Marcos me contou que ontem a Leonilda, a fonoaudióloga que trabalha no consultório com ele, chegou perguntando se ele estava comendo muita abóbora. Por um instante ele achou que ela estivesse em surdina espiando na copa sua marmita nos últimos dias. Depois teve o impulso de erguer as duas mãos com as palmas voltadas pra ele para conferir a cor, afinal quem come muito betacaroteno fica com as mãos amarelas. Mas logo ela se entregou. Sabia pelo blog que ultimamente tem aqui em casa abóbora todos os dias. O melhor é que ele não está achando nada ruim. E, para que já saiba, mais abóboras e abobrinhas ainda virão enquanto houver delas em Piracaia.
Ontem, disse que tinha carne seca e abóbora para o jantar e a leitora Dricka falou em quibebe, mas de última hora pensei em dar outro destino para os dois ingredientes. Virou escondidinho - na falta de outro nome para designar uma carne desfiada coberta por algum purê e levada ao forno para dourar.
O que fiz foi cozinhar grandes pedaços de abóbora madura no vapor da panela elétrica onde novamente cozinhava arroz. Amassei no espremedor de batatas, desprezando a primeira água que sai. Levei ao fogo com sal e deixei apurar até ficar pastoso. Temperei com manteiga e tirei do forno.
A carne seca, deixei de molho por 12 horas, troquei água por três vezes neste período e cozinhei em panela de pressão com um pouco de água, por cerca de 25 minutos. Piquei finamente e joguei num refogado de alho, cebola, azeite, urucum, tomate, pimenta. Um pouquinho da água de cozimento também entrou para a carne ficar mais molhada. Por fim, salsinha picada.
Coloquei a carne numa frigideira de ferro, cobri com o purê e polvilhei queijo de cabra ralado. Marcos chegou antes de o queijo dourar e comemos com ele apenas derretido, mas ficou muito bom e Marcos pelo jeito ainda não enjoou, pois comeu um montão e ainda encheu a marmita. E a querida Leonilda pode ir agora até a copa, onde ele deve estar nesta hora de almoço, e tirar uma lasquinha, afinal ele exagerou na dose. Tanto que vou ter que inventar agora outro prato para o meu almoço, pois não me sobrou nem um tantinho. Cubinhos de abóboras, tomates e pão me esperam agora na cozinha.
Adorei a receita. Vou experimentar!
ResponderExcluirRosani
Que receita legal!! E o melhor: abóbora não engorda!!! rsrs
ResponderExcluirBjo.
Que fome! Senti até o cheirinho.
ResponderExcluirIzabel
Estou amando a série Abóboras. E a Eliane deve estar sentindo-se na Bahia, naquela época de tropeçar em abóbora, e vai ter muita receita para ensinar por lá.
ResponderExcluirai que delícia isso neide...
ResponderExcluirbj
carol
Pois eu, além de ficar honrada com a citação da minha sugestão, amei a ideia do escondidinho: duas coisas tão maravilhosas juntas, num prato nutritivo que está virando mania nacional.Uma bela forma de incentivar os enjoados a consumir abobora, porque todo mundo que eu conheço é chegado em um escondidinho.
ResponderExcluirBjs
Adoro abobora, e esta "série abóboras" me foi muito oportuna. Forte abraço
ResponderExcluirW