sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Um lanche na aldeia



Continuando a viagem a Aracruz, no Espírito Santo, só queria mostrar um fato inédito: o encontro de jovens de 4 aldeias tupinikim que não se conheciam. O encontro foi promovido pela Kamboas Socioambiental, que me convidou. Os jovens, bonitos e musicais, levaram seus colchões, seus instrumentos e entraram num ônibus que os levou até a beira do rio que margeia a aldeia Comboios. Atravessaram o rio de barco, se instalaram nas salas da escola municipal e participaram de atividades integrativas. Nina Kam, da Kamboas, e eu, só chegamos no dia seguinte, domingo, quando os jovens já estavam integrados. Na cozinha da Kamboas, onde fiquei hospedada, preparamos o lanche que encerraria o encontro no domingo. Tentamos usar o máximo de ingredientes locais.

Acostumados a muito açúcar, não acharam muita graça no chá mate gelado com folhas de canela e limão que fizemos bem docinho - ainda assim devem ter achado fraco de açúcar. Disseram que a canela estava forte, mas desconfiamos do açúcar, já que a canela em folhas é mais delicada. Gostaram também da torta de manga verde, do creme de mandioca que cobrimos com doce de leite, e do pão de abóbora com fermentação natural (sorte que levei meu levain na bolsa, como sempre faço).  Agora o que adoraram mesmo foi o bolo de abóbora com mandioca. Está certo que o cobrimos com chocolate porque eles gostam de doce e rejeitam o ácido, mas disseram que parecia bolo de cenoura. Não sobrou nada.

Bem, melhor ver as fotos:

Era uma vez um bolo de abóbora 


A torta e as outras comidas no porta-malas 
  


A Aldeia Comboios é linda









Não dourou mas ficou bom!

Dourou o que foi assado em panela com tampa 

2 comentários:

  1. Infelizmente o paladar do ser humano dito civilizado está viciado em açúcar, gordura e sal em excesso. A gente até se esquece do sabor docinho das pessoas frutas maduras ou do amarguinho do café...É consequência do hábito e por que não, da preguiça de experimentar sabores novos.

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    1. Ops! O corretor de texto colocou 'pessoas' antes da palavra 'frutas'!...rs... mas com a correria do dia a dia a gente também esquece da doçura das pessoas, não é mesmo?

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