terça-feira, 4 de outubro de 2016

Tapiocas coloridas e floridas: como fazer

Na semana passada dei mais uma oficina de tapioca, desta vez no Sesc Campinas. 

Já mostrei aqui no Come-se várias formas de se fazer tapiocas, incluindo estas coloridas. Mas nunca é demais lembrar aos que estão chegando agora. 

Você pode fazer tapiocas com a goma comprada já úmida, mas corre o risco de estar consumindo conservantes em excesso, já que nunca que uma massa hidratada em casa só com água consegue durar um mês. Ela mofa antes disso. Já as compradas duram pra sempre... 

Podemos fazer tapiocas também umedecendo instantaneamente o polvilho doce. Basta juntar água ou suco colorido ao polvilho e ir mexendo bem. Uma proporção de 350 a 375 ml de água para 500 g de polvilho costuma funcionar. Mas a tapioca fica mais seca. 

Já o método de cobrir totalmente o polvilho e esperar até que ele fique bem hidratado e o líquido por cima, límpido é o de que mais gosto. A tapioca fica linda, bem flexível, nada ressecada. E não tem erro. Qualquer pessoa consegue fazer sem errar o ponto. Costumo deixar hidratando a noite toda, mas se estou com pressa, deixo umas 3 horas. Aí, basta escorrer o líquido que vai ficar por cima da massa hidratada (que fica como um gesso no fundo da vasilha) e colocar por cima deste "gesso" de polvilho um pano limpo e seco. Depois de uma hora o pano chupou o excesso de umidade - você sabe que está no ponto quando a massa perdeu o brilho - está pronta sua massa. É só temperar com um pouco de sal e passar por peneira, espremendo e desfazendo os torrões. Pode guardar em torrão ou já peneirada em vasilha bem fechada na geladeira por alguns dias ou por mais tempo no freezer.  A massa descongela rapidamente. 


As cores
A vantagem de fazer tapiocas por este processo é que você pode hidratar o polvilho com líquidos coloridos, sejam chás, infusões, vinhos, sucos. A tapioca fica linda e nutritiva.

Para a oficina, usei: suco de capim santo com folha de brócoli, beterraba, pimentão amarelo, pimentão vermelho, cenoura, infusão de flores azuis de feijão borboleta. Pode usar também café. 

O suco é feito com água no liquidificador e coado em pano para ficar bem límpido. 


Os torrões já prontos para irem para a peneira - a massa está pronta 

Faça de várias cores e congele 


Dá pra brincar com as cores 

Crianças adoram 



Pode usar flores comestíveis para forrar a frigideira 

E fazer tapiocas menos sisudas - aqui com flores de feijão borboleta e
alecrim. Neste caso, comece sempre com a frigideira fria 
Recheio de coco 



Recheio de coco e araruta com manjericão cravo e macassá para tapiocas 


1 xícara de leite
2 colheres (sopa) rasas de polvilho de araruta
3 colheres (sopa) de açúcar
1 pitada de sal
1 galho de macassá *
1 galho de manjericão-cravo
½ xícara de coco fresco ralado

Coloque os 5 primeiros ingredientes numa panela, mexa bem e leve ao fogo, mexendo sempre, até engrossar. Junte o coco fresco ralado, misture bem e desligue o fogo. Espere esfriar, tire as ervas e use para rechear os beijus. 

Rendimento: suficiente para cerca de 10 beijus 


*o macassá é uma erva, parente do boldo, que tem perfume entre coco e folhas de figo

14 comentários:

  1. Muito legal a ideia das tapiocas coloridas e com flores. Fenomenal! Parabéns pela criatividade... Abraços

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  2. Interessante, coloridas. Sem contar que a combinação carboidrato e verduras é perfeita.

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  3. Interessante, coloridas. Sem contar que a combinação carboidrato e verduras é perfeita.

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  4. Oin, que lindo!!! Parabéns pelo trabalho! Há previsão de vinda para Curitiba ou região? Gostaria muito de ter a oportunidade de assistir a uma aula sua ;)

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  5. Oin, que lindo!!! Parabéns pelo trabalho! Há previsão de vinda para Curitiba ou região? Gostaria muito de ter a oportunidade de assistir a uma aula sua ;)

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  6. Há muito queria fazer com flores 💐, foi a primeira vez, faltaram ramos e folhas, pois dá para criar. Ficou muito saborosa.
    Gostei muito da sua explicação para hidratação do polvilho, vivo ensinando. Faço a pedra, mas não desfaço, só a quantidade que vou usar, é melhor para reidratar.
    Pena estarmos tão longe, acompanho e amo o que faz, alguns já sei, outros aprendo e apreendo. Beijo no coração!

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  7. Há muito queria fazer com flores 💐, foi a primeira vez, faltaram ramos e folhas, pois dá para criar. Ficou muito saborosa.
    Gostei muito da sua explicação para hidratação do polvilho, vivo ensinando. Faço a pedra, mas não desfaço, só a quantidade que vou usar, é melhor para reidratar.
    Pena estarmos tão longe, acompanho e amo o que faz, alguns já sei, outros aprendo e apreendo. Beijo no coração!

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  8. Neide, eu adoro as informações variadas do seu blog! Já tinha visto alguns vídeos sobre tapiocas coloridas, mas não com tanta variedade de cores. Ah, eu também gostaria de ter uma oficina de tapiocas aqui em Curitiba, e também de Pancs (com caminhada pela cidade, etc.). A propósito, qual é a flor azul que você usou?

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  9. As flores são de feijão borboleta, relendo eu achei a informação, mas isso gerou outra pergunta: onde acho essa flor linda?

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  10. Obrigada por este seu post, finalmente consegui fazer tapiocas e tapiocas coloridas a partir do polvilho doce. Já sabia há algum tempo dessa possibilidade, mas faltava alguma informação, e eu até tentei, mas não tinha acertado o ponto da goma. Agora, com esse método de cobrir o polvilho com tapioca (que também vi no vídeo da coluna Paladar, fiz a tapioca branca básica e, logo em seguida, fiz duas versões de tapioca rosa (primeiro clarinha, depois pink). Fiz com uma infusão de shiso roxo (ou vermelho), uma erva japonesa, porque era o que eu tinha mais à mão e estava afoita demais pra fazer a colorida. Vc me deu o pulo do gato, valeu muuuuito!

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