Quem arriscou fruta frita, passou perto. Num dia da semana passada só havia aqui um pouco de arroz e lentilha prontos para meu almoço semi solitário. Abri a geladeira e nem um ovinho de galinha pra mistura. Mas os cajus amarelos que reluziam avermelhados, perfumavando a cozinha toda, me fizeram psiu. Estava resolvido, faria um refogado moquecóide. Cortei as extremidades das frutas, furei a superfície e espremi bem no espremedor da batata, para extrair todo o sumo - que bebi todo, claro. Aí era só cortar em fatias finas, contra as fibras como a carne, e juntar os temperos disponíveis - tomate, cebola, alho, pimenta, pimentão-amarelo (o verde com o vermelho ficariam melhores, mas era o que tinha) e cheiro-verde. Só que, antes disso, achei tão lindas aquelas rodelas de caju achatadas como hambúrguer, que resolvi salpimentar algumas e dourá-las no azeite. E não é que ficaram boas? A baiana Eliana, que trabalha aqui em casa, ficou admirada, achou um ótima idéia, pois disse que na terra dela se bota fora a carne, porque o que interessa mesmo é a castanha, que dá dinheiro. Mas pelo menos dão aos animais, perguntei. Que nada, ficam apodrecendo no chão, respondeu.
Eu não estou inventando a carne de caju, afinal muito já se falou sobre ela, do seu potencial de aproveitamento para o povo do Nordeste e para quem gosta de coisas gostosas. O nome carne não é exatamente apropriado se formos comparar sua composição nutricional com a proteína animal, pois o teor deste nutriente nela é baixíssimo. Mas é uma fruta como outra qualquer – rica em vitaminas, minerais e fibras e sua polpa espremida e cortada em fatias lembra a textura de filezinhos de frango. Com a sorte do sabor delicioso de caju. Como o suco tem que ser extraído, nesta polpa resta só uma ligeira fragrância e um adocicado suave, que serve como tempero bom. O suco é riquíssimo em vitamina C – embora parte dela se perca com o aquecimento, e pode ser comercializado puro ou na forma de cajuína (um tipo de refrigerante feito só com o suco de caju concentrado pelo calor) . E a polpa espremida pode não fazer as vezes nutricionais da carne, mas, se tivermos um cereal e uma leguminosa e/ou alguma proteína animal, ela pode completar a mistura e deixar o prato mais alegre, apetitoso, colorido e saudável. Faz tortas, moquecas, recheios de pastéis, curry indiano e milhões de comidinhas gostosas. É só inventar sem medo.
Eu não estou inventando a carne de caju, afinal muito já se falou sobre ela, do seu potencial de aproveitamento para o povo do Nordeste e para quem gosta de coisas gostosas. O nome carne não é exatamente apropriado se formos comparar sua composição nutricional com a proteína animal, pois o teor deste nutriente nela é baixíssimo. Mas é uma fruta como outra qualquer – rica em vitaminas, minerais e fibras e sua polpa espremida e cortada em fatias lembra a textura de filezinhos de frango. Com a sorte do sabor delicioso de caju. Como o suco tem que ser extraído, nesta polpa resta só uma ligeira fragrância e um adocicado suave, que serve como tempero bom. O suco é riquíssimo em vitamina C – embora parte dela se perca com o aquecimento, e pode ser comercializado puro ou na forma de cajuína (um tipo de refrigerante feito só com o suco de caju concentrado pelo calor) . E a polpa espremida pode não fazer as vezes nutricionais da carne, mas, se tivermos um cereal e uma leguminosa e/ou alguma proteína animal, ela pode completar a mistura e deixar o prato mais alegre, apetitoso, colorido e saudável. Faz tortas, moquecas, recheios de pastéis, curry indiano e milhões de comidinhas gostosas. É só inventar sem medo.
Aqui, fiz uma comidinha boba, que poderia ter ficado melhor se tivesse coentros, leite de coco e pimentão verde e vermelho. Fiz com o que tinha e ficou muito boa, mas vou dar a receita de como faria para ficar ainda melhor:
Moqueca de carne de caju ou, para que ninguém se ofenda, Refogado de carne de caju
1 colher (sopa) de azeite, óleo de urucum ou azeite de dendê
1 cebola picada
1 pimenta dedo-de-moça picada
1/2 pimentão verde picado
1/2 pimentão vermelho picado
2 tomates sem pele e sem sementes picados
6 cajus espremidos no espremedor de batatas, cortado contra as fibras, em fatias finas
1 xícara de leite de coco
Sal a gosto
2 colheres (sopa) de coentro picado
Gotas de limão a gosto
Numa frigideira, aqueça o óleo escolhido e murche nele a cebola picada e a pimenta. Junte o pimentão e os tomates e mexa. Em seguida, coloque a carne de caju, metade do leite de coco e salgue a gosto. Abaixe o fogo e deixe cozinhar por cerca de 5 minutos ou até o caju ficar macio e temperado. Junte leite de coco restante e deixe ferver. Prove o tempero e corrija, se necessário. Junte o coentro picado e umas gotas de limão e sirva.
Rende: 4 porções
Sim é muito bom, tanto a muqueca quanto a carne de caju na forma de hamburger. Aqui em Fortaleza uma empresa chamada Cione, que exporta castanha de cajú está desenvolvendo o Mc Caju, excelente sanduiche de caju. Também existem diversas outras preparações com o cajú.
ResponderExcluirObrigado pela oportunidade.
É bastante interessante ver na net este tipo de receita, apesar de conhecer a mais de 20 anos, pois meu pai é um inventor de mão cheia, aqui em Fortaleza, foi ele quem inventou essa carne de caju e também o hamburguer, pena que ele não patentiou logo. Outra coisa muito interessante que ele inventou ha algumas decadas foi a banana verde frita, banana cozinda, dentro do feijão, pense gente é uma delícia. Quem desejar trocar idéias com meu Pai fique avontade, ele se chama Alberto (085) 8730.4710. E eu sou sua filha mais que orgulhosa, Fca. Elisandra - Fortaleza - CE.
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ResponderExcluirObrigada por tantas e tantas receita saudáveis e saborosas além nós ensinar.
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