sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Abobrinha abobrinhona

Abobrinha italiana de várias idades: só pra quem planta
Abobrinha,  a gente só conhece verde, tenra, crocante. Nunca vimos uma abobrinha italiana madura. Mas todo fruto verdadeiro uma hora há de amadurecer e dar frutos. Ou volta pra fertilizar a terra e isto também é um bom papel.  Por isto, estou deixando algumas abobrinhas no pé para ter minhas próprias sementes. Mas uma experiência inédita pra mim foi provar uma abobrinha não tão jovem, porém ainda não velha de madura. A polpa ainda é úmida e crocante, mas o miolo já começa a ficar esponjoso. Porém neste cerne está guardado um ingrediente incrível que pouca gente conhece: as sementes imaturas mas já mastigáveis. São deliciosas, quebradiças, macias crocantes, adocicadas É a versão vegetal do siri mole, que a gente come sem culpas. 

A abobrinha tinha mais de um quilo. Escavei a polpa, piquei e juntei a um refogado de carne moída. Tudo voltou para o meio da abobrinha que foi ao forno. Eu deveria ter cozinhado antes a abobrinha no vapor, mas não o fiz e o queijo usado para espalhar por cima começou a queimar antes que a polpa estivesse macia. Ou deveria ter colocado o recheio cru e deixado mais tempo no forno. Ou deveria ter cobrido com papel alumínio. Mas vou preferir o vapor prévio da próxima vez.  Mas ainda assim estava deliciosa. 

Bem, a abobrinhona foi um ingrediente com o qual nunca tinha tido intimidade. Quanto às pequenas e aquelas ainda em flor, não resta dúvida que são tenras, suculentas, adocicadas, cheias de vida pela frente. Mas a maturidade, neste e em vários outros casos, tem lá também seus encantos, ainda que seja pelas sementes descendentes (eu, particularmente acho minha filha Ananda a coisa mais linda deste mundo). 


6 comentários:

  1. Gostei da ideia de usar como substituto do siri mole.Se eu tiver oportunidade de ter algumas nesse ponto de maturidade hora dessas experimento a dica. Valeu Neide.
    Bj
    Sil

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  2. Oi Neide,
    Ontem, fui ao "marché tipo provençal" (parece que marché provençal é marca registrada aqui na França -ahahaha) na cidade italiana de Ventimiglia, e fiquei impressionada com a variedade de abobrinhas. Uma muito interessante e gostosa é uma abobrinha comprida, acho que uns 15 cm, bem fininha e enrolada que sempre é oferecida com as flores. Depois de ver teus posts, com todas as hortaliças que estão crescendo agora no teu sitio, bateu a saudade de comer qualquer tipo de "couve" de (aqui não tem), por isso resolvi fazer a "viagem" de trem de uma hora e ver se achava alguma coisa e curtir o mercado livre de lá. Fico horas, andando de um lado a outro, curtindo aquela exposição de frutas e legumes, queijos e peixes e volto para casa leve e feliz e uma sacola cheia!!! (rsrsr). O "mercado provençal" aqui é muito bom também, mas o mercado italiano a variedade é maior. Outra coisa, lendo um comentario acima a respeito de erro de gramatica (rsrsrs) desde já minhas desculpas pelos erros que cometo em português, estou ficando pior e pior com minha gramatica. Como não sou nenhuma "expert" em linguistica, com ou sem erros de gramatica, adoroooo teus posts.

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  3. Silvinha, na verdade é só figuradamente a comparação. Os dois sem a carapaça. De sabor, não tem nada que ver.

    Nicole, eu sei que na língua culta se usa o particípio coberto, mas às vezes gosto de usar estes particípios e palavras que já foram aceitos - alguns verbos aceitam dois particípios - e agora estão em desuso. Mas obrigada por ter lido o post com atenção. Talvez, neste post, coberto ficasse mais discreto mesmo. Obrigada.

    Marta, deve ter coisas incríveis por aí, não. Esqueça as couves e vá coletar cogumelos - deve ser época deles por aí, não? Quanto aos seus erros, o importante é se comunicar.

    Um abraço, n



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  4. Neide, sempre estou por aqui para saber "coisas", que com carinho nos brinda. Amei a foto que trocou.
    Faz jus a você... Obrigada e conti-
    nue pois me entusiasmo e vou cuidando, plantando e colhendo flo-
    res, legumes e verduras no meu pequeno quintal... Glaucia

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  5. Ainda que em desuso, "cobrido", assim como "abrido", "escrevido" e tantas outras formas que às vezes soam estranhas aos ouvidos, estão, sim, certíssimas. Sim, tem professores de português por aí que dizem que estas formas estão erradas pois em desuso. Já tive mais de um professor de português que garantiu que o fato de estar em desuso não quer dizer errado. Aliás, vcs sabiam que aluguel e aluguer estão ambas corretas? Algumas destas formas estão esquecidas aqui e em Portugal, mas ainda são usados em locais que falam português mais arcaico (porém correto) na África, Timor e em Malabar, só para citar alguns.

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