia Lopes. Várias peças dela já apareceram por aqui. Realmente sou uma pessoa sortuda e feliz por ter por perto dois talentosos amigos ceramistas: Rui e Silvia. Só ia postar os presentes, mas uma rápida historinha é só para não perder o costume. Há exatos 10 anos acordei com vontade de aprender a fazer cerâmica, que é como pão - amassa com as mãos, modela, assa no calor e pronto. E ainda contribui com a minha busca de autossuficiência no ato de comer, meio a la idade da pedra. Fui procurar cursos e me deparei com um que era a minha cara, resposta exata para minha busca: cerâmica primitiva, num centro cultural da prefeitura, aqui perto. Já na primeira aula aprendemos a levantar uma peça usando apenas cobrinhas de barro feitas com as mãos e nada mais além de instrumentos rústicos como usavam nossos antepassados e ainda usam alguns índios. Quando o barro moldado estava já semisseco (estranha esta palavra, segundo a nova regra gramatical) a peça era pintada com engobe feito por ela com argila e pigmentos minerais e brunida com pedras até ficar bem lisinha sem precisar esmalte. Às vezes, com uma ponta de arame fazíamos esgrafitos. Depois, o objeto era queimado a baixa temperatura e vinha aquela sensação de pão assado que deu certo. Cada um podia fazer a peça que quisesse e do barro bruto sairam cinzeiros, vasos, canecas e, claro, panela, a única, a minha.
Minha primeira panela
Silvinha, quando viu, falou que a primeira peça dizia muito sobre a pessoa. E por ali já começamos pelo assunto de panelas e afinidades com comidas, culminando com a amizade forte que nos une até hoje. Graças a ela ganhei ainda outra amiga preciosa, a psicanalista Carmen Avilla. Somos amigas quase-irmãs. Como todo bom baiano, Silvinha voltou pra Bahia, mas a gente se fala toda semana e se vê sempre que ela vem pra cá visitar os amigos e cuidar da loja e extenção do seu atelier, em Gonçalves-MG. Parei com a cerâmica, mas continuei com as panelas, enquanto Silvia está a toda, cada vez melhor, sempre estudando e fazendo suas experiências nos esmaltes com cinzas de plantas variadas, criando utilitários lindos para casa e restaurantes e, perfeccionista e criativa faz objetos de decoração de capricho extremo. Vira e mexe eles aparecem em revistas de decoração ou na Casa Cor baiana. Tigelas repolhinhos - foto do site
Onde encontrar
http://www.silvialopes.com.br/
Espaço de Cerâmica Silvia LopesRua Joaquim Ferreira de Souza, 209 Galeria Ypê - Centro Gonçalves - MG
Unger´s Pottery House Art GalleryMonte Verde - MG
Para aulas de cerâmica em Salvador, é só falar com Silvia Lopes no email silvialopesvita@gmail.com ou pelo telefone 71-3289-0559
Oi, Neide! Que coincidência esse seu post. Voltei de Marajó morrendo de vontade de colocar a mão na massa, literalmente. Estive em dois ateliers e fiquei encantada c as técnicas, tb primitivas, e mto parecidas c o q vc descreveu. Engraçado a Silvia dizer que a peça tem a ver c a gente. A minha 1ª foi "a minha mão"! Mas fiquei c vontade de ter uma panela como a sua. Feita por mim..rs..bjks
ResponderExcluirQue lindos!
ResponderExcluirQue bonitas!
ResponderExcluirAs tigelinhas encaixadas parecem uma linda flor.
ResponderExcluirE a panela só vai ficar na primeira edição?
Sil,
ResponderExcluirA Silvinha faz peças também usando técnicas mais modernas, mas ela domina muito bem as técnicas primitivas e poderia te ensinar. Mas, agora, só quando você for a Salvador.
Rui, eu fiz várias outras peças depois desta panela. Mas esta é o meu xodó.
bjs,n
Neide, Neide....vc tá como bombril.....tem mil e uma utilidades, desde cozinhar até a fazer as próprias panelas....
ResponderExcluirConheço Silvia Lopes faz coisas lindas.Mas as ceramistas de Campo Alegre de Lourdes na Bahia faz potes e outros utilitario usando as mãos e instrumentos rudimentares
ResponderExcluire queimam na fogueira(queima a céu aberto).Lindo!